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Mercado Financeiro

Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta terça-feira, 3 de maio

Investidores aguardam as novas taxas de juros interna e externa, acompanham a China e a guerra na Ucrânia

Data de publicação:03/05/2022 às 11:19 -
Atualizado 2 anos atrás
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Após cair no menor nível desde janeiro no pregão anterior, a Bolsa opera com volatilidade nesta terça-feira, 3. O Ibovespa registrava alta residual de 0,03%, aos 106.674 pontos, às 16h15, e o dólar caía 2,18%, cotado a R$ 4,962.

A tentativa de buscar o terreno positivo do principal índice da B3 é impulsionado pela alta de mais de 1% das ações da Vale, apesar do dia negativo para o minério de ferro em Singapura.

Bolsa
Investidores aguardam decisão de política monetária do Fed e do Copom nesta quarta-feira, 4 - Foto: Reprodução

Os investidores, tanto aqui quanto no exterior, seguem em compasso de espera sobre as decisões de política monetária do Banco Central brasileiro e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que acontece nesta quarta-feira, 4 – a chamada Super Quarta-Feira.

A previsão é que o Fed seja mais agressivo e eleve os juros em 50 pontos-base, também para combater pressões inflacionárias, mais recentemente alimentadas pela guerra na Ucrânia. Em março, o BC americano subiu sua taxa em 25 pontos-base.

Além disso, mantêm no radar as medidas de isolamento social na China e os desdobramentos da guerra na Ucrânia.

Nos Estados Unidos, os investidores aguardam novos dados econômicos, como relatório Jolts de vagas de trabalho em aberto no mês de março e encomendas à indústria no mesmo período.

Bolsas americanas/principais índices

  • S&P 500: +0,54%
  • Dow Jones Industrial Average: +0,32%
  • Nasdaq 100: -0,14% (dados atualizados às 13h13)

Na zona do euro, alguns dados econômicos já foram publicados nas primeiras horas da manhã. A taxa de desemprego caiu para 6,8% no bloco em março, ante fevereiro. Já o índice de preços ao produtor (PPI) da região avançou 5,3% em março ante o mês anterior.

O petróleo registra baixa moderada nesta terça-feira, enquanto o mercado avalia a demanda mundial do produto e lockdowns na China. Já o minério de ferro cai em Singapura

Bolsas europeias/fechamento

  • Stoxx 600 (Europa): +0,54% (446,20 pontos)
  • DAX (Frankfurt): +0,72% (14.039 pontos)
  • FTSE 100 (Londres): +0,22% (7.561 pontos)
  • CAC 40 (Paris): +0,79% (6.476 pontos)

Sobe e desce da B3

Maiores altas

SLC Agrícola (SLCE3)+5,03%
CSN Mineração (CMIN3)+3,93%
Azul (AZUL4)+3,48%
Petz (PETZ3)+2,90%
CSN (CSNA3)+3,10%

Maiores baixas

JHSF (JHSF3)-5,08%
Cosan (CSAN3)-3,70%
EcoRodovias (ECOR3)-3,29%
Americanas (AMER3)-3,29%
Magazine Luiza (MGLU3)-3,33%
Fonte: B3 (dados atualizados às 13h18)

Brasil: reunião do Copom e produção industrial

No cenário interno, a reunião do Copom está no centro das atenções do mercado. O encontro do colegiado tem início nesta terça-feira e termina nesta quarta-feira, 4, com a divulgação da nova Selic, taxa básica de juros do País, que hoje está em 11,75% ao ano.

A expectativa do mercado, de forma geral, é em uma alta na taxa de 1 ponto porcentual, para 12,75% ao ano. De acordo com o Boletim Focus, divulgado na véspera pelo BC, os economistas projetam que a Selic encerre 2022 a 13,25% ao ano.

Em relação à divulgação de novos dados econômicos, durante a manhã o IBGE divulgou que a produção industrial subiu 0,3% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal.

O indicador veio dentro das expectativas dos analistas, que esperavam desde uma queda de 1,2% a alta de 1,1%, com mediana positiva de 0,2%.

Em relação a março de 2021, a produção industrial caiu 2,1%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um recuo entre 5,3% e 0,4%, com mediana negativa de 2,8%.

No acumulado do ano, que tem como base de comparação ao mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma queda de 4,5%. Em 12 meses, a produção acumula elevação de 1,8%.

Para os analistas do BTG Pactual, no curto prazo, o sentimento é de uma melhora do setor, “especialmente para as atividades vinculadas ao comércio externo devido às avaliações favoráveis em relação à demanda”.

Juros futuros

Os juros futuros operam praticamente estáveis em toda a curva nesta terça-feira, com o mercado monitorando o leilão extra de swap cambial do Banco Central, que já começou, e antes do leilão de NTN-B e LFT do Tesouro.

O movimento na curva sugere que o resultado da produção industrial de março, divulgado mais cedo pelo IBGE, fica em segundo plano.

Às 9h25, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 marcava 11,99%, de 11,98% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 subia a 12,19%, de 12,16%, e vencimento para janeiro de 2023 exibia taxa 13,105%, de 13,089% no ajuste do dia anterior.

Mercado internacional: Ásia fecha em baixa com Austrália

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, em um dia de liquidez reduzida em meio a feriados na China e no Japão e marcado pela primeira elevação de juros na Austrália em mais de 11 anos.

Com os mercados chineses e japonês fechados, a atenção se voltou para o Banco Central da Austrália (RBA, na sigla em inglês), que subiu seu juro básico em 25 pontos-base, a 0,35%, numa tentativa de conter a inflação doméstica, que está no maior nível em duas décadas.

O aumento da taxa, o primeiro desde novembro de 2010, superou a expectativa de muitos analistas e impulsionou o dólar australiano.

Na Bolsa de Sydney, a maior da Oceania, o gesto do RBA teve efeito negativo, e o índice S&P/ASX 200 caiu 0,42%, a 7.316,20 pontos, pressionado por ações do setor imobiliário.

Na região asiática, o Hang Seng teve alta marginal de 0,06% em Hong Kong, a 21.101,89 pontos, enquanto o Taiex apresentou modesta queda de 0,56% em Taiwan, a 16.498,90 pontos, com ambos retornando de feriados.

Em Seul, o sul-coreano Kospi recuou 0,26%, a 2.680,46 pontos. / com Agência Estado

Sobre o autor
Julia Zillig
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