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Bolsa
Fundos de Investimentos

Quais os riscos e as oportunidades em 2022 apontados por 19 gestoras de fundos brasileiros? Acompanhe

Juros acima de dois dígitos no País e maior risco é período eleitoral são consenso entre os gestores

Data de publicação:05/01/2022 às 01:48 -
Atualizado 2 anos atrás
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Nada como olhar pela lente de gestores especializados nas principais classes de fundos de investimento - renda fixa, multimercados e renda variável -, de diversas casas, de diferentes linhas, para se ter uma visão de cenário, local e global, além de riscos, desafios e oportunidades em um ano que se inicia com muitas incertezas. Entender suas estratégias pode ser vital em um ano de eleições.

A XP promoveu uma pesquisa com 19 gestoras que são assíduas nas carteiras recomendadas pela XP. A partir das respostas dos profissionais foi possível identificar quais os ativos escolhidos para a proteção, a diversificação, e a possibilidade de ganhos mais atraentes, em cada classe de ativos em 2022. E, o mais importante, onde pisar no campo minado que se apresenta para este ano.

fundos de investimentos
Foto: Envato

Há muitos pontos em comum entre os gestores. Por exemplo, o principal risco macro doméstico apontado por eles foi o período eleitoral. No cenário internacional, o surgimento de variantes do coronavírus e o aperto monetário nos Estados Unidos ganham destaque.

Para os fundos de renda fixa, os gestores elegeram os papéis de crédito para a travessia do ano. Nos de multimercado, a maioria espera por juros de dois dígitos este ano o que leva a posicionamentos nesse segmento. E nos de ações, há otimismo com os setores de petróleo, commodities em geral, energia elétrica, e-commerce e transporte.

Acompanhe em detalhes, a tabulação dos dados da pesquisa em cada família de fundos de investimentos:

Fundos de investimento de renda fixa

Na classe de renda fixa, os fundos da carteira recomendada são predominantemente compostos por ativos de crédito privado, ou seja, por emissões de dívidas de empresas da iniciativa privada. 

O principal risco macro doméstico apontado pelos gestores de renda fixa, com 67% das indicações, foi o período eleitoral de 2022. Um evento que historicamente traz maior volatilidade à bolsa de valores e à curva de juros.

A preocupação com a política fiscal aparece em seguida, entre os gestores, com 33%, um tema que guarda elevada correlação com as eleições ao Planalto. Tanto do que se espera do atual presidente, no caso de reeleição, como de seu principal adversário.

A análise de riscos macro global abarca maior diversidade de opiniões. O principal temor, para 32% dos gestores, é com as novas variantes da covid-19 (pela possibilidade de novos fechamentos da economia). O outro, também para 32%, é o aperto monetário nos EUA e no mundo, para conter a inflação global. Um aumento de juros nos países centrais pode reduzir o interesse de investidores globais por mercados de países emergentes, como o Brasil.

Completam a lista de riscos que despertam temor entre os gestores de renda fixa a inflação persistentemente mais alta (18%) e outros (17%).

Fundos de investimento multimercado

Nesta classe, os fundos de investimento que estão nas carteiras recomendadas adotam diferentes estratégias, até pela própria natureza dos multimercados, que compreende uma diversidade de mercados e posições.

A questão sobre os juros, no Brasil e nos mercados internacionais é uma das mais relevantes entre os gestores dos multimercados.

Há consenso de que os juros nominais vão rodar no País acima de dois dígitos em 2022, mas a forma como cada gestor se posiciona frente a essa perspectiva é bem distinta: aproximadamente 43% dos fundos não têm posições direcionais (nem comprados nem vendidos) em juros; 28,5% dos fundos estão aplicados em juros; e 28,5% tem posições tomadas em juros.

Pelo mundo, a maioria dos fundos tem posição tomada em juros americanos. Além disso, é possível encontrar posições tomadas em juros do México, Polônia, Chile, entre outros, Os prazos são distintos, mas também é possível encontrar gestores aplicados em juros globais de outros países.

Quando o tema é moeda, pela pesquisa foi possível saber que 30% dos fundos não possuem posições em moedas. Mas a maioria, ou 70%, apresenta operações compradas em dólar, como um consenso. É possível encontrar também posições venidas em euro, ran sul-africano, dólar australiano, sol peruano e peso colombiano,

Ações

Em ações brasileiras, todos os gestores têm posições compradas, sobretudo em utilities e commodities. No plano global, há também consenso de posições compradas, com destaque em dados da pesquisa para bancos, energia, biotecnologia, animal care, dentre outros.

Os gestores de fundos multimercado (57%) apontam a política fiscal como o principal risco macro Brasil, seguido das eleições 2022 (29%), uma inversão de ordem em relação ao da pesquisa com os gestores de renda fixa. Outros somam 14%.

Dentre os maiores riscos globais, 43% apontam o aperto monetário nos EUA e no mundo; 29%, a inflação persistentemente alta; 14% as novas ondas de coronavírus, e 14% outros.

https://www.youtube.com/watch?v=ZqzpAC465Yo

Fundos de investimento em ações

A pesquisa entre os gestores de fundos de investimento de carteiras recomendadas da XP identificou a visão de duas principais estratégias da classe de fundos de ações para 2022:  a dos fundos long only, que atuam em posições compradas no mercado de ações, e dos fundos long biasedque podem atuar com posições compradas e vendidas.

As posições long only estão ancoradas principalmente em ações de empresas de commodities, utilities, serviços financeiros e e-commerce. Já nas posições long biased, as utilities também aparecem como setor favorito, sinalizando maior cautela dos gestores com os fatores macro. Há preferência ainda para posições compradas em commodities, transporte, infraestrutura e serviços financeiros.

Nas posições vendidas, há presenças pontuais de do setor de saúde e consumo, além do próprio Ibovespa (Índice Bovespa). No âmbito global, 40% dos gestores não têm exposição fora do Brasil.

Expectativas de cenário para 2022

Os gestores apontam um cenário macro desafiador para o ano que começa, com a preocupação centrada em possíveis impactos negativos da piora da pandemia na retomada da economia.

Uma estratégia preferida por gestores para a proteção de portfólio é a diversificação com ativos pouco sensíveis a riscos macroeconômicos. Ações de empresas saudáveis, com fundamentos sólidos, vantagens competitivas claras e geridas por time de excelência.

Setores que despertam otimismo

Os segmentos vistos com maior otimismo pelos gestores são o de petróleo, commodities em geral, energia elétrica, e-commerce e transporte, um repeteco das preferidas nas posições long only. Há também os setores vistos como de maior risco, como o de tecnologia, varejo, construtoras e consumo discricionário.

Onde estão os pontos de risco

Os gestores de fundos de ações (34%) apontam a inflação persistentemente alta como o maior risco para o cenário macroeconômico doméstico em 2022. São profissionais que entendem ser o ciclo de alta dos juros um risco também para o cenário macro do País. 

A política fiscal aparece como preocupação para 22% dos gestores, igual porcentual atribuído ao ciclo de elevação dos juros, e as eleições, para 11%, porcentual idêntico para outros.

Os maiores desafios considerados no cenário global pelos gestores de fundos de ações são o aperto monetário nos EUA e a inflação persistentemente alta pelo mundo. Uma visão alinhada com a dos gestores de renda fixa e multimercado.

Gestores que participaram da pesquisa

Participaram da pesquisa, comandada pela XP, 19 gestoras, como a Absolute Investimentos, ARX Investimentos, Augme Capital, AZ Quest, Brazil Capital, Giant Steps Capital, Ibiuna Investimentos, Kadima Asset Management, Kapitalo Investimentos, Kinea Investimentos, Kiron Capital, Legacy capital, Moat Capital, Oceana Investimentos, SPX Capital, Távola Capital, Tork Capital, Truxt investimentos, XP Asset.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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