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Lucro líquido dos 4 maiores bancos bate recorde em 2021: R$ 81,6 bilhões; crescimento deve superar 10% em 2022

Total supera recorde anterior de R$ 81,5 bilhões em 2019

Data de publicação:18/02/2022 às 00:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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Juntos, os quatro maiores bancos do País, Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander, somaram um lucro líquido total de R$ 81,6 bilhões em 2021. Trata-se de volume recorde, que superou a marca anterior de R$ 81,5 bilhões em 2019, refletindo a evolução de carteiras de crédito e receitas de serviços.

A fatia do Itaú Unibanco foi a maior, de R$ 24,9 bilhões; a do Bradesco, de R$ 21,9 bilhões; Banco do Brasil, R$ 19,7 bilhões, e ao do Santander, de R$ 14,9 bilhões.

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Carteiras de crédito e serviços impulsionaram os resultados dos bancos - Foto: Reprodução

O analista-chefe do setor financeiro da XP, Renan Miranda, afirma que por trás dos resultados está o crescimento das carteiras de crédito. “Uma recuperação que se seguiu à ressaca de 2020”, explica. “E teve ajuda também dos serviços, que tiveram participação relevante nas receitas.”

A carteira de crédito dos bancos apresentou um crescimento robusto, estimada pelo setor em torno de 11% a 15%, apesar da economia fraca e do juro médio ainda alto, “mas a inércia de 2021 também ajudou”. 

O colchão de provisão feito em 2020 é outro fator que ajudou na travessia para 2021, com uma queda muito forte da inadimplência, o que proporcionou uma recuperação cíclica dos resultados dos bancos, aponta Davi Khattar, analista da Atlas One Asset Management.

Miranda afirma que esse é o ritmo de crescimento esperado para 2022, “talvez um pouco menos”, um cenário visto como positivo, mas com um ponto de dúvida. É a volta da preocupação com a inadimplência, que caiu em 2021 e está abaixo da média histórica, mas que pode ser retomada.

Há sinais, segundo o analista, de uma alta gradual da inadimplência a cada trimestre e a dúvida é se ela voltará à média histórica ou pouco acima. Uma evolução acima da média leva à necessidade de aumento da provisão sobre devedores duvidosos (PDD), que, de acordo com os dados da Economatica, teve queda média de 31,62% nos quatro bancos em 2021.

O analista da Atlas One Asset Management vê a elevação gradual da inadimplência como uma normalização e volta ao nível pré-crise, mas diz que as carteiras estão protegidas. “O Itaú tem sinalizado um provisionamento mais forte, junto com ou acima do crescimento da carteira, mas Bradesco e Banco do Brasil estão mais tranquilos”.

É importante ver como se comporta a inadimplência daqui para a frente. “Se ela subir muito, os bancos terão que aumentar o volume de provisão e isso diminui o lucro que sai no balanço”, avalia Amanda.

Bancos devem crescer mais de 10% em 2022

Khattar afirma que os bancos estimam um crescimento de lucro líquido consolidado acima de dois dígitos em 2022: o do Bradesco, ao redor de 10%, que seria também o projetado para o Santander; o do Itaú, mais próximo de 13% e o do Banco do Brasil, perto de 17%.

O analista-chefe do setor financeiro da XP vê, de modo geral, perspectivas positivas para o setor, porque os “bancos têm conseguido compensar as adversidades”. A competição das fintechs é um dos desafios dos bancos para a manutenção de rentabilidade, mas o aumento do volume de serviços tem compensado a redução de tarifas, explica o analista.

Ele estima que o ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido), ou o que os bancos entregam ao investidor, fique em torno de 16% a 20% em 2021 e fiquem mantidas ao redor desse intervalo também 2022.

Marcelo Messias Reis, especialista da Valor Investimentos, atribui o bom resultado dos bancos ainda ao enxugamento de custos, com o fechamento de agências, e à transformação digital. “O Itaú é um dos que estão mais avançados nesse processo e já entrega os melhores resultados por causa dessa inovação”, destaca.

O especialista comenta que o setor espera um cenário macroeconômico mais deteriorado, com crescimento econômico próximo de zero, mas que o segmento é bastante resiliente. “É um setor que consegue fazer ajustes ao repassar os custos”, avalia. “São ações defensivas, estratégicas, interessantes para a alocação de recursos para atravessar as turbulências porque os bancos sempre entregam resultados.”

ROE individual

O Santander teve em 2021 um ROE de 18,87%, o melhor dentre os quatro bancos, pelo quarto ano seguido. O Itaú Unibanco ficou em segundo, com 17,29%; o Banco do Brasil, com 15,68%, e o Bradesco, com 15,16%.

Ativo total

O ativo total consolidado dos quatro bancos em 2021 somou R$ 6,71 trilhões, 4,41% acima de 2020. Banco do Brasil teve aumento de 11,99% (R$ 1,93 trilhão); Bradesco, 3,94% (R$ 1,65 trilhão); e Itaú Unibanco, 2,53% (R$ 2,16 trilhões). O Santander encolheu 3,89% ( R$ 963 bilhões).

Provisionamento de dívidas

O volume de PDD estocado pelos quatro bancos recuou 31,62%, de R$ 94,5 bilhões, no fim de 2020, para R$ 64,6 bilhões. O do Banco do Brasil caiu 28,9%, para R$ 18,5 bilhões; o do Itaú recuou 42,9%; o do Bradesco, 38,7%, e o do Santander, 6,8%.

Dividendos

O montante de dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) distribuídos pelos quatro bancos em 2021 teve crescimento de 12,3%, para R$ 33,4 bilhões. A maior distribuição foi a do Santander, com R$ 9,99 bilhões, seguido pelo Bradesco, com R$ 9,91 bilhões; Banco do Brasil, com R$ 7,1 bilhões, e Itaú Unibanco, com R$ 6,4 bilhões.

Valor de mercado

O valor de mercado dos quatro maiores bancos somou R$ 643,4 bilhões, em 14 de fevereiro de 2022, um aumento de 14,4% em relação ao fim de 2021. O Itaú Unibanco, com R$ 240 bilhões, é o maior banco por valor de mercado, seguido pelo Bradesco, com R$ 188 bilhões; Santander, com R$ 119,9 bilhões, e Banco do Brasil, com R$ 95,7 bilhões.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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