Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta segunda-feira, 16 de maio
Investidores repercutem decisão de política monetária da China, além de dados econômicos do país que apontam retração da atividade
A Bolsa opera em alta nesta segunda-feira, 16, descolada do exterior, que opera com apetite ao risco reduzido por conta dos últimos dados econômicos da economia chinesa, que vieram aquém do esperado, e decisão de política monetária do país.
Às 14h01, o Ibovespa subia 1,29%, aos 108.325 pontos - amparada pelo avanço de quase 3% das ações da Vale e Petrobras - e o dólar subia 0,71%, cotado a R$ 5,093.
Durante a madrugada, o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) informou que as vendas do varejo na China recuaram 11,1% na comparação anual de abril. A contração superou a expectativa dos economistas, que esperavam uma queda menos acentuada, de 5,4%. O resultado também foi pior do que o apurado em março, negativo em 3,5%.
A produção industrial chinesa também caiu no período, com recuo de 2,9% ante o mesmo mês de 2021. O número foi inferior ao crescimento de 1,0% previsto pelo mercado e à expansão de 5,0% observada em março.
Por sua vez, o investimento em ativos fixos aumentou 6,8% no período de janeiro a abril, desacelerando em relação ao ritmo de 9,3% registrado no primeiro trimestre. Economistas esperavam alta de 7,2% no critério na comparação interanual
Apesar de novos sinais de desaceleração da segunda maior economia do mundo e em meio aos esforços do governo chinês para conter a atual onda de covid-19 no país, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) decidiu manter algumas de suas principais taxas de juros inalteradas.
Em breve comunicado, o PBoC informou que injetou no sistema financeiro 100 bilhões de yuans (cerca de US$ 14,7 bilhões) em liquidez por meio de sua linha de crédito de médio prazo a uma taxa de juros de 2,85%, a mesma da operação anterior.
O PBoC também destinou 10 bilhões de yuans por meio de acordos de recompra reversa de sete dias, cobrando juro de 2,1%, também o mesmo da última operação.
Isso significa que o BC chinês provavelmente manterá inalteradas este mês as taxas de juros de referência para empréstimos, as chamadas LPRs, que são baseadas nas taxas do crédito de médio prazo.
Por outro lado, o PBoC reduziu o limite mínimo de taxas de hipoteca para compradores do primeiro imóvel em até 20 pontos-base, em nova tentativa de reavivar o setor imobiliário chinês.
Com esse cenário, as bolsas asiáticas fecharam o pregão desta segunda-feira sem direção única. Confira os principais índices:
- Xangai Composto (China continental): -0,34% (3.073 pontos)
- Shenzhen Composto (China continental): -0,28% (1.926 pontos)
- Kospi (Seul): -0,29% (2.596 pontos)
- Nikkei (Tóquio): +0,45% (26.547 pontos)
- Hang Seng (Hong Kong): +0,26% (19.950 pontos)
- Taiex (Taiwan): +0,43% (15.901 pontos)
- S&P/ASX 200 (Sydney): +0,25% (7.093 pontos)
Bolsas americanas/principais índices
- S&P 500: -0,28%
- Dow Jones Industrial Average: +0,17%
- Nasdaq 100: -1,03% (dados atualizados às 14h09)
Bolsas europeias/fechamento
- Stoxx 600 (Europa): +0,09% (433,68 pontos)
- DAX (Frankfurt): -0,45% (13.964 pontos)
- FTSE 100 (Londres): +0,63% (7.464 pontos)
- CAC 40 (Paris): -0,23% (6.347 pontos)
Ainda no ambiente externo, o mercado acompanha novos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), como o de John Williams, de Nova York e aguardam novos dados da economia dos EUA ao longo da semana, como vendas no varejo e produção industrial de abril, que serão publicados nesta terça-feira, 17.
No âmbito das commodities, o preço do barril do petróleo opera em queda, refletindo os dados da economia chinesa.
Sobe e desce da Bolsa
Maiores altas
Eneva (ENEV3) | +4,26% |
Eztec (EZTC3) | +2,85% |
Vale (VALE3) | +2,67% |
Méliuz (CASH3) | +2,60% |
Usiminas (USIM5) | +2,37% |
Maiores baixas
Irb Brasil (IRBR3) | -3,83% |
Marfrig (MRFG3) | -2,95% |
Minerva (BEEF3) | -2,70% |
Locaweb (LWSA3) | -2,93% |
BRF (BRFS3) | -2,02% |
Brasil: juros futuros e movimentações na economia
As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam nesta segunda-feira, em toda a extensão da curva. A instabilidade no mercado internacional favorece esse novo ajuste, bem como a alta do dólar no Brasil.
A agenda doméstica do dia é escassa e, devido à greve no Banco Central, não houve divulgação do Boletim Focus.
Entre os destaques da manhã está o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que desacelerou para 0,41% na segunda quadrissemana de maio, após alta de 0,83% na primeira leitura, conforme informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador acumula alta de 10,17% em 12 meses, menor que o avanço de 10,64% no período até a primeira quadrissemana.
Segundo Luís Felipe Laudisio, operador sênior da Renascença, hoje um dos destaques é o fluxo do rebalanceamento dos fundos IMA-B, que servem como referência para o mercado de renda fixa, por replicarem as proporções de títulos públicos que compõem a dívida pública interna brasileira. Conforme Laudisio, o rebalanceamento hoje deve gerar volatilidade.
Por volta das 10h20, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 13,48%, ante 13,46% na abertura do dia. A taxa do DI para janeiro de 2025 era de 12,63, ante 12,59%. E na ponta longa, o DI para janeiro de 2027 estava em 12,38%, de 12,36%.
Além disso, os investidores monitoram a participação do diretor de política monetária do Banco Central, Bruni Serra, em evento a partir das 11h. Em Campos do Jordão (SP), o presidente Jair Bolsonaro disse esperar que mudanças no Ministério de Minas e Energia (MME) possa mexer com a Petrobras, para que a empresa cumpra seu fim social.
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, derrubou decisão do Confaz, o que tira autonomia dos Estados sobre ICMS do diesel. / com Agência Estado
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