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Economia

IPCA desacelera em maio e sobe 0,47%, ante alta de 1,06% em abril; em 12 meses, a inflação acumulada já é de 11,73%

Principais contribuições negativas vieram de Habitação, Transportes e Alimentação e Bebidas

Data de publicação:09/06/2022 às 09:42 -
Atualizado um ano atrás
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Na manhã desta quinta-feira, 09, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio. O indicador, que reflete a inflação oficial do Brasil, avançou 0,47% no último mês, o que representa uma desvalorização expressiva em relação a abril, quando o IPCA apresentou alta de 1,06%.

De acordo com o IBGE, as principais contribuições para a desaceleração do índice vieram dos grupos de Habitação, que teve uma queda de 1,70% em maio (ante uma queda menos expressiva, de 1,14%, em abril); Transportes, que desacelerou de 1,91% em abril para 1,34% em maio; e Alimentação e Bebidas, grupo que registrou uma desaceleração ainda maior na passagem do mês, de 2,06% em abril para 0,48% em maio.

O resultado da inflação do último mês veio abaixo das expectativas do mercado, que esperava uma alta de 0,60%. Já no acumulado do ano até aqui, o IPCA apresenta um avanço de 4,78%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, o indicador subiu 11,73%. No mesmo período do ano passado, o IPCA apresentou variação positiva de 0,83% em maio e acumulava alta de 12,13% em 12 meses.

Composição do IPCA de maio

GrupoVariação do grupo em maioVariação do grupo em abrilImpacto do grupo no IPCA de maioImpacto do grupo no IPCA de abril
Alimentação e bebidas+0,48%+2,06%0,10%0,43%
Habitação-1,70%-1,14%-0,26%-0,18%
Artigos de residência+0,66%+1,53%0,03%0,06%
Vestuários+2,11%+1,26%0,09%0,06%
Transportes+1,34%+1,91%0,30%0,42%
Saúde e cuidados pessoais+1,01%+1,77%0,12%0,22%
Despesas pessoais+0,52%+0,48%0,05%0,05%
Educação+0,04%+0,06%0,00%0,00%
Comunicação+0,72%+0,08%0,04%0,00%
Fonte: IBGE

Grupo de habitação é o único a apresentar queda

O IBGE informou que o recuo observado no grupo de Habitação é decorrente, sobretudo, da queda pelo segundo mês consecutivo no preço da energia elétrica, que caiu 7,95% em maio.

Essa variação negativa vem depois da mudança na bandeira tarifária, que em 16 de abril deixou de ser de escassez hídrica (R$ 14,20 por 100 kWh) para voltar à bandeira verde, sem cobrança adicional na conta de luz.

"Ainda em Habitação, destaca-se o recuo nos preços do gás de botijão (-1,02%), após a alta de 3,32% em abril. No lado das altas, a variação positiva da taxa de água e esgoto (2,73%) reflete os reajustes de 12,89% em São Paulo (8,29%), vigente desde 10 de maio, e de 4,99% em Curitiba (1,97%), desde 17 de maio."

IBGE, em nota

Transportes e Alimentação e Bebidas também pesaram na desaceleração

A desaceleração na alta do grupo de Transportes pode ser explicada pelos preços dos combustíveis, que subiram 1,00% em maio, ante um avanço bem mais expressivo, de 3,20%, no mês imediatamente anterior. Os principais impactos vieram da gasolina, que desacelerou de 2,48% em abril para 0,92% em maio, e do etanol, que foi de 8,44% para -0,43% na passagem no mês.

Já o principal impacto positivo no grupo veio das passagens aéreas, que dispararam 18,33% no último mês (em abril, essa alta já tinha sido de 9,48%). Com esse avanço, as passagens aéreas tiveram o maior impacto individual sobre o IPCA em maio, cerca de 0,08%.

No grupo de Alimentação e Bebidas, a maior desaceleração foi no segmento de alimentação e bebidas, que passou de uma alta de 2,59% em abril para 0,43% em maio. Enquanto isso, a alimentação fora do domicílio avançou 0,61% no mês passado, ante aumento de 0,62% no mês imediatamente anterior.

"Verificou-se queda nos preços de alguns itens que haviam pressionado o índice no mês anterior, como tomate (-23,72%) e batata-inglesa (-3,94%). Houve recuo também nos preços da cenoura (-24,07%), embora a variação acumulada desse alimento em 12 meses ainda seja de 116,37%. O maior impacto positivo dentro do grupo (0,04%) veio do leite longa vida (4,65%), que já acumula 28,03% de variação no ano. Cabe mencionar ainda a alta de 21,36% nos preços da cebola, maior variação positiva do IPCA no mês de maio".

IBGE, em nota
Sobre o autor
Bruna Miato
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