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Mercado Financeiro

Mercado retoma negócios atento à ata do Copom, votação da PEC dos Precatórios e decisões do Fed nos EUA

Os três eventos podem trazer stress às operações desta quarta-feira

Data de publicação:03/11/2021 às 07:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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O mercado financeiro retoma os negócios nesta quarta-feira, 3, na volta do feriado, com redobrada expectativa focada em várias frentes. As atenções de investidores têm três focos principais, todos com perspectiva de impactos sobre as decisões de negócios dos agentes financeiros ao longo do dia.

Eventos que prometem também um ambiente de maior estresse e volatilidade nos mercados nesta quarta-feira, 3, como a divulgação da ata do Copom, andamento na votação da PEC dos Precatórios e decisão do banco central americano sobre o início do tapering (retirada de estímulos da economia).

Foto: B3/Divulgação
Sede da B3 em São Paulo (SP) - Foto: B3/Divulgação

Investidores e gestores de mercado começam os negócios já tendo conhecimento da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que o Banco Central (BC) divulga logo pela manhã. No fim desse encontro, em que a alta da Selic foi recalibrada de 1 ponto porcentual para 1,50 ponto, o BC já adiantou novo aumento, também de 1,50 ponto, para a última reunião do ano, dias 7 e 8 de dezembro.

Ocorre que desde a última reunião do Copom, na quarta-feira passada, todos os indicadores, principalmente inflação e juros, têm passado por piora de expectativas. Tanto em estimativas paralelas de analistas de mercado quanto nos dados publicados pelo boletim semanal Focus. O mercado está de olho em eventual sinalização adicional do BC sobre a condução da política monetária e dos juros.

Outro foco de interesse, também ligado à política monetária, é os Estados Unidos, onde o Fed (Federal Reserve, banco central americano) se reúne, nesta quarta-feira, para possível decisão sobre o início da retirada de estímulos monetários, o chamado tapering. O anúncio será feito às 15h (horário de Brasília). Por lá, os futuros operam em queda nas bolsas americanas.

Os economistas estão divididos sobre se o aumento da taxa de juros será feito no próximo ano ou no início de 2023. O programa de estímulos monetários, adotado para dar suporte à economia durante a pandemia, consiste na recompra pelo Fed de títulos que põe no sistema financeiro US$ 120 bilhões por mês.

Com a atividade em recuperação, a nova etapa prevê a redução de recompras que deve levar a uma diminuição de liquidez ou oferta de recursos no sistema que tende a impactar os mercados não apenas dos EUA, mas globalmente.

PEC dos Precatórios

Um evento no cenário doméstico, seguidamente adiado na semana que passou, é a votação, prevista para esta quarta-feira, da PEC dos Precatórios, pelo plenário da Câmara.

A PEC, que propõe o pagamento parcelado dos precatórios em 2022, abre espaço para acomodar no Orçamento do próximo ano as despesas com novos programas sociais, como o Auxílio Brasil, sem furar o teto de gastos.

Especialistas de mercado não descartam também possíveis repercussões, na Bolsa de Valores, das declarações de Bolsonaro sobre a Petrobras. O presidente afirmou na segunda-feira, 1º, que a semana será de “jogo pesado” com a estatal, sem citar a estratégia para tentar conter novo reajuste de combustíveis. O presidente disse na Itália, sem dar detalhes, ter sido “extraoficialmente” avisado sobre o próximo aumento da Petrobras.

COP-26: compromisso ambiental

Mais de cem países assinaram um compromisso global que prevê reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, ante os níveis do ano passado. O pacto teve a adesão do Brasil, um dos cinco principais emissores de metano do planeta, após forte pressão dos Estados Unidos para a entrada no grupo.

O anúncio foi feito em Glasgow durante o feriado, na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-26). No entanto, três dos maiores emissores de metano - China, Rússia e Índia - ficaram fora da lista.

Embora desapareça mais rápido da atmosfera do que o gás carbônico, o metano tem um potencial de aquecimento cerca de 80 vezes maior. Por isso, reduzir a liberação desse poluente é considerada uma estratégia para acelerar o combate às mudanças climáticas .

"Juntos, estamos nos comprometendo coletivamente a reduzir o metano em 30%. E penso que podemos ir além", disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

CPI da Covid

A CPI da Covid pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) negue um pedido do presidente Jair Bolsonaro contra sua quebra de sigilo telemático e suspensão das redes sociais.

O requerimento de suspensão foi aprovado pela comissão antes do encerramento dos trabalhos, após o presidente divulgar informação falsa em sua live semanal na qual associava a vacina contra o novo coronavírus ao aumento do risco de infecção pelo vírus da Aids.

A quebra de sigilo também foi aprovada pela CPI e, caso aconteça, Google, Facebook e Twitter precisarão entregar à Procuradoria Geral da República (PGR) e ao Supremo dados dos perfis de Bolsonaro desde abril de 2020, quando a pandemia começou a ganhar força no País.

Ao STF, a Advocacia Geral da União (AGU), que defende judicialmente os interesses do Planalto, diz que a comissão não tem competência jurídica para investigar o presidente ou de decretar medidas contra ele.

A Advocacia do Senado, no entanto, argumenta que a Constituição não deixa o presidente da República imune a investigações do Poder Legislativo.

Ainda conforme a CPI, mesmo que o presidente não pudesse ser investigado, a quebra de sigilo e a suspensão das redes buscam apurar a atuação de órgãos públicos, ao se considerar que as redes dele são geridas com recursos públicos.

Em transmissão ao vivo no último dia 21 de outubro, o presidente disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a covid-19 estariam desenvolvendo Aids, o que levou Facebook, Instagram e YouTube a removerem o vídeo das plataformas. O Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido e o Public Health England desmentiram a informação e atribuíram o boato a um site que propaga fake news.

Do outro lado do mundo

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, com investidores demonstrando cautela antes de o Fed anunciar sua decisão de política monetária, nas próximas horas.

Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto caiu 0,20%, aos 3.498,54 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,30% em Hong Kong, aos 25.024,75 pontos, e o sul-coreano Kospi enfraqueceu 1,25% em Seul, aos 2.975,71 pontos.

Por outro lado, o Shenzhen Composto, índice chinês de menor abrangência, teve alta marginal de 0,06%, aos 2.393,60 pontos, e o Taiex subiu 0,33% em Taiwan, aos 17.122,16 pontos.

Em Tóquio, não houve negócios hoje devido a um feriado nacional no Japão.

Durante a madrugada, foram publicados novos dados de atividade de serviços da China. Pesquisa da IHS Markit/Caixin Media mostrou que o PMI de serviços chinês avançou de 53,4 em setembro para 53,8 em outubro.

Como havia ocorrido com os números industriais, o dado contrastou com o PMI oficial de serviços, que caiu de 53,2 para 52,4 no mesmo período. Leituras acima de 50 indicam expansão de atividade.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, impulsionada pelos setores financeiro e minerador. O S&P/ASX 200 avançou 0,93% em Sydney, aos 7.392,70 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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