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Mercado Financeiro

Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta segunda-feira, 20 de dezembro

Principal preocupação é que a propagação da nova cepa coloque em xeque a retomada da atividade econômica global

Data de publicação:20/12/2021 às 11:05 -
Atualizado 2 anos atrás
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Na semana que precede o Natal, a Bolsa abriu suas operações em queda nesta segunda-feira,  20, absorvendo o clima azedo do mercado internacional. A aversão ao risco lá fora vem desde a Ásia, passa pela Europa e pelos Estados Unidos, por causa das preocupações com o avanço da variante ômicron em várias partes do globo.

A principal preocupação dos mercados é que a propagação da nova cepa coloque em xeque a retomada da atividade econômica global. Às 16h o Ibovespa recuava 2,04% aos 105.013. Já o dólar subia 0,92%, cotado a R$ 5,737.

Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta segunda-feira, 20 de dezembro
Nova variante ômicron gera cautela generalizada no mercado financeiro global - Foto: Pixabay

Ajudam ainda a empurrar o Ibovespa para baixo a queda expressiva de ações de diversos setores, como commodities, e bancos. A queda no preço do barril do petróleo - na casa dos US$ 70 - está derrubando as ações da Petrobras e da PetroRio, que seguiam em queda forte de 3,79% e de 6,70%, às 14h17.

Ainda nesse setor, os papéis das siderúrgicas também recuam acentuadamente, mesmo com o minério de ferro em alta na China. Às 14h27, a Vale caía 1,44%, seguida pelas demais gigantes do mercado - CSN, Usiminas e Gerdau, que despencavam 6,20%, 5,28% e 5,62%, nesta sequência.

Já entre os gigantes financeiros, o Itaú, Bradesco e Santander desvalorizavam 1,63%, 2,12% e 2,75%, respectivamente, às 14h27.

Ômicron se espalha pelo mundo

Na Europa e em Nova York, há vários alertas sobre restrições da atividade para tentar conter a nova cepa. A Holanda anunciou bloqueio total (lockdown) no último domingo, 19, e países como Alemanha, Dinamarca e França adotaram medidas restritivas para viajantes.

"Há a preocupação com a ômicron, por causa do aumento de casos, embora fala-se que os efeitos são mais leves", avalia José Simão, sócio da Legend Investimentos. De todo modo, completa, a tônica é um ambiente de enorme incerteza e volatilidade daqui para frente.

"Ora por causa de questões sanitárias, de decisões de política monetária no mundo, ora por aumento de juros, enquanto há dúvidas sobre a atividade e aumento inflacionário", completa Simão.

Na Europa, por conta desse temor, as bolsas fecharam em queda nesta segunda-feira. Confira a seguir o fechamento das principais praças financeiras da zona do euro.

Bolsas europeias/principais praças financeiras

  • Stoxx 600 (Europa): - 1,38%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,99%
  • DAX (Frankfurt): - 1,88%
  • CAC 40 (Paris): - 0,82%
  • PSI 20 (Lisboa): - 1,00%
  • Ibex 35 (Madrid): - 0,83%

Estados Unidos: além da nova cepa, pesa o cenário fiscal

Nesta segunda-feira, os futuros das bolsas americanas recuam forte, os títulos do Tesouro de 10 anos caem para 1,36% e o preço do barril do petróleo recua cerca de 5%, aos US$ 70.

Em relação à ômicron, os casos começaram a aumentar no país, com o estado de Nova York e o distrito de Columbia publicando casos diários recordes por dias consecutivos.

Por lá, os bloqueios não devem ser necessários por enquanto, mas, os hospitais podem estar sob pressão, disse o conselheiro médico de Biden, Anthony Fauci.

No país, pesa ainda o cenário fiscal, com a dificuldade de o presidente Joe Biden em conseguir aprovar seu pacote de apoio à infraestrutura orçado em US$ 1,75 trilhão.

O senador democrata Joe Manchin retirou seu apoio ao pacote e, como consequência, o banco Goldman Sachs emitiu nota citando um Congresso dividido para a votação do acordo. O banco, com isso, cortou as previsões de crescimento do país para 2022.

Caso o pacote não seja aprovado, a instituição espera que o PIB americano cresça a um ritmo anualizado de 2% no primeiro trimestre de 2022, ante os 3% com o pacote.

Para o segundo trimestre, a nova previsão, sem o plano de US$ 1,75 trilhão, é de queda de 3,5% para 3%, também com impactos no terceiro trimestre, de 3% anteriormente divulgado, para 2.75%.

Bolsas americanas/ principais índices

  • S&P 500: - 1,69%
  • Dow Jones: - 1,79%
  • Nasdaq 100: - 1,66% (dados atualizados às 14h50)

Ambiente local: novas projeções econômicas e olho na inflação

Internamente, temores fiscais reforçam a cautela, após relatos sobre debates, no centrão - grupo de sustentação do presidente Jair Bolsonaro - de aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600. Para completar, o relatório do Orçamento de 2022 abocanhou R$ 16,5 bilhões em emendas do 'orçamento secreto' para o próximo ano, período de eleições presidenciais.

O temor é que um "pacote de bondades" do presidente Jair Bolsonaro, em busca de recuperar popularidade, tenha efeitos além dos já estimados nas contas públicas.

Em relação a novos dados econômicos, os investidores absorvem ainda as novas projeções econômicas feitas pelos especialistas para os principais indicadores do mercado.

O boletim Focus desta semana, divulgado nesta segunda-feira, pelo Banco Central, não trouxe grandes movimentações nas estimativas feitas pelos economistas. Para 2021, as expectativas para a inflação recuaram marginalmente – de 10,05% para 10,04%. O movimento foi o segundo consecutivo feito pelos especialistas em relação ao indicador no período.

Há sinais de desaceleração da inflação, como indicou a prévia do IGP-M divulgada semana passada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Para 2022, o ajuste também foi residual – de 5,02% para 5,03%. No entanto, a variação positiva foi mais forte para as expectativas de 2023 – de 3,40% para 3,46%.

Em relação à Selic, taxa básica de juros, para o próximo ano, as projeções foram mantidas no patamar de 11,50% e de 8,00% para 2023.

A liquidez deve ficar reduzida, em razão das comemorações de fim de ano, que fecharão os mercados mais cedo nesta e na semana seguinte, bem como a agenda de indicadores escassa. 

Juros futuros

A curva de juros registra queda nesta segunda-feira. Por volta das 14h40, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 11,53%, ante 11,73% na abertura. O DI para janeiro de 2025 projetava 10,60%, contra 10,75%. Na ponta longa, a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 10,52%, contra 10,64%.

Sobe e desce da Bolsa

Nesta segunda-feira, a queda é generalizada em vários setores da B3. Além dos bancos e commodities, empresas de varejo e elétricas operam no terreno negativo.

Às 14h39, o Magazine Luiza, Americanas Via, Lojas Americanas, Lojas Renner, Marisa e Grupo Soma caíam 4,80%, 0,77%, 1,86%, 0,85%, 3,16%, 0,79% e 2,71%, respectivamente.

Entre as elétricas, o clima também é de recuo. Às 15h04, o IEE, índice energia elétrica da Bolsa apontava queda de 1,19%.

Maiores altas

Minerva (BEEF3)+ 1,52%
JBS (JBSS3)+ 1,38%
Eneva (ENEV3)+ 0,43%
Braskem (BRKM5)+ 0,47%
Alpargatas (ALPA4)+ 0,36%

Maiores baixas

PetroRio (PRIO3) - 7,29%
CVC (CVCB3)- 7,44%
Locaweb (LWSA3) - 7,42%
CSN (CSNA3)- 6,40%
Ultrapar (UGPA3)- 5,92%
Fonte: B3 (atualizado às 15h28)

Ásia: bolsas fecham em queda

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira, à medida que investidores retiram posição na renda variável por conta de riscos associadas à variante ômicron.

Ações de companhias do setor automotivo janonês, como Yamaha (-5,73%) e Mazda (-4,88%), e do setor bancário, como Shinsei Bank (-8,36%) e Nomura Holdings (-5,06%), estiveram entre as principais baixas.

"A Ômicron ameaça ser o 'Grinch' que vai roubar este Natal", disse o analista Vishnu Varathan, do Mizuho Bank, em relatório. O mercado "prefere segurança a surpresas desagradáveis", explica, ao destacar incertezas por conta da cepa do coronavírus.

Durante o fim de semana, diversos países do mundo adotaram novas medidas para tentar conter a disseminação da variante. Na Ásia, a China iniciou uma campanha para acelerar a aplicação de terceira dose das vacinas contra a covid-19.

Outra preocupação está na perspectiva de que as condições financeiras serão menos acomodatícias em 2022, após bancos centrais de EUA, zona do euro, Reino Unido e Japão adotarem medidas que reduzem de alguma forma a acomodação provida pela política monetária durante a crise.

 Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), porém, foi na direção contrária ao cortar a sua taxa de juros de referência (conhecida como LPR) para empréstimos de um ano, de 3,85% para 3,80%, a primeira mudança do instrumento em 20 meses.

"O corte irá alimentar imediatamente os empréstimos comerciais de taxa flutuante pendentes e também deve levar a empréstimos mais baratos para novos tomadores de empréstimos de taxa fixa", prevê a Capital Economics. / com Tom Morooka e Agência Estado

Principais bolsas asiáticas/fechamento

  • Nikkei: - 2,13% (27.937 pontos)
  • Xangai Composto: - 1,07% (3.593 pontos)
  • Shenzen Composto: - 1,77% (2.478 pontos)
  • Taiex: - 0,81% (17.669 pontos)
  • S&P/ASX 200: - 0,16% (7,292 pontos)
Sobre o autor
Julia Zillig
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