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Balanços trimestrais: o que esperar de resultados das empresas nesta semana

Na semana passada, foi dada a largada para a temporada de comunicação de balanços trimestrais das empresas no Brasil. A movimentação de apresentação dos números dos…

Data de publicação:03/05/2021 às 15:36 -
Atualizado um ano atrás
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Na semana passada, foi dada a largada para a temporada de comunicação de balanços trimestrais das empresas no Brasil. A movimentação de apresentação dos números dos três primeiros meses do ano continua, com os investidores aguardando indicadores que podem ajudar a identificar as perspectivas para a economia e o desempenho das empresas nos próximos meses.

Foto: Marcos Elias de Oliveira
Uma das agências do banco Bradesco - Foto: Marcos Elias de Oliveira

Para esta semana, os analistas aguardam resultados positivos para uma nova leva de balanços, na mesma toada da semana passada. No entanto, são esperados dados negativos de mercados mais ressentidos em consequência da pandemia da covid-19, como o setor aéreo e o de turismo.

Confira o que os analistas esperam para os principais balanços corporativos trimestrais da semana.

Bancos

Após a divulgação dos números dos três primeiros meses do ano do banco Santander, que registrou um lucro líquido de R$ 4 bilhões no período, e tradicionalmente puxa a fila das demais instituições financeiras de grande porte, os investidores mantêm uma expectativa otimista sobre os números de bancos como Itaú e Bradesco, que devem trazer resultados igualmente parrudos na semana. Sinal de que a pandemia não está chegando a afetar os resultados do setor.

Nesta terça-feira, o mercado conhecerá o desempenho dos três primeiros meses do Bradesco. A aposta dos analistas é que o Bradesco apresente um crescimento mais expressivo perante o Itaú, cujo lucro líquido no trimestre cresceu 64% no período, contabilizando R$ 6,4 bilhões.

Bruno Komura, estrategista de ações da Ouro Preto Investimentos, destaca que o Bradesco está trabalhando um forte mix de produtos e o crédito. “Com a evolução ainda que lenta da confiança das pessoas na retomada da economia, o Bradesco começou a tomar mais risco, com postura mais agressiva na concessão de crédito”.

Outro aspecto apontado por Komura diz respeito a provisões feitas pelas duas instituições para lidar com os devedores duvidosos e com a inadimplência. “O Bradesco fez menos provisões do que o Itaú no último trimestre, o que pode impactar nos lucros”.

Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante Investimentos, aponta que as provisões são menos elevadas do que no ano de 2020 e que a inadimplência ainda não foi sentida de forma mais acentuada pelos bancos em 2021.

Para o analista do setor financeiro da XP, Marcel Campos, a expectativa dos resultados de ambos os bancos tende a ser muito positiva, pois tem como base comparativa o desempenho fraco do primeiro trimestre de 2020.

“Em 2020, Bradesco e Itaú fizeram um grande volume de provisões por conta da crise da covid-19 e da inadimplência. Isso machucou a sua rentabilidade no período”, enfatiza. Marcel reforça ainda a ausência de pagamentos de dividendos e Juros Sobre Capital Próprio (JCP) ao longo do ano por conta desse desafio.

De acordo com as estimativas da XP, o Bradesco deve ter um aumento do lucro líquido trimestral na casa dos 70%. Já a aposta em relação ao Itaú é de avanço de 50% no montante do período.

Campos afirma ainda que o Bradesco já sinalizou essa tendência com o crescimento do volume financeiro movimentado pela instituição no trimestre anterior. Sobre o Itaú Unibanco, o analista da XP diz que o crescimento da empresa tem como principal fator a redução do custo de crédito.

Na mesma semana, o Banco do Brasil também traz seus números. Porém, na visão dos analistas a expectativa é de um crescimento menos acentuado em relação aos bancos privados.

“O Banco do Brasil teve uma retomada menos rigorosa e os investidores estão observando os movimentos da nova gestão da instituição”, declara Marcel, da XP. A estimativa de ampliação do lucro líquido do BB pelo analista é de 24%.

Com esses resultados, a tendência é a de que os investidores se sintam estimulados a buscar os papéis dos bancos para sua carteira de ativos, o que pode gerar novas altas de suas ações, afirma Gustavo Akamine, analista da Constância Invest,.

Varejo

Nesta semana, varejistas de diversos segmentos apresentam seus balanços do 1º trimestre de 2021. Gustavo Akamine, analista da Constância Invest, ressalta que com o último lockdown que ocorreu entre março e abril, em decorrência do recrudescimento da pandemia, os resultados das empresas que têm lojas físicas podem trazer alguma decepção.

Esta semana, porém, o foco dos analistas no setor são empresas como Assaí, B2W e Lojas Americanas, que incluem atividades que estão na trilha da expansão, como o atacarejo e o e-commerce.

Foto: Assaí/Divulgação
Loja do atacarejo Assaí - Foto: Assaí/Divulgação

Eduardo Guimarães, da Levante, diz que o resultado do Assaí deve ser significativo, pois a prévia operacional da companhia já sinalizava uma perspectiva de crescimento para o trimestre na casa dos dois dígitos.

E Guimarães aposta em números mais robustos da atacadista em relação aos resultados do GPA, detentora do Assaí. “O atacarejo cresce na crise, pois as pessoas buscam economizar mais com a compra de alimentos e buscam esses locais para fazer suas compras”.

No e-commerce, são aguardados os números dos meses de janeiro, fevereiro e março de 2021 das empresas B2W e Lojas Americanas, que recentemente foram unidas na Americanas S/A.

Bruno Komura, da Ouro Preto, acredita em um crescimento expressivo no lucro da B2W, mas sem tanta qualidade em relação a concorrentes como o Magazine Luiza. “O Magazine Luiza e a Via (Via Varejo) estão mais estruturadas para esse avanço nos lucros. A Via inclusive está se reestruturando com uma estratégia assertiva”.

Sobre o autor
Julia Zillig
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