Santander recomenda compra de empresa brasileira listada na Nasdaq
A equipe de equity research do banco Santander divulgou relatório em que recomenda a compra dos papéis da empresa brasileira de ensino superior Vitru, listada na…
A equipe de equity research do banco Santander divulgou relatório em que recomenda a compra dos papéis da empresa brasileira de ensino superior Vitru, listada na Nasdaq. O preço-alvo é de US$ 20,90.
Trata-se de uma aposta na expansão de dois dígitos do mercado de educação em plataformas digitais nos próximos três anos.
Com lucro líquido de R$ 21,7 milhões no primeiro trimestre de 2021, a companhia oferece parte dos cursos em modelo híbrido, que a diferencia dos moldes tradicionais da educação virtual de baixo custo. Alunos e tutores se encontram presencialmente uma vez por semana e o restante das atividades acadêmicas são realizadas remotamente.
O digital learning, como a modalidade é chamada, correspondia a 30% das matrículas em 2019, uma vez que que alguns cursos, como direito, psicologia e odontologia, não podem ser ministrados à distância. A expectativa dos analistas do Santander é de que este percentual alcance os 51% em 2022.
Incumbidos de monitorar alunos, indicar leituras complementares e oferecer apoio àqueles que apresentarem problemas de aprendizagem, os tutores são profissionais do mercado nos pólos onde se situam as unidades. O nível de instrução é destacado no relatório, de acordo com o qual 67% deles têm pós-graduação, mestrado ou doutorado. Como ensinar é sua segunda função, eles podem ser um elo entre estudantes e o mercado de trabalho.
Com 708 unidades até fim de 2020, a Vitru deve atingir 1.300 até 2024, uma média de 150 por ano, segundo estimativas dos analistas responsáveis pela elaboração do documento. Esta expansão a aproximaria dos dois principais concorrentes, Cogna e Yduqs, que dispõem de cerca de 1.500 unidades cada.
Preveem ainda avanço de três pontos percentuais da margem Ebitda para 31% até 2023. A participação da empresa no mercado de ensino à distância saltou de 7,2% para 9,6% entre 2016 e 2020, quando cresceu 31%, ritmo superior aos 17% do setor naquele mesmo período.