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Dividendos: 15 empresas pagaram mais de R$ 6 bi aos acionistas

Em maio, houve uma agenda intensa de pagamentos generosos de dividendos. Juntas, 15 empresas, que distribuíram parte dos lucros obtidos em 2020, desembolsaram nada menos que…

Data de publicação:28/05/2021 às 07:11 -
Atualizado um ano atrás
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Em maio, houve uma agenda intensa de pagamentos generosos de dividendos. Juntas, 15 empresas, que distribuíram parte dos lucros obtidos em 2020, desembolsaram nada menos que R$ 6.020.240.145,43 bilhões em proventos aos acionistas.

A JBS informou na última quarta-feira a aprovação da distribuição de dividendos no valor de R$ 2.511.135.770,00 (R$ 1,01667969 por ação).
JBS foi a empresa que pagou o dividendo mais expressivo do mês de maio - Foto: JBS/Reprodução

A reportagem do portal Mais Retorno levantou as empresas que mais pagaram dividendos neste mês. Como o mês ainda não fechou, algumas ainda estão prestes a fazer o desembolso de proventos até o dia 31 e as cifras podem ser mais altas.

No entanto, já é possível ter uma radiografia dos setores que se destacam nessa lista. Entre eles encontram-se os de frigorífico, energia, financeiro, mineração e siderurgia, construção civil, entre outros.

Entre as 15 primeiras, a JBS ocupa o topo do pagamento de dividendos, com um valor que ultrapassa os R$ 2,5 bilhões. Segundo os analistas que foram entrevistados pela reportagem, a geração de caixa acima da média foi o principal fator que propiciou a distribuição de proventos tão expressiva.

Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos, explica que houve uma quebra do fornecimento de carne suína por outras empresas internacionais para a China, um espaço que foi ocupado pela JBS, em um mercado que tem um forte consumo do produto, além de ser gigante.

O dólar em um patamar mais elevado também contribuiu para o cenário favorável para a empresa. “A recuperação do preço da carne lá fora, além da reabertura dos restaurantes americanos e a vacinação avançada acabou gerando um forte caixa para as empresas do segmento. No caso da JBS, esse resultado foi impulsionado pela geração de caixa da National Beef, que integra o grupo lá fora”, afirma o analista.

Energia elétrica

As empresas de transmissão de energia Taesa e Isa Cteep, conhecidas no mercado por sua tradição em pagar bons dividendos, também integram a lista de maio. Carvalho aponta que a provisão de um fluxo de caixa considerável permitiu que essas empresas fizessem largas distribuições de proventos.

“Essas companhias mantêm uma geração de caixa grande, independente de quando enfrentam crises hídricas e da inadimplência do consumidor”, avalia o analista da Toro.

O gestor de investimentos da Warren, Igor Cavaca, ressalta que a Taesa e Isa Cteep são reconhecidas por sua governança e eficiência. “O setor de energia não foi atingido pela pandemia, não houve perda de transmissão. Além disso, as duas empresas implementaram uma produção mais eficiente”.

Mineração

O cenário para as commodities continua favorável: a estabilização do dólar em um patamar mais elevado, combinada com preço mais baixo do minério de ferro no mercado interno resultou em mais dinheiro para o bolso das siderúrgicas e mineradoras, como é o caso da Usiminas, de acordo com Cavaca.

A empresa se beneficiou também, de acordo com o gestor da Warren, das políticas fiscais e de investimento de infraestrutura de vários países. “O minério e o aço são fundamentais para iniciar as obras de infraestrutura. Além disso, o fato de a moeda local estar depreciada também ajudou no reporte de lucros”.

Bancos

Com o histórico de serem bons pagadores de dividendos, os bancos também fazem parte da lista de maio, representados pelo Banco do Brasil, que desembolsou mais de R$ 212 milhões em proventos e cerca de R$ 970 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP).

Lucas Carvalho, da Toro, aponta que alguns fatores ainda prejudicaram a performance de pagamento do BB. “O desempenho do banco na Bolsa foi afetado em 2020 por conta da movimentação política e de troca de comando da instituição. No entanto, na contramão, a empresa perseguiu os bancos privados, baixando os custos e reduzindo o número de agências”.

O analista da Toro enfatiza ainda que a empresa está na lista de recomendação de ações mais baratas da B3. “O dividend yield do Banco do Brasil está maior do que a taxa de juros Selic, em 5,6%”, aponta.

Construção civil

Reflexo de um 2020 bastante positivo para o setor, com taxas de juros baixas e apetite para a compra de imóveis, a construção civil marca presença entre as empresas que estão remunerando bem seus acionistas.

Um dos fatores que levou a Eztec a partir seu bolo e dividir uma fatia expressiva com seus acionistas, de acordo com o analista de construção civil da XP, Renan Manda, foi o fato da companhia não ter dívidas e um gordo caixa de R$ 1 bilhão.

“Historicamente, a incorporadora carrega mais caixa do que dívida. Em 2019, aumentou seu capital o que sustentou seu crescimento. Por conta da covid-19, a alocação de recursos da companhia foi postergada, o que facilitou o pagamento de dividendos”, analisa Manda.

Já a Even tinha uma alavancagem mais alta, porém a empresa “se dedicou para reduzir esse processo, monetizar seu estoque, enxugar a operação e contou ainda com alguns eventos para aumentar o caixa, como o IPO da Melnik, braço da companhia no Sul do País”, diz.

Com uma operação um pouco diferente, voltada para o público de baixa renda, a MRV cresce sem a necessidade de utilizar uma grande soma de capital de giro, de acordo com o analista da XP, diferentemente da Eztec e Even.

“Hoje a MRV é a maior incorporadora do Brasil. Com a geração de caixa, a empresa consegue pagar dividendos expressivos. No atual momento, a empresa tem mexido um pouco nele para diversificar seu portfólio de produtos”, avalia Manda.

As melhores pagadoras do mês

  1. JBS (JBSS3)
    Valor: R$ 2.511.135.770,00 (R$ 1,01667969 por ação).
  2. Isa Cteep (TRPL3 e TRPL4)
    Valor: R$ 1.055.612.384,95 (ou R$ 1,602123 por ação)
  3. Taesa (TAE4)
    Valor: R$ 561.943.908,97 (R$ 0,54373071298 por ação e R$ 1,63119213894 por Unit)
  4. Cosan (CSAN3)
    Valor:  R$ 481.000.000,00 (R$ 1,03059279 por ação)
  5. Banco do Brasil (BBSA3)
    Valores: R$ 212.106.576,44 em dividendos (ou R$ 0,07433470709 por ação)
                  R$ R$ 970.473.460,21 em JCP complementares (ou R$ 0,34011137994 por ação)
  6. Qualicorp (QUAL3)
    Valor: R$ 200.000.000,00 (ou R$ 0,705176770 por ação)
  7. Usiminas (USIM3, USIM5 e USIM6)
    Valor: R$159.787.587,29 (ou R$0,119923828 por ação ordinária e R$0,131916211 por ação preferencial)
  8. M. Dias Branco
    Valor: R$ 155.000.000,00 (ou R$ 0,457221386 por ação)
  9. MRV (MRVE3)
    Valor: R$ 130.658.407,34 (ou R$ 0,270585065 por ação)
  10. Metal Leve (LEVE3)
    Valor: 119.202.007,50
    R$ 70.621.261,25 (ou R$ 0,4678417413 por ação ordinária)
    R$ 48.580.746,25 em dividendos complementares (ou R$ 0,3786245358 por ação ordinária)
  11. Even (EVEN3)
    Valor: R$116.863.165,34 (ou R$ 0,56420831 por ação)
  12. Eztec (EZTC3)
    Valor: R$ 96.237.814,99 (ou R$ 0,423955132 por ação ordinária)
  13. Cielo (CIEL3)
    Valor: R$ 85.151.121,21 (ou R$ 0,03152578584 por ação)
  14. AES Brasil (AESB3)
    Valor: R$ 67.992.792,38 (ou R$ 0,17036252099 por ação ordinária)
  15. EMAE (EMAE4)
    Valor: R$ 67.648.609,02 (ou R$ 0,766738949 por ação ordinária e R$ 0,843412844 por ação preferencial)
Sobre o autor
Julia Zillig
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