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Mercado Financeiro

Mercado revisa nesta semana estimativa de Selic com foco na ‘Super Quarta’

Pressão sobre as commodities, com a guerra, e inflação já em alta aqui sugerem queajuste do juro pode ser maior que 1 ponto porcentual

Data de publicação:14/03/2022 às 00:30 -
Atualizado 3 anos atrás
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A menos que surjam novidades de última hora antes de abertura dos negócios sobre a guerra na Ucrânia, o mercado financeiro deve começar a semana nesta segunda-feira, 14, ocupado com uma tarefa: revisar as estimativas para a Selic. Lá fora, o apetite ao risco segue tanto nos futuros americanos quanto nas bolsas europeias.

Ao longo do dia, os mercados devem permanecer atentos a uma sessão de negociações, por videoconferência, entre Ucrânia e Rússia para “resumir os resultados preliminares” das negociações entre os dois países. O anúncio foi feito neste domingo, 13, por Mykhailo Podolyak, um dos principais negociadores pelo lado ucraniano. A bolsa de Moscou teve o fechamento estendido, pelo Banco Central da Rússia, até 18 de março.

Mercado
Mercado internacional opera no positivo, na esperança de progresso nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia - Foto: Envato

Futuros/bolsas americanas

  • S&P 500: +0,92%
  • Dow Jones: +1,07%
  • Nasdaq 100: +0,71% (dados atualizados às 7h33)

Mercado de olho na Super Quarta

Especialistas dizem que gestores de mercado devem preparar-se para a Super-Quarta-Feira, dia de decisão de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Eventos que deverão mover os mercados financeiros, aqui e no exterior.

Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decide a nova taxa básica de juros, a Selic. O BC já adiantou que o ajuste será de um ponto porcentual, menor que o das últimas reuniões. Mas eventos recentes criaram dúvidas nos agentes, que passaram a revisar as expectativas.

Pressão sobre as commodities, com a guerra na Ucrânia, aumento da aversão ao risco internacional e a inflação persistente, que cravou 1,01% em fevereiro, mudaram o humor de analistas no mercado. A aposta em alta de um ponto está mantida, mas o contínuo e forte avanço dos juros futuros indica que está cotada também a previsão de que poderá ser maior.

Outro evento que divide atenção com o Copom, também na quarta-feira, é a decisão de política monetária dos EUA pelo Fed. Estará na pauta, segundo especialistas, o provável aumento de 0,25 ponto porcentual (que segundo alguns analistas poderia chegar a 0,50 ponto) na taxa de juro de curto prazo dos EUA.

Gustavo Bertotti, head de Renda Variável da Messem Investimentos, afirma que a preocupação com a inflação foi reforçada com o CPI, que acumula alta de 7,90% em 12 meses. E também com os efeitos negativos de novas sanções da Europa e dos EUA contra a Rússia.

Juros futuros em alta prejudicam empresas

Bertotti diz que o IPCA alto fez a curva de juros futuros subir mais de 2% na última sexta-feira, 11, em todos os contratos, com vencimentos de 2024 a 2029. “Isso acompanhado da reprecificação da Selic para 13,50% a 13,75%”, para o fim do atual ciclo de elevação.

Bertotti comenta que a escalada dos juros futuros, mais que a alta da própria Selic, tem afetado os setores mais sensíveis ao aumento de custos financeiros das empresas. “Construção civil e varejo - empresas como Cyrella, Eztec, lojas Renner, Magazine Luiza - são os setores mais afetados.”

O fluxo de capital externo continua forte na B3, não obstante a tensão geopolítica e as incertezas econômicas com a crise na Europa. O estrangeiro acumula saldo positivo de R$ 71,063 bilhões no ano, até dia 9.

O volume já supera o total de R$ 70,785 bilhões, recorde anterior da série histórica, de 2021. O movimento de investidores pessoa física tem saldo negativo (vendas maiores que compras) de R$ 17,14 bilhões e o de investidores institucionais, também negativo de R$ 59,19 bilhões.

Exterior

Bolsas europeias operam em alta

Seguindo o ritmo dos futuros americanos, as bolsas europeias operam em alta nesta segunda-feira. Ao longo da madrugada, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Frank Elderson disse que a instituição enviou cartas individuais aos bancos da zona do euro informando suas deficiências no cumprimento de metas relacionadas ao clima e meio ambiente.

Em discurso feito durante evento organizado pelo Instituto Bancário Europeu, Elderson disse esperar que os bancos envolvidos tomem "ações decisivas" para corrigir essas deficiências. "Ao agir assim, os bancos irão finalmente que seu perfil de risco se reflita de forma transparente e abrangente nas informações que divulgam ao público", enfatizou.

Bolsas europeias/principais praças financeiras

Stoxx 600 (Europa): +1,36%
DAX (Frankfurt): +2,99%
FTSE 100 (Londres): +0,35%
CAC 40 (Paris): +1,87% (dados atualizados às 7h39)

Bolsas asiáticas fecham em baixa nesta segunda-feira

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, em meio a uma nova onda de infecções por covid-19 na China e os desdobramentos da guerra na Ucrânia.

A predominância do mau humor na Ásia veio após a China enfrentar um novo surto de infecções por covid-19, que levou ao confinamento da cidade de Shenzhen, um polo financeiro e tecnológico com 17,5 milhões de habitantes. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Fechamento/bolsas asiáticas

  • Hang Seng (Hong Kong): - 4,97% (19.531 pontos)
  • Kopsi (Seul): -0,59% (2.645 pontos)
  • Taiex (Taiwan): -1,99% (17.263 pontos)
  • Xangai Composto (China continental): -2,60% (3.223 pontos)
  • Shenzhen Composto (China continental): -2,93% (2.109 pontos)
  • Nikkei (Tóquio): +0,58% (25.307 pontos)
  • S&P/ASX 200 (Sydney): + 1,21% (7.149 pontos)
Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.