Bolsa fecha em queda de 1,18%, aos 107 mil pontos, com commodities e exterior fraco; dólar sobe a R$ 4,916
Investidores repercutiram dados econômicos internacionais e inflação no Brasil
Após trafegar durante todo o dia no terreno negativo, a Bolsa seguiu a mesma tônica em seu fechamento e encerrou o pregão desta quinta-feira, 9, em queda de 1,18%, aos 107.093 pontos. Já o dólar subiu 0,52%, cotado a R$ 4,916, impulsionado sobretudo pelo euro mais fraco.
O ritmo de baixa das ações das gigantes de commodities ditou o rumo da B3 ao longo do dia, assim como a aversão ao risco do mercado internacional. As ações da Vale concluíram a sessão em baixa de 3,15% e a Petrobras com desvalorização de 1,39% em seus papeis ON e de 1,41% as ações preferenciais, que seguiram a queda no preço das commodities como minério de ferro e petróleo.
Por aqui, o mercado repercutiu os dados da inflação de maio, medido pelo IPCA. Segundo informações do Instituto, a inflação subiu 0,47% no mês ante alta de 1,06% em abril. O dado veio abaixo do esperado pelos analistas, de 0,57%, mas mostrou força ao acumular avanço de 11,73% em 12 meses.
O dia na Bolsa
Maiores altas
Empresa | Ticker | Variação |
Hapvida | HAPV3 | +2,98% |
SulAmérica | SULA11 | +2,69% |
CCR | CCRO3 | +2,24% |
Eletrobras | ELET3 | +2,14% |
Eletrobras | ELET6 | +2,09% |
Maiores baixas
Empresa | Ticker | Variação |
CSN | CSNA3 | -6,65% |
Magazine Luiza | MGLU3 | -6,52% |
Azul | AZUL4 | -5,34% |
Locaweb | LWSA3 | -5,14% |
Usiminas | USIM5 | -4,80% |
Ainda dentro do universo dos dados econômicos, as atenções estiveram voltadas para o mercado externo, que teve um dos principais pontos de atenção a divulgação da decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Segundo a autoridade monetária europeia, as taxas de juros da zona do euro ficarão em zero, porém deve haver um ajuste nas reuniões de julho e em setembro. Além disso, sinalizou que após isso, “um ritmo gradual mais sustentado de altas de juros será apropriado”.
O conselho do BCE optou também por encerrar as compras líquidas no âmbito de seu programa de compra de ativos (APP, na sigla em inglês) em 1 de julho.
Na esteira dos dados econômicos, o Departamento de Trabalho americano divulgou que o número de auxílio-desemprego teve alta de 27 mil na semana encerrada em 4 de junho, a 229 mil, número acima da expectativa do mercado, que projetava 210 mil solicitações.
Bolsas americanas/fechamento
- S&P 500: -2,38%
- Dow Jones: -1,94%
- Nasdaq 100: -2,74%
Bolsas europeias/fechamento
- Stoxx 600 (Europa): -1,36%
- DAX (Alemanha): -1,71%
- FTSE 100 (Londres): -1,54%
- CAC 40 (Paris): -1,40%
ICMS e Eletrobras: assuntos no radar
Internamente, a proposta de redução do ICMS dos combustíveis esteve no radar dos investidores ao longo do dia. Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro comentou o texto. Segundo ele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, "entendeu com sua equipe que deveríamos colaborar na questão dos combustíveis",
Ele complementou a fala dizendo que a redução do ICMS, que seria limitado a um teto pelo projeto que está no Congresso, é a "contribuição dos governadores". "No tocante à gasolina, Estado que mais cobra ICMS é o Rio Janeiro; vai passar para metade", afirmou.
Já a Eletrobras, cuja reserva de ações terminou no dia anterior, também se manteve na pauta de monitoramento do mercado.
As reservas para compra das ações por meio de fundos vinculados ao FGTS ficaram em cerca de R$ 9 bilhões, ou seja, 50% acima do montante dos R$ 6 bilhões definido para esse grupo.
Somando-se a demanda dos demais grupos prioritários aos R$ 13 bilhões que foi ventilado como a soma dos investidores que estão ancorando a oferta, já são cerca de R$ 24 bilhões. / com Agência Estado
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