Focus: projeções para a inflação em 2021 sobem pela 28ª vez consecutiva e atingem 8,69%
No sentido oposto, os economistas que participam da pesquisa apontam queda nas expectativas em relação ao crescimento do País no período
O movimento de alta da inflação segue persistente e os economistas fizeram um novo ajuste - 28ª vez consecutiva - em suas expectativas em relação ao indicador para 2021 e 2022.
Segundo a última edição do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central, as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram de 8,59%, na semana anterior, para 8,69%, ante 8,35% há quatro semanas.
Para 2022, o ajuste positivo foi mais brando: de 4,17%, no último boletim, as expectativas para o indicador foram elevadas levemente para 4,18%, contra 4,10% há um mês. E foram mantidas em 3,25% para o ano seguinte.
Sobre a Selic, taxa básica de juros do País, os especialistas permaneceram com suas projeções no patamar de 8,25%, que vem sendo sustentada nas últimas quatro semanas. O mesmo viés de ausência de atualização foi aplicado para 2022, preservando o indicador na mesma faixa de 8,75% estimada no boletim anterior e de 6,50% para 2023.
Já em relação ao crescimento do País, os especialistas estão puxando o freio de mão do avanço de suas estimativas. De acordo com o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ser menor em 2021: de 5,04%, nas últimas semanas, as projeções foram alteradas para baixo, para 5,01%.
O mesmo movimento foi adotado para as estimativas do índice para o ano seguinte: de 1,54% caíram para 1,50%, ante 1,63% no mês. Em 2023, o PIB também deve ser menor: de 2,20%, as expectativas caíram para 2,10%.
Câmbio e IGP-M
Os economistas que participaram do Focus mantiveram suas projeções para o câmbio para este ano em R$ 5,25, ante R$ 5,20 no mês. O mesmo valor de R$ 5,25 também ficou estável para 2022 e de R$ 5,10 para o ano seguinte.
Já as estimativas do Índice Geral de Preços (IGP-M), considerado a inflação do aluguel, para 2021 seguiram no caminho de queda. De 17,60%, na semana anterior, caíram para 17,50%. E foram preservadas em 5,00% para 2022 e em 4,00% para o ano seguinte.