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Mercado
Mercado Financeiro

Em ponte de feriado, mercado deve desacelerar negócios, mas segue monitorando PEC dos Precatórios

Na semana, sai ata do Copom e Câmara vota PEC em plenário

Data de publicação:01/11/2021 às 07:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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O mercado financeiro começa a semana e o novo mês nesta segunda-feira, 1, um dia espremido entre o fim de semana e o feriado de Finados. Por causa disso, a perspectiva é de que haja uma certa desaceleração no ritmo de negócios, mas investidores e gestores de mercado não deixarão de dispensar atenção ao que vem pela frente, na agenda da semana.

Senão por outros motivos, porque os mercados estão mais sensíveis e têm reagido preponderantemente a fatores domésticos, nos últimos dias, sobretudo às expectativas em relação à inflação e ao cenário de risco fiscal.

Foto: Arquivo
Na agenda da semana está a PEC dos Precatórios, assunto que segue no radar dos investidores - Foto: Envato

Um evento que tem atraído cada vez mais a atenção dos mercados é a votação da PEC dos Precatórios pelo Congresso. A PEC é vista como um puxadinho no Orçamento, para tornar viável o pagamento dos gastos com o novo Auxílio Brasil, no valor de R$ 400, sem furar a lei do teto de gastos.

Aprovada pela comissão especial da Câmara, a PEC precisa passar pelo plenário, onde sofre resistência, o que motivou seguidos adiamentos da votação na semana passada. A indefinição gerou forte instabilidade no mercado financeiro, com queda da Bolsa de Valores e alta do dólar.

A PEC dos Precatórios, se aprovada pelo Congresso abre caminho para o pagamento parcelado de precatórios (dívidas judiciais contra o governo federal) e espaço no Orçamento para bancar o Auxílio Brasil. Prevê ainda alteração nas regras do teto de gastos, o que tende a flexibilizar o limite constitucional de despesas do governo.

Definição sobre a PEC

Após vários ser postergada na semana que passou, a votação da PEC dos Precatórios pelo plenário da Câmara está prevista para quarta-feira, 3, na volta do feriado. 

A falta de definição sobre o Orçamento de 2022 e a desconfiança com o possível desrespeito às regras do limite de gastos têm gerado pressão sobre os juros e o dólar, com reflexos negativos também na Bolsa, em cenário de inflação em persistente alta.

A semana começa com preocupação redobrada sobre o cenário fiscal, que divide atenção do mercado também com o rumo dos juros. Na quarta-feira, 3, o Banco Central divulga a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que aconteceu na quarta-feira, 27, e recalibrou a dose de ajuste para 1,50 ponto porcentual e elevou a Selic para 7,75% ao ano.

O Banco Central já sinalizou, após o último encontro, uma nova elevação de igual dosagem na taxa básica em dezembro, na última reunião do Copom em 2021. Mas analistas esperam, adicionalmente, na ata alguma pista sobre o rumo da política monetária.

Brasil no G-20

A preocupação com a estagflação, mais acesso às vacinas no mundo e tornar a agenda verde prioritária – e de forma responsável – foram os três principais alertas durante as plenárias de líderes do grupo das 20 maiores economias do globo (G20), conforme informou o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O chefe da Pasta esteve lado a lado do presidente Jair Bolsonaro nos eventos relacionados à reunião de Cúpula que ocorreu neste fim de semana na Itália.

O primeiro grande alerta no encontro, conforme Guedes, foi relacionado à área de saúde. Enquanto países desenvolvidos e alguns emergentes como o Brasil informaram que estavam avançando na imunização da sua população, nações africanas relataram encontrar problemas para vacinar seus cidadãos.

De acordo com o ministro, o G20 fez uma espécie de mea culpa por não ter tido efetividade na coordenação durante a pandemia. Por isso, um dos assuntos mais importantes nessa área foi o de como o grupo deve se preparar para enfrentar novos momentos complicados na área de saúde. “Temos que nos preparar para novas pandemias”, disse Guedes.

CPI da Covid

Os últimos capítulos dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado também estão na pauta de monitoramento do mercado.

No último sábado, 30, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a comissão preste informações, em 48 horas, sobre os pedidos de quebra do sigilo telemático do presidente da República, Jair Bolsonaro, e de banimento do chefe do Executivo das redes sociais.

O magistrado quer analisar tais informações para decidir sobre o mandado de segurança impetrado por Bolsonaro contra as medidas aprovadas pelo colegiado após o presidente fazer uma declaração mentirosa em sua live semanal, associando a vacina contra o novo coronavírus ao risco de infecção pelo vírus da Aids.

O requerimento questionado por Bolsonaro foi aprovado no encerramento das atividades da comissão instalada no Senado e encaminhado para a Procuradoria-Geral da República e o STF.

O pedido foi apresentado à CPI pelo senador Randolfe Rodrigues sob o argumento de que a medida era necessária para combater a 'política de desinformação' do presidente.

Ao STF, a Advocacia Geral da União (AGU) alegou que a CPI não tem poder para investigar o presidente ou de decretar medidas contra ele.

Bolsonaro apresentou o mandado de segurança ao Supremo no mesmo dia em que integrantes da CPI entregaram a Alexandre, pessoalmente, o relatório final das apurações - que pede o indiciamento do presidente por nove crimes.

Na ocasião, os parlamentares pediram a inclusão da declaração do chefe do Executivo sobre vacinas e Aids no inquérito das fake news, em que Bolsonaro já é investigado por afirmações infundadas contra as urnas eletrônicas.

Nova York e o mundo

Lá fora, o mês de novembro começa positivo para os futuros em Wall Street. Os Treasuries de 10 anos mantiveram-se estáveis e a diferença entre os rendimentos de 5 e 30 anos diminuiu.

Os investidores estão no aguardo das reuniões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), do Reino Unido e Austrália nesta semana. Espera-se que o Fed reduza a compra de títulos.

As interrupções na cadeia de suprimentos e a crise energética seguem pressionando a inflação e o custo de vida. As ações globais, porém, minimizaram esses riscos e permaneceram perto de seus picos históricos, apoiadas pelos lucros das empresas, apontados na atual temporada de balanços.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, afirmou não estar preocupada com os recentes movimentos bruscos nos rendimentos do Tesouro e expressou confiança na recuperação econômica.

Do outro lado do mundo, solsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, na esteira da eleição parlamentar do Japão e de dados mistos de atividade manufatureira da China.

O índice Nikkei saltou 2,61% em Tóquio, aos 29.647,08 pontos, após o partido governista japonês manter maioria no Parlamento na eleição deste domingo, 31, fortalecendo as chances de estabilidade política.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 0,28% em Seul, aos 2.978,86 pontos, e o Taiex subiu 0,48% em Taiwan, aos 17.068,24 pontos.

Já o Hang Seng caiu 0,88% em Hong Kong, aos 25.154,32 pontos, acumulando perdas pela quinta sessão consecutiva, em meio à fraqueza de ações dos setores imobiliário e de tecnologia e saúde.

Na China continental, o Xangai Composto teve leve baixa de 0,08%, aos 3.544,48 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto valorizou 0,49%, aos 2.411,78 pontos.

Pesquisa da ISH Markit/Caixin Media mostrou que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial chinês subiu para 50,6 em outubro, sinalizando que a manufatura voltou a se expandir.

Por outro lado, o PMI oficial do setor, que se baseia numa amostragem bem maior, caiu a 49,2 em outubro, menor nível desde o início da pandemia de covid-19 e indicando atividade ainda em contração.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul nesta segunda-feira, com ganhos da maioria de categorias de ações. O S&P/ASX 200 avançou 0,64% em Sydney, aos 7.370,80 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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