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Bolsa em queda
Mercado Financeiro

Mercado inicia semana com foco em dois temas: alta da inflação e votação da PEC dos Precatórios

Prévia da inflação do mês, o IPCA-15 sai na quinta-feira

Data de publicação:22/11/2021 às 07:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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O mercado financeiro inicia nova semana nesta segunda-feira, 22, mas a atenção de investidores e gestores continua tendo como foco dois temas que já vêm influenciando o humor do mercado financeiro há algum tempo: a inflação, em persistente alta, e a votação em primeiro turno da PEC (Projeto de Emenda Constitucional) dos Precatórios pelo Senado.

O interesse sobre a quantas anda a expectativa de inflação de economistas do mercado financeiro será atendido logo pela manhã, quando o Banco Central divulgar o boletim semanal Focus com as previsões atualizadas sobre os principais indicadores econômicos.

Foto: Envato bolsa
Mercado segue de olho na PEC dos Precatórios e na inflação nesta semana - Foto: Envato

Outro centro de preocupação dos mercados é a votação da PEC dos Precatórios no Senado, na qual há sinais de que a resistência à sua aprovação é maior do que na Câmara, onde a proposta já foi votada e aprovada em dois turnos pelos deputados.

A proposta de emenda constitucional precisa do apoio de pelo menos 60% do Senado, ou de 49 dos 81 parlamentares da Casa, para ser aprovada em duas rodadas de votação.  Há vários pontos de resistência em relação ao texto que chegou da Câmara, principalmente ao caráter temporário do Auxílio Brasil, que tem validade prevista apenas até o fim do próximo ano.

Dificuldades para aprovação da PEC preocupa mercado

A PEC dos Precatórios, que propõe a quitação parcelada de parte das dívidas judiciais do governo, abre espaço no Orçamento de 2022 com recursos para financiar o pagamento do Auxílio Brasil, novo benefício substituto do Bolsa Família, no valor de R$ 400.

Um certo consenso que se forma nos entendimentos entre os senadores, para aprovar a PEC, é tornar o benefício permanente, em vez de terminar em dezembro de 2022, como prevê a proposta.

Especialistas preveem que o governo terá de fazer concessões para passar a PEC, a menos que queira correr o risco de derrota no Senado. A questão é que se for aprovado com alterações o texto terá de voltar à Câmara para nova votação em dois turnos.

A PEC dos Precatórios não é a solução fiscal por busca de espaço no Orçamento, para bancar o Auxílio Brasil, que agrada ao mercado, mas é percebida como uma opção para destravar o nó orçamentário e lançar alguma luz sobre a política fiscal do governo.

A inflação volta ao radar do mercado financeiro na quinta-feira, 25, quando o IBGE divulga o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de novembro, considerado prévia da inflação oficial do mês (IPCA).

O cenário doméstico concentra as questões centrais que tendem a influenciar o humor dos investidores na semana, mas o mercado financeiro estará atento também ao avanço da nova onda do coronavírus pelo mundo, com lockdowns e tudo o mais, e seus impactos sobre a retomada da atividade econômica.

Economia: tema central nas eleições

Com a proximidade do fim do ano, as eleições de 2022 começam a ganhar espaço na atenção do mercado.

Um dos pontos que chama a atenção de especialistas que é a economia virou o tema central das discussões. Se o combate à corrupção dominou o debate das eleições em 2018, desta vez o tema está voltado para ações econômicas com foco em melhorar a renda da população, aumentar o emprego e reduzir a pobreza.

Especialistas apontam o trinômio “desemprego, pandemia e inflação” como determinantes para a corrosão da renda dos brasileiros e do crescimento.

O debate se acelerou após o presidente Jair Bolsonaro bancar um benefício de R$ 400 para o novo programa social e acenar com outras benesses para ampliar sua popularidade. Mesmo contrário à vacinação contra a covid-19, Bolsonaro aprovou o plano de imunizar toda a população adulta com uma dose de reforço em 2022. A estratégia seria apagar o "carimbo" de que o governo foi responsável pelo atraso na vacinação em 2021.

Enquanto Bolsonaro aposta no sucesso da distribuição de renda e projeta uma aceleração da geração de empregos, estrategistas econômicos ligados a outros possíveis presidenciáveis - Ciro Gomes, Eduardo Leite, João Doria e Lula - também traçam estratégias.

"Não tenho dúvida que a questão econômica vai ser central nas eleições: é o que está afetando a vida das pessoas. O poder de compra do brasileiro diminuiu a satisfação", diz Bruno Soller, cientista político e sócio do Instituto Travessia, que ajuda a traçar estratégias de campanha.

Segundo ele, o ponto chave será ver como as candidaturas conseguirão criar um projeto de regaste econômico do País que atinja diretamente a vida das pessoas.

Hoje líder nas pesquisas, o ex-presidente Lula está focando na desigualdade social, mas, segundo Soller, ele está "jogando parado", pois não endereça os problemas econômicos criados durante o governo de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2016.

Lá fora

A semana começa com o pé direito para os futuros nos Estados Unidos, enquanto os investidores vão pesando as novas restrições impostas pela covid-19 na Europa e o risco de uma redução mais rápida na política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), por conta da inflação elevada.

As ações globais permanecem perto de suas máximas históricas, com o mercado lidando com uma série de preocupações, incluindo quem será o novo dirigente do Fed, bem como a saga perene sobre a suspensão ou não, do limite de dívida dos Estados Unidos.

Depois de semanas de negociação, o pacote Build Back Better, do presidente Joe Biden, foi aprovado na Câmara em quase US$ 2 trilhões. O investimento deve ser voltado para educação, saúde e mudanças climáticas. Agora, o pacote vai para o Senado, onde a negociação deve ser mais dura.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, repercutiu a aprovação do pacote de investimentos. Em entrevista coletiva, a porta-voz disse que o presidente Joe Biden está comprometido em assegurar que a pauta receba o aval do Senado o mais rápido possível.

Psaki comentou ainda que o pacote reduzirá o déficit fiscal no longo prazo e que economistas mostraram que a legislação não impulsionará as pressões inflacionárias. Ela explicou que representantes do governo estão em contato direto com o senador democrata Joe Manchin, que tem demonstrado resistência quanto ao novo pacote.

A secretária também afirmou que o governo americano ofereceu investimentos a farmacêuticas para aumento da produção de vacinas em 1 bilhão de doses.

A porta-voz também disse que os EUA seguem em contato com outros países para articular medidas que assegurem o suprimento de petróleo, com objetivo de conter os preços. De acordo com ela, o país quer que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) alcance a demanda atual pela commodity por meio de uma "oferta adequada"

O Pentágono solicitou um orçamento a quatro companhias de tecnologia para o desenvolvimento de um sistema em nuvem. O contrato multibilionário está sendo estudado com a Microsoft, Alphabet, controladora da Google, Amazon e Oracle.

No cenário global, o Wells Fargo pontua que a nova onda de casos de covid-19, predominante na Europa e na China, poderia pesar sobre o crescimento econômico no curto prazo e levou a revisões modestas nas projeções do Produto Interno Bruto global.

Do outro lado do mundo, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em alta de 0,09%, aos 29.774,11 pontos, ajudado por ações de empresas de transporte marítimo, com expectativa por demanda forte no setor de logística.

As relações Japão-China estão em foco, após o ministro das Relações Exteriores japonês dizer no domingo que o ministro da mesma pasta na China o convidou para uma visita oficial.

Na China, a Bolsa de Xangai fechou com ganho de 0,61%, aos 3.582,08 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 1,42%, aos 2.642,90 pontos. Montadoras estiveram entre os destaques e a Jefferies comenta que o fato de que o país deve demorar mais a apertar sua política monetária apoia a demanda por ações locais.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,39%, aos 24.951,34 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 1,42% em Seul, aos 3.013,25 pontos.

Em Taiwan, o índice Taiex foi na contramão da maioria e caiu 0,08%, aos 17.803,54 pontos, após oscilar entre perdas e ganhos durante o dia.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 0,59%, aos 7.353,10 pontos, na Bolsa de Sydney. Ações de bancos pressionaram o mercado australiano, em meio a preocupações sobre o impacto de novas ondas da covid-19 e de restrições consequentes para a economia global. Papéis ligados a viagens e o setor de tecnologia também caíram. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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