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Fundos de Investimentos

Fundos multimercado: dos 10 mais rentáveis em 2021, quatro são atrelados a criptomoedas

A diversificação de produtos e geografia tem permitido performance diferenciada dos fundos

Data de publicação:21/09/2021 às 07:25 -
Atualizado um ano atrás
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Os investidores estão ampliando o leque para suas carteiras, principalmente sob o ponto de vista de diversificação de produtos e geografia. Segundo levantamento exclusivo feito pela Mais Retorno, dos 10 fundos multimercado que mais renderam em 2021, quatro tem lastro em mercados alternativos, como criptomoedas, e três no mercado internacional. Os demais estão ligados a ações e ao mercado imobiliário.

O comportamento desses 10 produtos foi marcado especialmente pela volatilidade em agosto.

Foto: Pexels/David McBee
Dos 10 fundos multimercado mais rentáveis em 2021, quatro são atrelados ao mercado de criptomoedas - Foto: Pexels/David McBee

O fundo multimercado que mais rendeu no ano foi o Hashdex 40 Nasdaq Cripto Index – R$ 253,5 milhões – com lastro em criptomoedas, e o que menos rendeu foi o BLP Crypto Assets FIM IE – R$ 10,8 milhões de perdas – atrelado ao mercado de criptomoedas do exterior.

Segundo Jean Malta, especialista da Valor Investimentos, o mercado de criptomoedas, apesar das fortes oscilações a que tem sido submetido, está conseguido trazer retorno para os brasileiros. O aumento da procura por esse tipo de produto está ligado, na visão dele, às incertezas do mercado local.

“O aumento da inflação, combinado também com a crise hídrica, o risco fiscal e a proximidade das eleições têm feito muita gente buscar alocar seus ativos em produtos atrelados a mercados diferentes e com exposição em outros países”, analisa Malta.

O especialista destaca que este ano não foi um período favorável para o que ele chama de “Kit Brasil”. “A Bolsa está caindo, os juros aumentando – contrariando a maioria das apostas do mercado – a moeda americana está mais forte. Se você avaliar as macrotendências, está difícil gerar rentabilidade”.

Apesar da forte volatilidade, o especialista da Valor, destaca o crescimento do mercado de criptomoedas, que, segundo ele, bateu 61% de valorização. “Em alguns momentos, a rentabilidade chegou a dobrar”, aponta.

O aumento da demanda por criptomoedas já levou as empresas a compor parte de seu caixa em moedas digitais. “O bitcoin tornou-se uma forma de proteção de caixa para as companhias”, analisa.

Internacionalização

Evandro Bertho, sócio-fundador da Nau Capital, destaca que os fundos multimercado que passaram por uma internacionalização do investimento em um passado recente estão obtendo bons retornos.

“O mercado financeiro brasileiro é pequeno perto de outros globais. Os produtos submetidos a essa internacionalização estão performando bem nos últimos meses”, analisa.

Bertho ressalta que os ativos americanos seguiram entregando bons retornos aos investidores, mesmo em períodos de crise política. “O mercado financeiro americano conseguiu passar pela fase difícil sem registrar grandes perdas”.

De acordo com o sócio fundador da Nau, no Brasil o ambiente mais volátil deve persistir nos próximos meses.

“Temas como a rejeição do presidente Bolsonaro e sua relação conturbada com os Poderes, o retorno de Lula à disputa presidencial compõem um cenário bastante desafiador, que deve fazer com que os fundos multimercados atrelados aos ativos brasileiros flutuem ainda mais”.

Outro mercado alternativo que Malta destaca entre os produtos do ranking da Mais Retorno é o setor imobiliário americano. Como aspectos favoráveis, ele destaca a inflação americana menos acentuada do que no Brasil – em torno de 4% e é considerada como “temporária – o pacote de infraestrutura defendido pelo presidente Joe Biden e os estímulos econômicos à economia local.

“Com o aumento da inflação, os imóveis americanos estão se tornando mais valorizados e isso acaba chamando a atenção de quem quer investir em fundos atrelados ao mercado internacional”, enfatiza.

Dicas

Bertho ressalta que alguns fundos multimercados tem apresentado rentabilidades expressivas, o que enche os olhos dos investidores. Porém, é preciso critério para investir nesses produtos. “Não é porque ele está com o retorno nas alturas hoje que um determinado fundo é a melhor aposta para a compra. Ao contrário, é preciso analisar a sua volatilidade nos meses anteriores”.

Saber quem é a gestora do fundo, buscar ajuda de profissionais de confiança e optar por produtos de longo prazo também seguem na lista de conselhos do especialista da Nau. “Os fundos multimercados são produtos com muitas divisões, subdivisões e muitas vezes é difícil de fazer sua leitura correta”.

Os fundos multimercado mais rentáveis

Conheça as características de cada fundo multimercado que compõem o ranking da Mais Retorno, de acordo com as análises do especialista Eduardo Vilas Boas, da SVN.

BLP Crytpoassets FIM

É considerado o primeiro fundo de ativos digitais do Brasil e tem como estratégia investimentos no exterior. Seu lastro é em criptoativos.

Direcionado para investidores profissionais, o fundo investe a totalidade de seus recursos no Genesis Block Fund, que tem como objetivo investir em uma carteira diversificada de ativos digitais, com ênfase em aproveitar as melhores oportunidades do mercado e superar o Índice de Criptos da Bloomberg Galaxy (BGCI).

QR Blockchain Assets FIM IE

Com alocação 100% em criptomoedas e destinado para investidores com perfil qualificado, o fundo é ideal para quem quer expor seus ativos ao mercado de blockchain sem se preocupar com acompanhamento, chaves privadas e os ruídos dos milhares de ativos digitais da criptoeconomia.

Hashdex 100 Nasdaq Crypto Index FIM IE

É um fundo passivo, destinado a investidores profissionais, que tem como meta prover uma exposição de 100% ao índice Nasdaq Crypto Index (NCI), criado para representar de forma abrangente a classe de criptoativos. O produto investe em criptoativos de forma primária no mercado à vista, sem uso de alavancagem. Além disso, tem exposição aos preços em dólares dos ativos virtuais.

ESH Theta FIM

O fundo investe em ações sem correlação com os principais índices do mercado. Os gestores utilizam como estratégia o ativismo corporativo e buscam empresas em “special situations” - situações especiais nas quais um investimento vale muito a pena, por conta do potencial de lucro que o ativo pode gerar no futuro - , montando posições direcionais e de arbitragem.

Sua alocação é feita em ações com estratégia Long Only. Os fundos Long Only são, como o próprio nome diz, apenas comprados, apostando sempre na valorização das ações que investe. Como só pode ficar comprado a maneira que um gestor tem de se proteger em momentos de baixa do mercado é aumentando seu caixa, ou seja, diminuindo sua exposição líquida.

Hashdex 40 Nasdaq Crypto Index FIC FIM

É um fundo passivo que tem como objetivo prover uma exposição de 40% ao NCI. Além da exposição aos preços em dólares dos criptoativos, a parcela alocada possui exposição à variação cambial. O restante – cerca de 60% - é aplicado no Brasil, em produtos líquidos e de baixo risco, atrelados ao CDI.

CSHG Lexington Secondaries FIM CP IE

Este fundo investe de forma muito semelhante a um fundo de fundos, comprando participações em vários fundos de investimentos, normalmente estruturados como como sociedades limitadas.

Adquire posições em capital de risco, alavancadas e fundos de capital mezanino, participações em empresas, órgãos governamentais e escritórios familiares. Sua alocação é no mercado de private equity e seu lastro é no ambiente internacional.

G5 Allocation VC II FIC FIM CP IE

Direcionado para fundos multimercados internacionais, o fundo tem como meta obter ganhos de capital por meio de aplicações em fundos de investimentos, operações no mercado de juros, câmbio, ações, commodities e dívida.

Trend Imobiliário Americano FIM

Indexado e atrelado ao mercado imobiliário americano, o fundo investe no ETF internacional Vanguard Real Estate, fundo de índice negociado na bolsa de Nova York. O produto busca seguir o índice MSCI US Investable Market Real Estate 25/50 Index.

O ETF Vanguard Real Estate é composto hoje por mais de 180 ações de REITs, equivalentes a fundos imobiliários nos Estados Unidos, além de companhias que compram prédios, hotéis e outros tipos de propriedade.

BTGP Mobius Emerging Markets FIM IE

O fundo tem aplicação de 95% de seu patrimônio líquido em cotas do Mobius Sicav - Mobius Emerging Markets Fund, fundo de investimento incorporado em Luxemburgo.

É uma opção de fundo para quem busca exposição a mercados emergentes no exterior, em países como China, Índia, Coreia do Sul e Brasil.

Sobre o autor
Julia Zillig
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