Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
IPCA-15
Economia

IPCA sobe 0,54% em janeiro e acumula alta de 10,38 em 12 meses, segundo IBGE

Alta foi puxada pelo grupo alimentação e bebidas. Transportes influenciou queda de 0,19% ante dezembro

Data de publicação:09/02/2022 às 10:03 -
Atualizado um ano atrás
Compartilhe:

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), considerado a inflação do país, subiu 0,54% em janeiro, 0,19 ponto porcentual abaixo do indicador de dezembro, de 0,73%, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 9. Esse foi o maior resultado para o mês de janeiro desde 2016, quando contabilizou 1,27%.

A inflação de janeiro veio em linha com as projeções dos economistas que constam no último Boletim Focus, de 0,54%, e pouco abaixo da mediana dos analistas de 0,55%. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,38%, acima dos 10,06% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a variação mensal foi de 0,25%.

IPCA sobe 0,54% em janeiro e acumula alta de 10,38 em 12 meses, segundo IBGE
IPCA sobe 0,54% em janeiro e vem em linha com as expectativas do mercado - Foto: Reprodução/Pinterest

Alimentação e bebidas exerceu maior peso no IPCA

O resultado mensal do IPCA foi influenciado, principalmente, pelo grupo alimentação e bebidas (1,11%), que teve o maior impacto no índice do mês (0,23 p.p.).

“Foi a alimentação no domicílio (1,44%) que influenciou essa alta. Mais do que a alimentação fora do domicílio, que desacelerou de 0,98% para 0,25%”, explica o analista da pesquisa, André Filipe Almeida.

Transportes puxou a desaceleração da inflação mensal

Já a desaceleração do índice de janeiro ante dezembro foi puxada pelos transportes – grupo com maior peso do IPCA – que recuou 0,11%, após subir 0,58% em dezembro. Esse foi o único dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados a ter queda em janeiro.

Esse recuo é consequência, principalmente, da queda nos preços das passagens aéreas (-18,35%) e dos combustíveis (-1,23%). Além da gasolina (-1,14%), também houve queda nos preços do etanol (-2,84%) e do gás veicular (-0,86%).

“Em relação aos combustíveis, os reajustes negativos aplicados nas refinarias pela Petrobras, em dezembro, ajudam a entender o recuo nos preços em janeiro”

André Filipe Almeida, analista da pesquisa do IBGE

Queda no preço da energia elétrica puxa baixa em habitação

Em habitação (0,16%), os preços desaceleraram em relação ao mês anterior (0,74%), principalmente por conta do recuo da energia elétrica (-1,07%), embora ainda permaneça em vigor a bandeira de escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Houve ainda mudanças de Pis/Cofins, de ICMS e de tarifa de iluminação pública em algumas áreas pesquisadas.

Entre os demais grupos, a maior variação veio de artigos de residência (1,82%), com destaque para eletrodomésticos e equipamentos (2,86%), mobiliário (2,41%) e TV, som e informática (1,38%), cujos preços aceleraram em relação a dezembro.

IPCA recua somente em Porto Alegre

Com exceção de Porto Alegre (-0,53%), todas as áreas pesquisadas tiveram alta em janeiro. A maior variação ocorreu no município de Aracaju (0,90%), por conta do tomate (34,90%) e das frutas (6,41%). Na região metropolitana de Porto Alegre (-0,53%), houve queda nos preços da energia elétrica (-6,81%) e da gasolina (-6,20%).

INPC foi de 0,67% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) reportou alta de 0,67% em janeiro, abaixo do resultado do mês anterior (0,73%), maior variação para o mês desde 2016 (1,51%). O indicador acumula alta de 10,60% nos últimos 12 meses, acima dos 10,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a taxa foi de 0,27%.

Mercado aponta dinâmica inflacionária ruim

Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, apesar de o IPCA de janeiro ter exibido uma variação bem próxima ao esperado pela mediana de 0,55%, os núcleos surpreenderam negativamente com altas expressivas, "denotando que a dinâmica inflacionária segue ruim". A média dos núcleos observados pelo BC trouxe variação de 0,88% ante expectativa de 0,81% projetado pela casa.

"Prospectivamente avaliamos que nossa projeção de 0,83% ganha contornos baixistas, ao passo que o resultado veio bem aquém do que o esperado. Contudo, a perspectiva de reajuste no preço de gasolina e a dinâmica ruim dos núcleos não aliviam a projeção de 4,7% desse ano. Essa análise é preliminar e muito em breve divulgaremos as novas projeções devidamente apuradas".

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos

Leia mais

Mercado aguarda ata do Copom, inflação e IBC-Br esta semana (maisretorno.com)
IPCA-15 sobe 0,58% em janeiro, mas desacelera 0,20% frente a dezembro (maisretorno.com)
Com a escalada de juros e inflação, qual a melhor estratégia na renda fixa? Tesouro Selic ou Tesouro IPCA? | (maisretorno.com)
IPCA 2021: inflação fecha o ano a 10,06%, a maior alta desde 2015 (maisretorno.com)

Sobre o autor
Julia Zillig
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados