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Bolsa
Mercado Financeiro

Em dia de exterior negativo, Bolsa anda na contramão e fecha em alta de 0,29%; dólar recua 0,02%

Commodities e bancos ajudaram a sustentar o Ibovespa no terreno positivo ao longo da sessão

Data de publicação:31/05/2022 às 17:56 -
Atualizado um ano atrás
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Descolada dos mercados internacionais, a Bolsa encerrou o último dia do mês com avanço de 0,29%, aos 111.350 pontos. Já o dólar recuou marginalmente 0,02%, cotado a R$ 4,753.

Ao longo da sessão, o Ibovespa se manteve em alta mais expressiva, sustentado pela valorização das ações da Petrobras e dos bancos, porém perdeu um pouco força na última hora do pregão com a queda dos papeis da petroleira.

Bolsa
Papeis da Petrobras ajudaram a sustentar o Ibovespa em alta durante o dia todo, porém perderam a força com declaração de Bolsonaro - Foto: Reprodução

A declaração do presidente Jair Bolsonaro de que a petroleira não pode continuar usando a paridade de preços internacionais como parâmetro para balizar os preços dos combustíveis no País impactou diretamente nas ações da Petrobras, que fecharam em alta de 0,76% (ações ON) e 0,23% (ações PN), respectivamente

"Vivemos um momento excepcional, ninguém quer interferir, nem vai interferir nos preços dos combustíveis. Mas a Petrobras não pode continuar usando a paridade de preços internacionais, sendo que nós somos autossuficientes, não somos em refino, sempre repassando isso para o povo".

Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Massa FM

Inflação no centro das discussões

Além disso, a terça-feira foi marcada pelas discussões sobre a alta da inflação no mundo, com a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro de maio, que superou as expectativas do mercado, subindo 8,1%.

O número levantou a atenção do mercado para o fato de que o Banco Central Europeu (BCE) deve fazer ajustes na taxa básica de juros do bloco em julho, seguindo o movimento do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Alguns membros do BC europeu já sinalizaram o fato ao longo do dia, como o membro do conselho do BCE, François Villeroy de Galhau e o dirigente Ignazio Visco.

Para a Oxford Economics, o quadro inflacionário fará o BCE elevar os juros três vezes ainda neste ano. Já a Capital Economics projeta alta total de 125 pontos-base em 2022.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também abordou o assunto ao participar de audiência pública extraordinária na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.

Segundo ele, o BC se antecipou a subir os juros em relação ao que o mercado tinha previsto. “A nossa inflação é alta, temos uma sensação de inflação muito alta, mas em parte porque a inflação mundial está muito alta. Não queremos nos eximir de qualquer responsabilidade, mas esse ponto não pode ser esquecido”, ressaltou.

Campos Neto alegou ainda que a inflação projetada para 2023 no Brasil está convergindo para as bandas da meta perseguida pela autoridade monetária. "As expectativas de 2023 estão dentro de corredor de inflação ao contrário de outros países", completou.

O dia na Bolsa

Maiores altas

Marfrig (MRFG3)+5,54%
Irb Brasil (IRBR3)+4,63%
BRF (BRFS3)+3,99%
Cemig (CMIG4)+3,83%
Rumo (RAIL3)+3,03%

Maiores baixas

Hapvida (HAPV3)-3,59%
Magazine Luiza (MGLU3)-3,12%
Méliuz (CASH3)-3,06%
Eztec (EZTC3)-2,98%
Americanas S.A (AMER3)-2,90%
Fonte: B3

Mercado internacional

Petróleo fecha em baixa

Depois de operar a maior parte da sessão no azul, os ativos do petróleo fecharam a terça-feira em queda. Alguns membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) estudam elevar a oferta da commodity, de acordo com reportagem do Wall Street Journal.

Nem mesmo o anúncio do embargo às importações de petróleo russo pela União Europeia (UE) e otimismo com reabertura de cidades na China foram suficientes para segurar o avanço.

Após o feriado do Memoral Day, o petróleo WTI para julho fechou em baixa de 0,35% (US$ 0,40), a US$ 114,67, na primeira sessão da semana na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para agosto caiu 1,70% (US$ 2,00), a US$ 115,60 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Bolsas americanas e europeias encerraram o dia em queda

Na Europa, as bolsas fecharam em queda, em sua grande maioria, nesta terça-feira. Somado à preocupação com a inflação, o embargo a boa parte do petróleo da Rússia pela União Europeia ajudou a deprimir os mercados, com os analistas elevando o risco de recessão na zona do euro.

Para o Rabobank, isso resultará em contração econômica na zona do euro até o fim de 2022 ou o início de 2023, e o banco projeta crescimento de 2,2% neste ano e contração de 0,1% em 2023.

O banco holandês não prevê uma falta duradoura no setor de energia na Europa, mas diz que levará algum tempo para substituir o petróleo russo, em quadro que deverá ainda manter tendência de alta nos preços da commodity.

Bolsas europeias/fechamento

  • Stoxx 600 (Europa): -0,72% (443,36 pontos)
  • DAX (Frankfurt): -1,29% (14.388 pontos)
  • FTSE (Londres): +0,10% (7.607 pontos)
  • CAC 40 (Paris): -1,43% (6.468 pontos)

Nos Estados Unidos, o mercado acompanhou o encontro do presidente americano Joe Biden, com o presidente do Fed, Jerome Powell, para discutir o avanço da inflação, que segue no patamar da maior alta dos últimos 40 anos.

Biden sinalizou que seu plano para lidar com o salto dos preços é respeitar a independência do Fed. No entanto, Powell enfatizou que a prioridade da autoridade monetária americana é controlar a inflação e irá aumentar a taxa de juros até conseguir alcançar esse objetivo, mesmo que isso implique em desaceleração econômica. / com Agência Estado

Bolsas americanas/fechamento

  • Dow Jones Industrial Average: -0,67% (32.991 pontos)
  • S&P 500: -0,62% (4.132 pontos)
  • Nasdaq 100: -0,41% (12.081 pontos)

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Sobre o autor
Julia Zillig
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