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Fundos de Investimentos

HASH11: conheça o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil

Já faz algum tempo que o Bitcoin está “na boca do povo”. Muito disso se deve ao próprio desempenho da própria moeda virtual, apresentando uma oscilação…

Data de publicação:11/05/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Já faz algum tempo que o Bitcoin está "na boca do povo". Muito disso se deve ao próprio desempenho da própria moeda virtual, apresentando uma oscilação de valor muito forte ao longo dos últimos anos. Veja alguns exemplos disso:

  • Apenas no ano de 2017, houve valorização acima de 1350%.
  • No ano seguinte, em 2018, o ativo se desvalorizou em mais de 65%.
  • Em 2020, uma forte alta voltou a animar os investidores, com crescimento de mais de 400%.

Ao longo desse período, muito foi dito sobre o mercado de criptomoedas. Alguns são ferrenhos defensores da moeda digital, enquanto outros alegam que tudo isso não passa de uma bolha que, segundo esses críticos, poderia explodir a qualquer momento.

Independente da sua posição em relação ao Bitcoin, a verdade é que estamos passando por uma mudança de mentalidade sobre essa classe de ativo. Inicialmente visto apenas como especulação, hoje as criptomoedas já são consideradas como um investimento. E a prova disso é o lançamento do HASH11 no Brasil.

HASH11: o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil

No final de abril de 2021, o mercado de criptomoedas ganhou um importante ativo no Brasil com a estreia do Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice, o primeiro ETF da categoria na nossa bolsa de valores. Ele é negociado com o ticker HASH11 na B3.

Caso você não esteja habituado com códigos e siglas do mercado financeiro, ETF é uma abreviação para Exchange Traded Funds ou, em tradução livre para o português, "fundos negociados em bolsa". Esse é, portanto, um fundo de investimento que tem suas cotas listadas na bolsa de valores, assim como acontece com ações ou fundos imobiliários, por exemplo.

No caso do HASH11, o índice replicado é o Nasdaq Crypto Index (NCI), desenvolvido em parceria pela Hashdex (que é a mesma gestora do ETF e possui grande experiência nesse segmento) e pela Nasdaq (uma das maiores bolsas de valores do mundo) com o intuito de refletir o desempenho do mercado de criptomoedas.

A taxa de administração do Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice será de 0,3% ao ano. O valor baixo é comum em ETFs na medida em que a estratégia não exige grande complexidade: apenas "copiar" a carteira teórica do índice escolhido. No entanto, a taxa real que o investidor vai pagar será de 1,3% ao ano se considerarmos também o que é cobrado pelo Hashdex Nasdaq Crypto Index ETF (que é um ETF internacional no qual o HASH11 investe, permitindo a exposição ao NCI).

Como funciona o HASH11?

Ao falar sobre criptomoedas, é natural pensar no Bitcoin. No entanto, esse é apenas o principal expoente de uma série de outras moedas digitais. Vale lembrar que, originalmente, o objetivo desses ativos estava em descentralizar o mercado financeiro, excluindo intermediários do processo — caso de bancos e do governo, por exemplo.

Portanto, ao comprar cotas do HASH11, você não está investindo apenas em Bitcoin como algumas pessoas imaginam, mas sim em uma carteira de criptomoedas de acordo com a metodologia do Nasdaq Crypto Index (NCI). Para a seleção de ativos, o índice utiliza de alguns critérios técnicos. São eles:

  • Liquidez: a criptomoeda deve oferecer um alto índice de negociação, permitindo assim que ajustes na carteira teórica sejam de fácil replicação. O preço também deve ser flutuante.
  • Segurança: para maior proteção de riscos, as moedas só podem entrar no índice caso sejam suportadas por ao menos dois custodiantes internacionais e disponíveis em ao menos três corretoras credenciadas.
  • Valor de mercado: visando desconsiderar ativos de valores irrelevantes (que possuem riscos acima da média), apenas criptomoedas com ao menos 0,5% de representatividade no valor de mercado serão consideradas.

Para mais informações sobre a metodologia, acesse a página oficial do índice (em inglês).

Composição do HASH11

Como você pode observar, os critérios utilizados pelo NCI são um pouco diferentes dos mercados tradicionais. No entanto, o importante está em compreender que existem filtros para um melhor balanceamento dos ativos. Ou seja, eles não são selecionados ao acaso.

A metodologia empregada tem como principal objetivo equilibrar risco e retorno do mercado de criptomoedas. Desta forma, a maior parte do HASH11 está posicionada em Bitcoin, representando mais de 60% do ETF. É uma medida natural considerando a relevância deste ativo em relação aos demais projetos do segmento.

Ora, se o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice não é composto exclusivamente pelo Bitcoin, quais são as moedas as quais estamos expostos ao investir neste fundo? Até a última revisão deste artigo, a posição do HASH11 era a seguinte:

  • Bitcoin: 67,47%
  • Ethereum: 27,35%
  • Litecoin: 1,80%
  • Bitcoin Cash: 1,43%
  • Chainlink: 1,33%
  • Stellar: 0,62%

Quais são as vantagens de investir no HASH11?

O sucesso do lançamento do Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice foi comprovado ainda na data de lançamento. Na sua estreia na B3, o HASH11 apresentou forte valorização de quase 13%. A alta demanda do produto já pode ser considerada como uma vantagem na medida em que o ETF oferece liquidez para os investidores — algo que nem sempre acontece em novos produtos.

Além disso, outro benefício é contar com a experiência da Hashdex na composição da sua carteira de criptomoedas. O índice NCI, afinal, foi projetado pela empresa considerando critérios técnicos. Assim, você pode se expor a um mercado ainda pouco explorado no Brasil de uma forma diversificada.

Por fim, podemos mencionar ainda a facilidade para o investidor que, por meio do ETF, não precisa de uma conta em uma corretora de criptomoedas para ter uma exposição ao setor. E há ainda uma simplificação tributária na hora de declarar o Imposto de Renda.

Quais são as desvantagens de investir no HASH11?

Se a diversificação é um benefício de comprar cotas do HASH11, não podemos ignorar que o mercado de criptomoedas ainda é bastante incerto e volátil. Isso significa que as oscilações patrimoniais podem ser fortes — tanto para cima, como para baixo. Recomendamos que volte para a introdução e reveja as variações de valor nos anos anteriores.

Outro ponto negativo é o custo do ETF. Quem investe diretamente nas moedas mencionadas não precisa lidar com as taxas de administração cobradas pelos fundos. Por outro lado, claro, há maior comodidade.

Existem fundamentos para as criptomoedas?

Quem investe em ações já conhece os fundamentos das empresas. Não é tão difícil, afinal, analisar indicadores como Lucro Líquido, EBITDA, Margem Líquida ou o popular Preço/Lucro (P/L).

E no caso das criptomoedas? Será que existe algum fundamento que os especialistas podem observar na montagem de uma carteira? A resposta é que sim! Evidentemente que são aspectos diferentes em relação ao mercado financeiro tradicional, mas os critérios também são aplicáveis às moedas digitais. Veja alguns exemplos:

  • Descentralização: o objetivo das criptomoedas é a ruptura com o mercado financeiro tradicional. Sendo assim, o primeiro fundamento de um bom ativo é a descentralização. Se há participação de bancos ou mesmo do governo, não é um bom sinal.
  • Rastreamento: uma forma de identificar a tendência de uma criptomoeda está na análise do fluxo de dinheiro. Isto é, se o volume de pessoas comprando é maior do que o número de pessoas vendendo o ativo — e vice-versa.
  • Liquidez: o montante total é outro fator a ser avaliado. Quanto maior o volume negociado no mercado, maior a liquidez da moeda.
  • Mineradores: as criptomoedas podem ser mineradas em muitos países. Quando há diversificação, esse é um ponto positivo na medida em que, caso um governo proíba a negociação do ativo, o mercado está protegido em outras geografias.
  • Segurança: compreender o sistema de cada criptomoeda é mais um fundamento a ser analisado. É essencial que o sistema seja seguro, além de verificar questões como a presença em corretoras ou países de custódia.
  • Halving: um fundamento exclusivo para o Bitcoin, o Halving define a queda pela metade na produção de moedas periodicamente. Isso é positivo na valorização do ativo, na medida em que há um limite de moedas em circulação.

Vale a pena investir no HASH11?

Diante de todo esse cenário, o investimento em criptomoedas deve seguir uma tendência de crescimento ao longo dos próximos anos. Ainda é muito difícil dizer até onde essa valorização pode chegar, mas sem dúvidas o HASH11 vem para ajudar a popularizar essa classe de ativos.

Apesar das perspectivas otimistas, é necessário ter cautela antes de investir em qualquer fundo de moedas digitais, algo que inclui o HASH11. Como vimos, há uma volatilidade muito forte nesse mercado, de modo que o investidor deve estar ciente dos riscos. Da mesma forma que o Bitcoin multiplicou seu valor ao longo do tempo, ele também já se desvalorizou em mais de 80% em um ano. Será que você aguentaria esse nível de oscilação?

Neste sentido, por mais atrativo que seja o mercado de criptomoedas, ele não é recomendado para o investidor mais conservador. Já aquela pessoa com perfil mais arrojado, que entende os riscos elevados do produto, esse ETF pode ser uma solução para buscar exposição a esses ativos, mas sempre com uma pequena parcela do patrimônio — idealmente entre 0,5% e 2,0%.

De qualquer forma, entendemos que o lançamento do HASH11 é positivo para o mercado financeiro. Mostra que a indústria de investimentos segue em evolução e atenta à demanda dos investidores. Podemos ter outras novidades para o segmento muito em breve.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.
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