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Fundos de Investimentos

Warren lança fundo de investimento em criptomoedas com aporte mínimo de R$ 1

O fundo tem taxa zero de administração

Data de publicação:14/12/2021 às 05:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Com forte demanda por parte dos aplicadores, gestores vem apostando alto nos fundos de investimentos que oferecem uma cesta de criptoativos, como o bitcoin. Já são sete desses fundos no mercado, entre ativos e passivos (ETFs). Ontem, a Warren lançou o oitavo, o Warren Cripto, o primeiro da gestora no segmento. O fundo, que pode ser acessado por aplicações a partir de R$ 1, conta com gestão ativa e tem como objetivo superar a performance do Bitcoin.

Sem taxa de administração, o fundo cobra 15% de performance sobre o que exceder o CDI. Sim, eles usam o CDI como benchmark de um fundo de cripto. A maior parte da composição do produto, cerca de 80%, é de alocações em bitcoin e ethereum. Os 20% restante são distribuídos em altcoins menos conhecidas, como aurory, chainlink e sandbox.

Ether e bitcoin criptomoeas warren cripto
Representação das criptomoedas Ether e Bitcoin | Foto: Yuriko Nakao/Getty Images)

"O fundo é bastante dinâmico, sem compromisso de manter posições de carrego a longo prazo. Dito isso, além de bitcoin e ether, algumas das moedas que a gente está vendo são SAND, AURY, ATLAS e LINK. O fundo é um multimercado dinâmico, com liberdade pra tanto carregar posições, que são escolhidas de maneira majoritariamente sistemática, como também atuar em posições de valor relativo, staking e financiamento".

Eduardo Grübler, gestor de renda variável da Warren

Em texto, a Warren comenta ainda sobre a possibilidade dos investimentos que acompanham os criptoativos protegerem o patrimônio do investidor. A corretora afirma que o Bitcoin, por exemplo, "vem sendo frequentemente comparado ao ouro, pois tem exibido algumas propriedades de porto seguro, ganhando destaque devido à perda de confiança na estabilidade da arquitetura financeira convencional".

Especialistas do mercado financeiro explicam que, por não estarem vinculados a nenhum banco central, as criptomoedas não são diretamente impactadas pelos mesmos fatores que atingem o mercado financeiro mais tradicional, como a inflação, taxa de juros e os desdobramentos econômicos causados pela pandemia de covid-19.

Desempenho de criptoativos que o Warren Cripto investe em novembro

CriptoativoCódigoVariação
BitcoinBTC-5,3%
EtherETH9,6%
The SandboxSAND330,5%
AuroryAURY39,9%
Star AtlasATLAS56,5%
ChainlinkLINK-11,9%
Fontes: Hashdex, QR Asset Management e CoinMarketCap

Fundos de criproativos além do Warren Cripto

ETFs de cripto

  • BITH11 ou QBTC11: acompanha a variação do Bitcoin.
  • ETHE11 ou QETH11: acompanha a variação do Ethereum.
  • HASH11: é um mix de moedas digitais, com maior peso em Bitcoin, mas ajustado periodicamente.

Fundos ativos de cripto

Conheça mais sobre estes fundos em nossa ferramenta completa e gratuita, aqui.

O que é um fundo de criptomoedas?

Apesar de estar na moda, o fundo de criptomoedas não é tão diferente na sua essência em relação a outros fundos de investimentos — como renda fixa, ações, entre outros.

Isto é, o modelo de funcionamento é exatamente o mesmo que você provavelmente já conhece: um "condomínio de investimentos", onde diversos investidores colocam o seu capital para que um gestor faça as alocações conforme a estratégia do produto.

O que torna essa classe exclusiva, claro, é a composição do seu portfólio e o que é permitido no mandato do time de gestão: a inclusão das criptomoedas na alocação do capital dos cotistas.

No Brasil, o mais comum é que os fundos de criptomoedas realizem uma alocação de até 20% nessa classe de ativos, deixando o restante em renda fixa. O objetivo é defender o patrimônio dos cotistas, mas aumentando a relação entre risco e retorno com a inclusão de um tipo de investimento de alto risco.

Mas, afinal, o que são as criptomoedas?

As criptomoedas são as famosas moedas digitais. E, ao contrário do que muitos acreditam, a categoria não se limita ao Bitcoin — que, por outro lado, é justamente o ativo mais conhecido.

As moedas digitais têm feito sucesso em função da diversidade de projetos que possuem, por regra, uma descentralização do mercado financeiro tradicional. Assim, evita-se o controle de entidades cujas ações podem impactar a valorização de moedas tradicionais — como é o caso dos bancos ou mesmo do governo.

Esse tipo de abordagem é mais recente, mas possui o agrupamento entre o que se chama de Finanças Descentralizadas (DeFi). A maior parte dos projetos também utiliza do formato blockchain (cadeia de blocos, em português), que é um banco de dados que armazena todas as informações sobre as negociações de forma online e segura.

Os fundos de investimentos podem investir em criptomoedas?

A resposta é positiva: sim, os fundos de investimentos podem alocar uma parcela do seu capital em moedas digitais desde que, logicamente, essa prática esteja prevista no seu regulamento.

Vale lembrar que o mercado financeiro é altamente regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, portanto, nenhuma gestora de investimentos cometeria a loucura de fazer algo ilegal. A autorização da entidade para essa classe de ativos foi realizada em setembro de 2018.

Quais são as vantagens dos fundos de criptomoedas?

Desde a liberação para que os fundos de investimentos trabalhem com criptomoedas em seus respectivos portfólios, os produtos lançados no mercado já possuem uma captação superior a dois bilhões de reais.

Existe uma altíssima volatilidade no mercado de moedas digitais, algo que impacta fortemente os investimentos da categoria tanto para cima (gerando lucros expressivos), como para baixo.

Sabemos que, de uma forma geral, boa parte dos investidores focam na análise de rentabilidade em detrimento a outros indicadores importantes. E, como as criptomoedas ofereceram ótimos retornos ao longo dos últimos anos, essa é uma característica que pesa a favor dos fundos dessa modalidade.

Além disso, fundos de investimentos reduzem um pouco o risco para o investidor individual na medida em que ele terá uma equipe de gestão profissional auxiliando na tomada de decisão. Vale reforçar que o mercado de criptomoedas possui dezenas de projetos e fazer a seleção dos que são realmente promissores não é uma tarefa simples.

Quais são os principais riscos dos fundos de criptomoedas?

A relação entre risco e retorno é uma análise clássica de qualquer produto do mercado financeiro. E não é diferente para as criptomoedas: se a rentabilidade de algumas moedas digitais foi expressiva no período recente, isso também representa uma alta volatilidade da categoria.

Isso significa que, assim como você pode encontrar um ótimo retorno com investimentos na modalidade, as perdas podem ser significativas. Entre abril e junho de 2021, por exemplo, o Bitcoin chegou a apresentar uma desvalorização de 50% no seu valor. E o investidor deve estar ciente desse cenário antes de qualquer alocação.

Outro risco importante é que o mercado de moedas digitais não possui lastro real. Isto é, os ativos ficam restritos ao ambiente online, de modo que ainda existe certa discussão sobre o futuro — embora, registre-se, a tese de descentralização financeira seja algo para ficar de olho pensando no longo prazo. / com Stéfano Bozza

Sobre o autor
Bruna Miato
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!