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Bolsa
Mercado Financeiro

As 8 ações mais recomendadas pelas corretoras e bancos para este mês

Entre os papéis estão ações de empresas de commodities, varejo, tecnologia e setor financeiro

Data de publicação:10/06/2021 às 15:22 -
Atualizado um ano atrás
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As perspectivas econômicas, que ganharam um tom mais otimista nos últimos meses, temperam a composição da carteira de ações dos principais bancos e corretoras para o mês de junho. Os papéis que mais marcam presença nesses portfólios são de setores diversos, de commodities, ao financeiro, passando por varejo e tecnologia.

Foto: Ricardo Teles
Vale é uma das empresas que se mantém na recomendação dos analistas para investir em junho - Foto: Ricardo Teles

Como pano de fundo para essas escolhas, as corretoras e bancos levaram em conta um cenário mais animador, sustentado pelos resultados trimestrais apresentados pelas empresas. Apesar da pandemia, os dados surpreenderam, com exceção de alguns mercados mais atingidos pela paralisação das atividades econômicas.

“Destacamos os setores de mineração & siderurgia e bancos como os principais destaques de resultados positivos e acima do esperado. O primeiro refletindo o apetite chinês e o segundo a melhora gradual do Brasil com o início da vacinação e alívio das medidas de isolamento social”, apontam os analistas da Ativa Investimentos.

Juntam-se -se a isso a possibilidade de um Produto Interno Bruto (PIB) mais robusto em 2021 – entre 4% e 5%, segundo analistas – e a redução da dívida pública em relação ao PIB, podendo chegar abaixo dos 85%.

A estabilidade do real também ajuda porque tem a seu favor um ambiente político com menos ruído e a perspectiva de alta da Selic para conter a inflação, de acordo com os analistas do BTG Pactual,

Nesse cenário, a Bolsa apresentou uma boa performance em maio, subindo 6,2% e acumulando alta de 14,7% nos últimos três meses, e superando a inflação no período.

Confira as 8 ações mais recomendadas por três bancos - Bradesco, Santander e BTG Pactual - e quatro corretoras - Ativa, Warren, Toro e Clear Investimentos - para o mês de junho.

Vale (VALE3)

Na visão da Toro Investimentos, a presença global da mineradora, com a manutenção de operações em vários continentes, permite a redução do risco geográfico.

Além disso, os pacotes de estímulos propostos nas principais economias mundiais, com investimentos nos setores de infraestrutura e construção civil, favorecem o desempenho futuro da companhia.

Para os analistas do Santander, mesmo com os efeitos da pandemia da covid-19, a Vale continua em boa posição na indústria global de minério de ferro, sua divisão mais importante.

“Esperamos que a demanda por minério de ferro de alta qualidade continue elevada no curto prazo, em decorrência das medidas de estímulos econômicos adotados na China”.

Outro aspecto importante destacado pelo banco é a melhora da visibilidade da empresa perante os aspectos sociais e ambientais. A Vale assinou no último mês de fevereiro um acordo bilionário - R$ 37,7 bilhões - com o Estado de Minas Gerais para a reparação e danos ambientais e sociais por conta do rompimento da barragem de Brumadinho.

“O acordo celebrado melhora a posição da empresa em relação aos impactos financeiros totais dos quais a empresa arcará, reduzindo a incerteza em relação ao tema”, destaca o Santander em relatório.

Recentemente, o conselho de administração da Vale decidiu reestabelecer a política de remuneração aos acionistas, suspensa desde janeiro de 2019. “Para nós, isso pode indicar maior confiança da empresa nas operações e a redução das incertezas nos negócios em que atua”, aponta o banco.

Petrobras (PETR3 e PETR4)

Esse é um bom momento para a compra dos papéis da Petrobras, de acordo com os analistas da Toro Investimentos, pois contam com descontos relevantes no atual patamar, além dos múltiplos em relação aos pares internacionais.

Para a casa, a perspectiva positiva de aumento do consumo de petróleo e seus derivados no atual período de retomada econômica reforça o potencial de valorização dos papéis da petroleira.

A aposta da equipe do Santander é que a capacidade de exploração e produção (upstream) da Petrobras será reforçada pela qualidade de seus ativos do pré-sal, embora as incertezas continuem rondando seu conselho administrativo.

"As dúvidas ainda permanecem e precisam ser monitoradas em torno da política de preços de combustível da empresa”, ressalta o relatório do Santander.  “Ainda vemos a Petrobras gerando um rendimento de Fluxo de Caixa Livre (FCL) de 22% para 2022”.

Os analistas do Santander elevaram a recomendação das ações da petroleira de “Abaixo do Mercado” para “Manutenção” e aumentaram o preço-alvo dos papéis de R$ 21 para R$ 28 para o fim de 2021.

Multiplan (MULT3)

A rede Multiplan conta com um portfólio premium de shopping centers com foco nas classes A e B, o que reduz o impacto negativo em contexto de desaceleração econômica.

“Devido ao fato de os empreendimentos serem voltados para as classes A e B, a empresa conta com uma clientela de maior poder aquisitivo, com renda e consumo menos sensíveis aos períodos de crise”, afirma a Toro Investimentos.

Os investimentos em iniciativas digitais também favorecem o desempenho futuro da companhia. “Tivemos uma visão positiva em relação às iniciativas da Multiplan durante a pandemia, com a sua transformação digital focada em três pilares: aplicativo Multi, focado na comunicação com os clientes finais, o programa de fidelidade MultiVC, para retenção de dados e MINDFul, que traz mais agilidade paras decisões do marketing”, analisa o Santander.

A nova fase de lockdown trouxe resultados fracos para a empresa no primeiro trimestre. O principal destaque negativo foi o forte aumento da inadimplência, que atingiu 11%. “Ainda assim, acreditamos que parte dessa deterioração já foi antecipada pelo mercado. Portanto, estimamos uma reação ligeiramente negativa no curto prazo”, ressalta o banco em relatório.

Olhando para o futuro, de acordo com os analistas do Santander, com a reabertura dos shoppings, operando a 77% do horário regular, isso deve resultar em um 2º trimestre mais positivo para as atividades da companhia.

Lojas Renner (LREN3)

A varejista teve seus resultados impactados com a crise da covid-19. No entanto, de acordo com os analistas do BTG Pactual, o prognóstico é positivo para os próximos meses.

“Após o fundo do poço nos últimos trimestres, vemos melhores ventos à frente para a empresa. Os canais offline e online devem crescer no 2º trimestre, com recuperação das margens após um cenário desafiador em 2020”, enfatiza o banco em relatório.

A evolução de sua proposta multicanal nos últimos meses é outro ponto destacado pelo BTG. “Esse movimento deve ser reforçado por mais investimentos na plataforma na digital em 2021 e 2022, com 100% das lojas disponíveis para click-and-collect (comprar na internet e retirar na loja) e ship-from-store (estoques integrados /lojas físicas e virtuais)”.

Outro movimento bem recebido pelo mercado da Renner, de acordo com os analistas do banco, foi a adoção de uma abordagem mais baseada em dados para entender melhor sua base de clientes, “garantindo campanhas de marketing mais eficientes, CAC (custo de aquisição de clientes) mais baixo e descontos mais baixos em lojas”.

A varejista está bem-posicionada para ganhar participação de mercado nos próximos anos no setor de vestuário, segundo o BTG, por diversos fatores. “Estrutura de ponta na cadeia de suprimentos, execução premium e iniciativas omnichannel, sustentam nossa visão positiva de longo prazo para a Renner”.

BR Distribuidora (BRDT3)

Os analistas do BTG Pactual adicionaram recentemente as ações da BR Distribuidora em seu portfólio. Base de custos alinhada – ou até melhor do que seus pares – melhor execução comercial e papéis descontados foram alguns dos aspectos apontados para essa inclusão.

Segundo o banco Santander, em análise, a empresa deu detalhes adicionais sobre sua estratégia no futuro, que inclui explorar novas oportunidades de crescimento alinhadas com a transição de energia e caminhos adicionais para melhorar a margem bruta e o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

Isso será feito, de acordo com a distribuidora, por meio de cortes de custos de R$ 450 milhões, e melhor precificação que pode melhorar o lucro bruto em R$ 100 milhões.

“Vemos a distribuidora sendo negociada a valuations (valor da empresa), que acreditamos mais do que acomodar os novos riscos do negócio de distribuição de combustível”, ressalta o BTG.

Até mesmos os riscos associados à privatização da Petrobras parecem ter sido amenizados, na visão do banco, o que também pode significar “menos competição de bandeiras brancas à medida que as importações de combustível diminuem”.

Somam-se a esse cenário os indicativos de retomada econômica no País, com as estimativas do PIB revisadas para cima. “Uma combinação de crescimento de alta qualidade, um valuation atraente e tendências de alta para as nossas estimativas reforçam nossa recomendação para a compra dos papéis da BR Distribuidora”.

O Santander revisou recentemente o preço-alvo das ações da BR Distribuidora, elevando de R$ 29 para R$ 33, além de considerar a top pick do setor.

Como riscos, o Santander destaca a venda da posição restante da Petrobras, forte variação de câmbio e os efeitos da política de preços de combustíveis no Brasil.

Bradesco (BBDC3 e BBDC4)

A implementação de um grande programa de eficiência, dando ao banco maior controle sobre seus resultados sobre alguns pares, pelo menos até que a economia se recupere, é um dos pontos favoráveis para a manutenção das ações do Bradesco na lista de indicações do BTG Pactual.

“Com a inflação e Selic (taxa básica de juros do País) mais alta, o crescimento da carteira e as linhas rotativas ganhando mais espaço no mix de crédito, esperamos que o crescimento da margem financeira acelere no 2º trimestre de 2021”, aponta o BTG.

Uma economia mais forte, além do aumento da vacinação, de acordo com os analistas do Pactual, devem permitir que a inadimplência permaneça sob controle. “E o re-rating que vimos em bancos de outras regiões, como Estados Unidos e México, indica que o valuation para bancos brasileiros parece atraente”, reforça.

Para o Santander, o Bradesco se configura como sua principal recomendação dentre as ações dos bancos brasileiros. Os motivos, de acordo com relatório do banco, estão ligados a uma combinação de melhor execução potencial em despesas com vendas e administração, maior pagamento de dividendos entre os pares, alto retorno potencial do valor das ações (20%) e alto valor em provisões excedentes.

Com um preço-alvo de R$ 32,00 para o fim de 2021, os riscos ligados à aposta nos papéis do banco estão o avanço dos bancos digitais e das fintechs, desaceleração econômica mais profunda e maior exposição aos impactos da pandemia.

Totvs (TOTS3)

O principal negócio da Totvs permanece resiliente, segundo análise do BTG, com oportunidades interessantes de venda cruzada e com uma opcionalidade na frente da TechFin. Com a aquisição da RD Station, a empresa estabeleceu o principal pilar de sua estratégia de atuação empresarial.

“O histórico comprovado de execução da Totvs é um bom indicador, pois parece alavancar sua base de clientes. As vendas da Totvs estão diretamente relacionadas ao desempenho da economia em geral, portanto, a recuperação afetar positivamente as receitas recorrentes da empresa”, enfatiza o BTG.

Além disso, para quem busca uma proteção mais ativa contra o aumento da inflação, a Totvs pode ser uma excelente opção, “por conta da receita ajustada pela inflação em um serviço essencial e de difícil substituição”.

Os resultados positivos obtidos pela empresa de tecnologia no 1º trimestre sugerem uma recuperação “em forma de V” bem-sucedida, para os analistas do banco Santander. Isso inclui “produtos de crédito, receitas recorrentes rígidas, alavancagem em escala para software e a combinação de crescimento com lucratividade”.

Além disso, os analistas do banco esperam mais fusões e aquisições no segmento principal da Totvs, e também em empresas de serviços financeiros e digitais.

B3 (B3SA3)

Atualmente, a B3 é a maior bolsa de valores da América Latina em valor de mercado, e a principal bolsa brasileira. Com uma capitalização de mercado (somando as empresas listadas) de mais de US$ 900 bilhões, a B3 conta com aproximadamente 340 companhias listadas.

O Santander avalia que a B3 deve negociar a um valuation razoável de 17,1 x P/L para 2021, se mantendo em linha com os pares globais.

“Nossa perspectiva para este ano é de que o volume diário médio da Bolsa siga em alta - estimamos volume diário médio em R$33 bilhões em 2021, aumentando 12% ao ano e impulsionando a receita”, reforça o banco em análise sobre os papéis da B3.

Apesar do aumento da taxa de juros, o ingresso de investidores pessoa física bateu novos recordes. No último trimestre, a alta foi de 10% ao ano, totalizando 3,687 milhões de investidores. Do lado negativo, as despesas aumentaram 10,6% ao ano, para R$ 661,2 milhões.

“Acreditamos que os mercados de capitais podem continuar a apoiar os volumes diários. Espera-se que a série de IPOs (abertura de capital) e secundárias de 2020 continue ao longo de 2021”, esperam os analistas.

Como riscos, o Santander aponta a concorrência com a renda fixa, o lançamento da CRT4 – plataforma de renda fixa de bancos de médio porte – discussão judicial sobre o reconhecimento de benefícios fiscais na amortização de ágios, potencial impacto da reforma tributária nos Juros sobre Capital Próprio (JCP) e mudanças regulatórias.

Sobre o autor
Julia Zillig
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