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Empresa

16 empresas pagam R$4,350 bilhões em dividendos em fevereiro; saiba quem são

Entre as pagadoras estão companhias dos setores de seguros, commodities, bancos, tecnologia, entre outras

Data de publicação:11/02/2022 às 00:40 -
Atualizado um ano atrás
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O mês de fevereiro começou com boas notícias para acionistas de 16 empresas listadas na Bolsa. Juntas, elas vão pagar R$ 4,350 bilhões em proventos, entre Juros sobre Capital Próprio (JCP) e dividendos, segundo levantamento exclusivo feito pela reportagem do portal Mais Retorno. E desse montante, mais de 40% são desembolsados pela BB Seguridade, holding de seguros do Banco do Brasil.

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Mais de 40% dos dividendos serão pagos pelo BB Seguridade - Foto: Reprodução

No geral, entre as companhias que integram a lista estão os grandes bancos – que tradicionalmente distribuem dividendos mensais e JCP – além de empresas do setor de meios de pagamento, seguros, tecnologia, locação de veículos, commodities, entre outras.

Menos pagadoras de dividendos em fevereiro

O que chama a atenção é o número menor de empresas pagando proventos neste mês, o que, na visão de Rodrigo Moliterno, head de Renda Variável da Veedha Investimentos, está ligado ao momento atual de divulgação de resultados trimestrais. “Muitas empresas fazem primeiro a divulgação dos lucros do trimestre para depois anunciar o pagamento de dividendos ou JCP”, explica.

Cenário macro prejudica lucro das empresas

Para Charo Alves, especialista da Valor Investimentos, grande parte das empresas está sofrendo com o cenário macroeconômico brasileiro, que combina avanço na inflação, rodando acima da média histórica, e com a taxa de juros elevada, como remédio amargo para conter a alta dos preços.

“O poder de consumo das pessoas fica mais limitado, o que afeta a cadeia como um todo. O crédito mais caro impacta nas dívidas das empresas, que são obrigadas a fazer rolagem de suas dívidas, tornando-as mais caras. Isso influencia na obtenção de lucros”.

Charo Alves, especialista da Valor Investimentos

Confira quais são as empresas que pagam dividendos em fevereiro

DataEmpresaTickerProventos Valor totalValor por ação
01/02ItaúITUB3 e ITUB4DividendosR$ 77.495.581,64R$ 0,015
01/02BradescoBBDC3JCPR$ 23.784.789,84R$ 0,017
01/02BradescoBBDC4JCPR$ 89.018.941,45R$ 0,018
01/02BanestesBEES3 e BEES4JCPR$ 301.548,03R$ 0,020
02/02Monteiro AranhaMOAR3DividendosR$ 70.000.000,00R$ 5,173
02/02 Monteiro Aranha (MOAR3)JCPR$ 5.000.000,00R$ 0,408
03/02SantanderSANB3, SANB4 e SANB11 JCP R$ 249.000.000,00R$ 0,031 por ação ON, R$ 0,034 por ação PN e R$ 0,0667 por unit
11/02LocalizaRENT3JCPR$ 97.155.712,66R$ 0,129
11/02CieloCIEL3 JCP R$ 235.760.000,00R$ 0,087
14/02Banco de Brasília (BRB)BSLI3 e BSLI4DividendosR$ 250.000.000,00R$ 0,673
18/02GetNetGETT3, GETT4 e GETT11JCPR$ 298.000.000,00R$ 0,152 por ação ON, R$ 0,167 por ação PN ou R$ 0,319 por unit
18/02M.Dias BrancoMDIA3JCPR$ 588.235.294,12R$ 1,745
21/02LOG CPLOGG3DividendosR$ 87.626.790,20R$ 0,866
23/02BB SeguridadeBBSE3DividendosR$1.831.269.969,30R$ 0,925
23/02ViveoVVEO3JCPR$ 71.131.827,18R$ 0,248
25/02KlabinKLBN3, KLBN4 e KLBN11DividendosR$ 377.000.000,00R$ 0,068 por ação ON e PN, ou R$ 0,343/Unit)
Fonte: Mais Retorno

Commodities: Klabin

Alguns setores acabam blindados e são menos afetados por essas variáveis econômicas, como as empresas de commodities que têm atividade exportadora e se beneficiam com o câmbio. “O dólar mais elevado favorece o caixa dessas companhias, tornando-os muito líquidos”, enfatiza o especialista da Valor.

A Klabin, uma das empresas que distribui dividendos neste mês, se encaixa nesse perfil. A companhia reportou lucro líquido de R$ 1,050 bilhão no quarto trimestre de 2021, montante 21% inferior ao registrado no mesmo período de 2020.

No ano, a companhia de papel e celulose lucrou R$ 3,756 bilhões, alta de 6% na comparação anual. Já a receita líquida do trimestre somou R$ 4,581 bilhões, alta de 39% em relação aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2020.

Para os analistas da Levante, os números robustos foram impulsionados pela sólida e perene linha de produção da papeleira, com as vendas seguindo o mesmo ritmo. Somam-se a isso ainda os preços mais altos da celulose, papel e papelão, assim como a desvalorização do real. A empresa também reduziu sua alavancagem em dólar para 2,9x, ante 3,1x no trimestre anterior.

Um dos grandes pontos altos da empresa é o início das operações da primeira máquina de Eukaliner, que integra o projeto Puma II. Com capacidade de 450 toneladas, o equipamento produzirá o primeiro papel kraftliner feito de fibra de eucalipto do mundo. A segunda máquina já está em construção.

Os analistas da Levante apontam ainda que, mesmo com o projeto ainda em andamento, a Klabin vai pagar dividendos aos seus acionistas, “o que comprova a confiança da companhia na forte geração de caixa de seus negócios”. A Klabin anunciou a distribuição de dividendos no valor de R$377 milhões, que serão pagos no dia 25 de fevereiro.

“Com resultados crescentes ano após ano, geração de caixa robusta e desalavancagem, adicionados aos ganhos de eficiência do Eukaliner, a Klabin tem um grande potencial de se tornar uma das melhores pagadoras de dividendos em alguns anos, aliando crescimento, com a substituição do plástico por papel-cartão e embalagens de uso único, sustentabilidade, com a redução da pegada de carbono e estrutura de capital forte, com a redução de seu endividamento trimestre a trimestre”.

Levante, em relatório sobre a Klabin

Seguros: BB Seguridade

Para o setor de seguros, o ano de 2021 foi positivo. Segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o mercado cresceu 13,3% (dados até novembro), com uma arrecadação de R$ 275,3 bilhões.

A BB Seguridade mostrou que surfou essa onda com maestria. Encerrou o quarto trimestre de 2021 com um lucro líquido ajustado de R$ 1,226 bilhão, alta de 33,8% em relação ao mesmo período de 2020 e de 25,7% sobre os três meses anteriores.

De acordo com relatório da Levante sobre a holding de seguros do Banco do Brasil, as previsões positivas para esse ano foram alguns dos principais pontos favoráveis, que desenham um horizonte promissor para a companhia. A seguradora começa o ano pagando R$1,831 bilhão em dividendos.

“Em nossa visão, a indicação de um guidance operacional positivo, associado a redução do número de casos de covid-19 e impacto positivo na sinistralidade da Brasilseg, a convergência entre IPCA e IGP-M e a alta da Selic impulsionando o resultado financeiro corroboram para a nossa visão positiva para a BB Seguridade para 2022 e, portanto, mantemos a recomendação de compra com preço alvo de R$ 30,00”.

Especialistas da Levante, em relatório

Segundo relatório do Banco Safra sobre a BB Seguridade, a recomendação da casa de análises também é de compra das ações por pontos favoráveis, como a expansão do mercado brasileiro de seguros, perspectivas de crescimento para a divisão de planos de previdência, amplo canal de distribuição – via Banco do Brasil – forte geração de fluxo de caixa livre convertida em dividendos e modelo de negócio resiliente.

Meios de pagamento: Cielo

A competitividade aumentou consideravelmente no mercado de meios de pagamento, com a entrada de novas startups com diferenciais voltados para a digitalização de seu ecossistema e aumento da prateleira de produtos com outros serviços como conta digital, concessão de crédito, meios de pagamento alternativos, entre outros.

Uma das principais empresas do setor, a Cielo apresentou seus números referente ao quarto trimestre de 2023, com um lucro líquido de R$ 336,9 milhões no período, o que representou um crescimento de 13% em relação ao mesmo período de 2020.

Os números surpreenderam o mercado, que esperava um lucro líquido na casa dos R$ 224,6 milhões.  No ano, o montante contabilizou R$ 970 milhões, expansão de 98% na comparação anual.

Segundo análise da Levante sobre a companhia, o legado tecnológico da Cielo diminuiu sua flexibilidade para se adaptar e acompanhar as inovações frequentes do mercado. Por outro lado, os resultados mostram que a estratégia de aumento de rentabilidade pautada em redução de custos e enfoque em produtos mais rentáveis, como a antecipação de recebíveis, vem mostrando resultados.

“Para sustentar essa mudança de cenário, a empresa está tendo que se voltar para o seu grande ativo, sua base de clientes. Nesse sentido, a sequência de resultados com alguns destaques positivos traz algum alento aos investidores”, enfatiza.

A casa de análises tem uma postura neutra sobre as ações da companhia, que, além da competitividade acirrada, deve sofrer com o avanço do open banking e do PIX.

Mesmo assim, no ano passado a indústria de cartões registrou um período positivo. O montante total transacionado foi de R$ 2,6 trilhões, alta de 30%.

Locação de veículos: Localiza

O mercado de locação de veículos segue obtendo bons resultados, principalmente em relação à venda de veículos usados, que viram seus preços dispararem com o gargalo na produção por falta de componentes na indústria automobilística.

A Localiza ainda não divulgou os seus números referentes ao quarto trimestre e ao ano de 2021. Porém, já adiantou o pagamento de JCP na ordem de R$ 97,155 milhões.

No ano passado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu a bênção final para a fusão da empresa com a Movida, duas gigantes do setor de locação e terceirização de frota. Porém, com a condição de aplicar alguns remédios, como venda de boa parte dos ativos do novo grupo, como forma de mitigar os riscos à concorrência do setor.

“A aprovação pelo conselho viabiliza uma das maiores fusões do Brasil, criando uma nova gigante no setor de locação com receita líquida de R$ 17,6 bilhões (valores de 2020) e frota de aproximadamente 455 mil veículos”, reporta a Levante em documento sobre o assunto.

Porém, na visão de Rodrigo Moliterno, da Veedha, a falta de veículos novos vai pesar no custo das locadoras no médio prazo. "Como o carro novo está em falta no mercado, as locadoras tendem a comprar menos veículos novos e ter que alongar a venda dos seminovos, aumentando seu custo de manutenção. Para os próximos trimestres, esse ponto deve refletir nos resultados das companhias do setor".

Sobre o autor
Julia Zillig
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