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Economia

Em 2022, mercado de criptomoedas continua aquecido com fusões e aquisições

Setor já acumula 41 fusões e aquisições, indicando que pode chegar perto do recorde de 174 compras em 2021

Data de publicação:28/03/2022 às 00:30 -
Atualizado 3 anos atrás
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O ano de 2022 tem tudo para ser mais um marco histórico no mercado de criptomoedas com recordes de operações de fusões e aquisições entre empresas do setor. Segundo dados da casa de análises Arcane Research, 41 transações desse tipo já estão contabilizadas este ano.

Com isso, se mantiver o ritmo, o mercado de criptomoedas pode chegar na marca de 161 empresas vendidas no ano. Número bem próximo do recorde de 174 compras e aquisições registrados em 2021.

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Criptomoedas estão movimentando mercado de fusões e aquisições (Foto: Pixabay)

"Como a alta atividade de fusões e aquisições relacionadas a criptomoedas continuou em 2022, parece provável que acabe perto do recorde de 2021, ou ainda maior".

Jaran Mellerud, analista da Arcane

Até o momento, a maior aquisição do ano foi a compra do sistema de negociação focado em ativos digitais Tora, pela bolsa de valores de Londres, por US$ 325 milhões. Logo em seguida vem a compra da plataforma de doação de criptomoedas The Giving Block pelo provedor de pagamentos criptos Shift4.

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Fonte: Arcane Research

"Ainda assim, na maioria das fusões e aquisições, o valor da transação não é divulgado publicamente, então pode haver vários valores maiores", continua Mellerud, em sua análise do setor de cripto.

Por fim, ele ressalta que as exchanges de criptomoedas, como Coinbase, Gemini, Mercado Bitcoin, BitMEX, FTX e Bitpanda têm sido particularmente ativas nas fusões e aquisições em 2022 – sendo responsável por oito das 41 transações do ano –, geralmente com foco em melhorias tecnológicas.

Mercado de criptomoedas no Brasil

No Brasil, a movimentação acontece principalmente em duas pontas: Mercado Bitcoin e Binance. A primeira, de origem brasileira, faz negócios principalmente fora do País de olho na expansão da marca. Recentemente, anunciou a aquisição da corretora CriptoLoja, empresa com origem em Lisboa.

Segundo a 2TM, controladora do Mercado Bitcoin, a empresa irá primeiro operar negociações de balcão na Europa. Depois, quer "levar a plataforma Mercado Bitcoin para investidores do varejo e institucionais".

Enquanto isso, a Binance, de origem chinesa, começa a se expandir no Brasil. O primeiro passo da empresa foi o interesse que demonstrou na aquisição da Sim;Paul, corretora de investimentos tradicionais. A companhia asiática, maior corretora de criptoativos do mundo, começa a buscar meios de crescer no Brasil com uma operação mais robusta e fincada no mercado financeiro tradicional.

Depois das aquisições, as contratações

Ao mesmo tempo que as empresas compram e se fundem, há também um forte movimento de contratações no mercado de criptoativos. Um relatório da Crypto Jobs indica que foram cerca de 1 mil novos funcionários contratados a cada mês em 2021 no setor, nas mais variadas áreas.

Com isso, considerando as maiores empresas do setor de cripto, foram mais de 10 mil novos funcionários em 2021. O total de trabalhadores do setor já saltou para mais de 200 mil pessoas no País.

Sobre o autor
Matheus Mans
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