Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta quinta-feira, 28 de abril
Investidores repercutem dados corporativos, IGP-M de abril e cenário externo
A Bolsa depois de transitar pelo terreno negativo pela manhã, inverteu o sinal no início da tarde nesta quinta-feira, 28. Às 14h45, o Ibovespa subia 0,47%, aos 109.860 pontos, e o dólar avançava 0,24% - após subir mais de 1% ao longo do dia - cotado a R$ 4,969.
A forte baixa nas ações dos principais gigantes financeiros impede uma alta maior do principal índice da Bolsa para baixo. às 13h07, os papéis preferenciais do Santander, Itaú e Bradesco recuavam 2,68%, 1,63% e 1,31%, respectivamente.
O recuo do principal índice da B3 só não é mais intenso por avanço de mais de 2% nas ações da Vale e de quase 1% da Petrobras, refletindo o momento favorável para as commodities no exterior.
Os investidores repercutem os últimos dados da inflação, divulgados pela FGV durante manhã. Segundo a fundação, o IGP-M desacelerou a 1,41% em abril ante 1,74% em março. Em 12 meses também houve recuo, de 14,77% em março para 14,66% em abril.
Ambos os resultados vieram abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam uma mediana positiva de 1,70% para o indicador mensal e de 15% para 12 meses. Porém, alguns especialistas acreditam que, apesar da desaceleração, é preciso manter a atenção em cima do indicador.
“A manutenção da elevada incerteza que persiste no cenário internacional tem promovido um ambiente de forte volatilidade, podendo pressionar o preço das commodities e manter o IGP-M em patamar elevado”.
BTG Pactual
Segundo os analistas do banco, o ambiente requer cautela, “diante da continuidade do conflito na Europa, da perspectiva de um maior aperto monetário norte-americano e do cenário de atividade global incerto”.
“Permanecemos atentos às depreciações do real, que podem contribuir para a aceleração do índice”, ressaltou.
Balanços trimestrais em andamento aqui e nos EUA
Outro assunto que está na atenção dos investidores locais é a divulgação dos balanços trimestrais das empresas. Confira aqui o calendário completo de divulgação das empresas brasileiras.
No Brasil, entre ontem e hoje, saíram os resultados da Vale, que reportou queda de 24% em seu lucro líquido, da Gol, que reverteu prejuízo obtido no primeiro trimestre de 2021, e ainda estão previstas a publicação dos números da Grendene, Hypera, entre outros.
Juros futuros
Os juros futuros começaram a sessão em baixa, em meio à desaceleração do IGP-M de abril e recuo do petróleo, mas em seguida renovaram máximas, em sintonia com o movimento do dólar.
Por volta das 13h10, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 marcava 13,02%, de 12,97%. O DI para janeiro de 2025 exibia taxa de 12,04%, ante 11,94% na abertura do dia. Já o DI para janeiro de 2027 estava a 11,89%, ante 11,85%.
Sobe e desce da Bolsa
Maiores altas
Embraer (EMBR3) | +3,71% |
Usiminas (USIM5) | +2,63% |
Bradespar (BRAP4) | +2,45% |
3R Petroleum (RRRP3) | +2,27% |
Ultrapar (UGPA3) | +2,15% |
Maiores baixas
Grupo Soma (SOMA3) | -4,96% |
Marfrig (MRFG3) | -4,79% |
Hapvida (HAPV3) | -3,32% |
Natura &Co (NTCO3) | -2,80% |
Qualicorp (QUAL3) | -3,14% |
Movimentação no mercado internacional
Wall Street e Europa
Os principais índices acionários sobem no exterior, com resultados das empresas trazendo um tom otimista. Em contrapartida, os investidores repercutem a primeira leitura do PIB dos EUA no primeiro trimestre, que veio abaixo do esperado – queda de 1,4% ante consenso de alta de 1,1%. No trimestre anterior, o indicador registrou alta de 6,9%.
Já os pedidos de seguro-desemprego no país na semana anterior vieram em linha com o esperado, somando cerca de 180 mil solicitações.
Para o BTG, com os resultados da prévia do crescimento da economia americana, a expectativa sobre o PIB dos EUA ganha contornos de queda para o segundo trimestre, “principalmente por contribuição externa e consumo”.
Nos Estados Unidos, o mercado também monitora os balanços trimestrais, com destaque para a Meta (ex-Facebook), que apesar de ter registrado queda de 24% em seu lucro líquido do primeiro trimestre deste ano, registrou aumento de 4% no número de usuários, para 1,96 bilhão, acima do esperado.
Bolsas americanas/principais índices
- S&P 500: +1,48%
- Dow Jones: +0,99%
- Nasdaq 100: +2,03% (dados atualizados às 13h33)
Bolsas europeias/fechamento
- Stoxx 600 (Europa): +0,63% (447,08 pontos)
- DAX (Frankfurt):+1,35% (13.979 pontos)
- FTSE 100 (Londres): +1,13% (7.509 pontos)
- CAC 40 (Paris): +0,98% (6.508 pontos)
Bolsas asiáticas fecham em alta com BoJ
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, lideradas pelo mercado japonês, que se beneficiou com a fraqueza do iene após o Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês) confirmar sua postura ultra-acomodatícia.
O índice acionário Nikkei subiu 1,75% em Tóquio hoje, a 26.847,90 pontos, à medida que a moeda japonesa renovou mínimas em 20 anos frente ao dólar durante a madrugada, ultrapassando o nível de 130 ienes pela primeira vez desde abril de 2002.
O BoJ deixou sua política monetária inalterada, apesar do avanço da inflação doméstica, e anunciou que irá comprar bônus do governo japonês (JGBs) de 10 anos a uma taxa de 0,25% em todos os dias úteis para garantir que o rendimento do papel não ultrapasse este nível.
O tom majoritariamente positivo na região asiática veio também à medida as bolsas de Nova York se estabilizarem ontem, depois de sofrerem fortes perdas no dia anterior. / com Agência Estado
Fechamento
- Nikkei (Tóquio): + 1,75% (26.847 pontos)
- Xangai Composto (China continental): +0,58% (2.975 pontos)
- Shenzhen Composto: -0,71% (1.808 pontos)
- Hang Seng (Hong Kong): +1,65% (20.276 pontos)
- Kospi (Seul): +1,08% (2.667 pontos)
- Taiex (Taiwan): +0,71% (16.419 pontos)
- S&P/ASX 200 (Sydney): +1,32% (7.356 pontos)
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