Blinken: na disputa com a China, EUA fortalecerão investimentos e alianças com parceiros
Para o secretário, os EUA devem liderar as inovações tecnológicas para que elas sejam usadas globalmente sob um pretexto democrático, e não autocrático
A política dos EUA para lidar com a China sob o governo do presidente Joe Biden se resume a três palavras: "investir, aliar e competir", segundo afirmou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, durante discurso nesta quinta-feira, 26, na Universidade de Washington.
De acordo com o secretário, o país vai investir nas suas cadeias produtivas e em pesquisa e desenvolvimento interno, aliando suas políticas com parceiros globais, para "competir com a China", de forma a "defender os seus interesses e construir sua visão de futuro".
Para o secretário, os EUA devem liderar as inovações tecnológicas para que elas sejam usadas globalmente sob um pretexto democrático, e não autocrático.
Blinken acusou o governo do presidente da China, Xi Jinping, de ter tornado a liderança do Partido Comunista Chinês "mais opressora internamente e agressiva externamente".
"Não podemos confiar na China para alterar sua trajetória, então vamos construir um ambiente estratégico ao redor de Pequim", disse.
Antony Blinken
Apesar das críticas, o secretário negou que os EUA queiram conflito com os chineses, e tampouco pretendem impedir que o gigante asiático seja uma potência global. Ainda assim, prometeu "defender as leis internacionais".
Para Blinken, a China é o único país que tem tanto a "intenção" quanto a capacidade de alterar as regras que regem a ordem internacional, atualmente "sob ameaça" pela Rússia, após a invasão à Ucrânia.
Economia em desaceleração
A disputa entre China e Estados Unidos acontecem em um momento no qual o país do dragão vermelho está sentindo fortemente os reflexos da guerra na Ucrânia, mas principalmente pela nova onda de covid-19 que está gerando lockdowns em várias cidades importantes do país.
Os analistas já revisaram o crescimento da segunda maior potência do mundo para baixo. A meta do governo chinês - de um crescimento de 5,5% para este ano - já está sendo considerada improvável causa do PIB negativo projetado para o segundo trimestre.
A previsão do mercado é que a China feche o ano com crescimento em torno de 2%, porcentual bem menor do que a média de 8% obtida nos últimos anos. / com Agência Estado
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