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Altcoins: saiba tudo sobre as criptomoedas alternativas

As altcoins são criptoativos alternativos aos bitcoins, pois possuem preços e taxas mais baixas

Data de publicação:11/04/2022 às 12:30 - Atualizado 3 anos atrás
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Os avanços da tecnologia têm permitido um crescimento constante das opções de investimentos. O segmento de criptomoedas ganha destaque em momentos que se tornam opção menos vulnerável para negócios e investimentos, em meio à guerra e sanções à Rússia.

Mas como funcionam as criptomoedas? Não apenas as mais conhecidas, como bitcoins, mas os milhares de outros tipos, as altcoins.

Altcoins possuem preços e taxas mais baixas - Foto: Reprodução

Neste artigo, você vai conhecer mais sobre as altcoins, como elas funcionam, como comprar, entre outros dados.

O que são altcoins?

Criadas por Satoshi Nakamoto, as bitcoins são as criptomoedas mais famosas do mundo. No entanto, há quase 18 mil tipos de moedas digitais, as altcoins, em todo o mundo. O termo Altcoin tem origem na palavra “Alt”, de alternative e “coin”, que traduzindo do inglês é moeda.

Dessa forma, altcoin é uma criptomoeda alternativa para o bitcoin. Entre outras palavras, toda moeda digital é uma altcoin, com exceção do próprio bitcoin.

Elas são criadas para resolver problemas de outras redes, como altas taxas, atualizações de uma blockchain, entre outros.

Principais altcoins no mundo

Há diversas altcoins negociadas no mundo. Ao todo são quase 18 mil alcoins registradas. Muitas delas já são famosas no mercado financeiro. Confira as principais:

BCH – Bitcoin Cash

Criada em 2017, a BCH utilizou os mesmo algoritmos e códigos do bitcoin, mas com tarifas mais baratas e transações mais fáceis e rápidas.

ETH – Ethereum

É considerada a altcoin mais importante do mercado, revolucionando o segmento de criptomoedas. Essa altcoin desenvolve uma plataforma para aplicativos e contratos inteligentes descentralizados.

O projeto foi desenvolvido pelo russo-canadense Vitalik Buterin e lançado em 2015, dando início o surgimento das finanças descentralizadas (DeFi), metaverso, tokens não fungíveis (NFTs), entre outros.

ADA – Cardano

Criada em 2015 pelo cofundador da Ethereum, Charles Hoskison, a Cardano é uma criptomoeda alternativa à rede, em que os usuários podem desenvolver aplicativos descentralizados.

LTC – Litecoin

A Litecoin foi desenvolvida em 2011 e é considerada uma das pioneiras desse segmento de criptomoeda. Ela foi criada pelo ex-engenheiro de software do Google, Charlie Lee, e se baseia no bitcoin. No entanto, a LTC fornece tarifas menores num prazo mais curto de tempo, para que as transações sejam confirmadas.

DOGE – Dogecoin

Desenvolvida pelo ex-IBM Billy Markus e diretor de produto da Adobe Jackson Palmer, a DOGE foi surgiu em 2013.

Um dos principais investidores e personalidades do mercado financeiro, Elon Musk, CEP da SpaceX e da Tesla apadrinhou a criação da DOGE. Com isso, ela se tornou uma das maiores altcoins do mercado.

XRP – Ripple

Lançada em 2012, a XRP é considerada uma das 10 maiores altcoins no mundo. A Ripple, empresa de sistema para pagamentos tornou essa criptomoeda como token oficial.

SOL – Solana

Altcoin desenvolvida por ex-engenheiros da Qualcomm, ganhou notoriedade ao ser patrocinada pela bolsa Alameda Research. Essa empresa foi criada pelo Sam Bankman-Fried, bilionário de criptomoedas.

A rede é otimizada para jogos, barata e rápida, embora tenha sofrido várias panes no ano passado.

USDT – Tether

A USDT foi desenvolvida por Brock Pierce, candidato a presidente dos Estados Unidos em 2020 e ex-ator de Hollywood. A altcoin foi lançada em 2014, sendo a stablecoin (criptomoeda estável) pioneira a ser posta no mercado.

De acordo com o fundador, cada unidade de USDT equivale a um dólar. No entanto, os especialistas contestam essa informação e a empresa já sofreu um processo da Procuradoria Geral de Nova York, pagando uma multa milionária.

Mesmo com essas controvérsias, essa altcoin é muito utilizada, principalmente por traders, pois a compra do dólar é facilitada. Além disso, ela tem uma das melhores capitalizações do mercado de criptomoedas.

Como comprar os altcoins?

O grupo na internet conhecido como Cyberpunks criou um modelo de moeda digital para ser tornar um diferencial no sistema monetário atual. Nasceu o bitcoin. Depois de um tempo, a namecoin foi criada.

Depois delas, outras vieram, incluindo a altcoin, que embora utilize o mesmo protocolo de confiança da bitcoin, conhecido como blockchain, possui propostas diferentes da primeira criptomoeda.

As altcoins podem ser compradas de quatro formas: exchanges, negociações peer-to-peer (P2P), fundos de investimentos e ETFs.

Exchanges

As exchanges são plataformas em que os usuários podem negociar, comprar ou vender diversas criptomoedas como ETH, LTC, DOGE, ADA, entre outras. Para negociar, é necessário abrir uma conta numa Exchange. Há várias no Brasil, como Coinext, Mercado Bitcoin, Binance e Foxbit.

A maioria dessas corretoras cobra por transações e saques, mas em geral, os depósitos são gratuitos.

Peer-to-peer (P2P)

Outra forma de adquirir altcoins é de forma direta entre negociantes P2P. Esse tipo de transação é mais arriscado, pois não há uma terceira parte que garante a segurança da operação. Há vários grupos de vendedores em plataformas como Catálogo P2P, Paxful e LocalBitcoins.

Durante a negociação serão definidas as taxas a serem cobradas.

Fundos de investimentos

Os investidores brasileiros podem sofrer exposição a altcoins, especialmente a Ethereum, em diversos fundos de investimentos. Há várias opções de fundos de criptomoedas. Em geral, eles cobram taxa de administração, taxa de custódia, entre outras tarifas. Os principais fundos de criptomoedas no Brasil são:

  • BLP Digital 100 FIM IE
  • QR Blockchain Assets FIM IE
  • Vitreo Criptomonedas FIC FIM IE
  • Hashdex 100 Nasdaq Crypto Index FIM IE
  • QR BTC Max FIM IE
  • Hashdex Bitcoin Full 100 FIC FIM IE
  • Hashdex 40 Nasdaq Crypto Index FIC FIM
  • A5 Bohr Arbitrage Cripto FIM IE

ETFs de criptomoedas

Os investidores também podem investir em altcoins por meio de ETFs de criptomoedas, que são negociadas na Bolsa de Valores brasileira – B3. Há várias opções, como QETH11, ETHE11, HASH11, entre outros.

Vantagens e riscos das altcoins

Como todo ativo, as altcoins têm suas vantagens e riscos. A principal vantagem é o preço. Muitas altcoins custam centavos e podem valorizar a longo prazo. Outra vantagem são as tarifas baixas.

No entanto, um dos maiores riscos das altcoins é a volatilidade. O mercado de criptomoedas sofre com grandes oscilações diariamente. Além disso, há o risco de segurança, pois esse tipo de ativo não possui garantias, nem são cobertas pelo Fundo Garantidor de crédito. Por fim, há o risco de liquidez, uma vez que esse tipo de ativo não tem critério ou regulação.

Vale a pena investir em altcoins?

De acordo com a CoinMarketCap, o mercado de criptomoedas estava capitalizado em janeiro de 2022 em mais de 1,7 trilhão de dólares. Sendo que a participação do mercado era de 58% para altcoins e 42% para bitcoins.

Segundo especialistas do mercado, investir tanto em bitcoin quanto em altcoin vale a pena. Mas, é importante considerar as questões macroeconômicas e evitar grandes exposições a esse mercado.

E, lembre-se que o mercado de criptomoedas não vai durar para sempre, portanto é importante levar isso em consideração a longo prazo.

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