Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
Mercado Financeiro

Ata do Copom sem grandes novidades não deve impactar no mercado nesta terça-feira

Recado do Banco Central vai dividir atenção com novas informações da ômicron

Data de publicação:14/12/2021 às 07:00 -
Atualizado 2 anos atrás
Compartilhe:

O mercado financeiro inicia esta terça-feira, 14, às voltas com a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta manhã. Sem grandes novidades, o texto veio em linha com o comunicado que acompanhou a elevação da taxa de juros Selic para 9,25% ao ano.

Segundo o colegiado, que manteve o tom mais duro do comunicado sobre a adoção de uma política monetária mais contracionista, a projeção do IPCA em 2021 está em 10,2% no cenário básico, considerando o dólar a R$ 5,65. Para 2022 e 2023, os técnicos do BC projetam inflação em 4,7% e 3,2% respectivamente.

Mercado
Mercado digere a ata da última reunião do Copom divulgada nesta terça-feira - Foto: Envato

No material, o BC reforça a indicação da semana anterior, de que o Copom deve promover um novo aumento de mesma magnitude na Selic, de 1,5 ponto porcentual, na primeira reunião do comitê que acontece em fevereiro do próximo ano.

“O Copom considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista. O comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas".

Copom, na ata da última reunião da semana passada

Variante ômicron no radar

O recado do Banco Central contido na ata deve dividir a atenção de investidores e gestores com as informações sobre a variante ômicron do coronavírus. O mercado viu o tempo fechar nesta segunda-feira, 13, com informações mais preocupantes sobre a variante ômicron. A bolsa de valores, que vinha em alta, perdeu foça e inverteu a trajetória com a notícia da primeira morte causada pela nova cepa na Inglaterra.

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou com desvalorização de 0,35%, em 107.383 pontos, na mínima do dia, depois de chegar a 109.493 pontos, ou valorização de 1,61%, no melhor momento do pregão. O dólar avançou 1,21%, cotado por R$ 5,68.

Especialistas têm notado maior pressão sobre o dólar, atribuído ao aumento de demanda por moeda, tradicional e sazonal nesta época do ano, por causa da remessa de lucros e dividendos pelas empresas à matriz no exterior. Para conter uma alta maior dos preços, o Banco Central fez duas intervenções no mercado.

A primeira foi uma oferta de US$ 700 milhões em contratos de swap cambial, títulos que oferecem proteção contra variações de preço, que equivale à venda futura de dólares para o detentor do contrato. Na segunda intervenção, o Banco Central vendeu US$ 905 milhões em papel-moeda, sacados das reservas internacionais.

Para analistas, a pressão sobre o dólar reflete também um sentimento de maior cautela de alguns investidores com possíveis alterações na política monetária na reunião do Fed (Federal Reserve, banco central americano) nesta quarta-feira.

Não se prevê propriamente uma alta nos juros, mas uma redução na recompra de títulos pelo Fed, o que, na prática, pode redundar em elevação das taxas de juros com a diminuição de liquidez no sistema financeiro. Um movimento que pode levar à valorização do dólar nos EUA e nos demais mercados internacionais, incluído o doméstico.

Em Nova York, em meio às expectativas com a reunião do Fed e incertezas provocadas pela variante ômicron, as bolsas fecharam em queda. O índice Dow Jones recuou 0,89%, para 35.651 pontos; o S&P 500 caiu 0,91%, para 4.669 pontos, e o Nasdaq desvalorizou-se 1,39%, para 15.413 pontos.

Exterior

Nova York

Após a queda da véspera, os futuros nas bolsas americanas operam em leve alta, em meio à cautela frente aos possíveis riscos econômicos trazidos pela nova cepa ômicron e aos esforços dos bancos centrais ao redor do mundo para conter a inflação.

Para o Nomura, o Fed deve anunciar que irá dobrar o ritmo da retirada de estímulos da economia. Em 2022, a análise espera dois aumentos da taxa de juros no segundo semestre do ano - em setembro e em dezembro.

Para o banco, a autoridade monetária age na tentativa de evitar que a inflação se enraíze na economia, mas avalia que os EUA vivem já um "um ponto de inflexão da inflação à medida em que o crescimento continua forte".

No dia anterior, pesquisa divulgada pelo Fed de Nova York apresentou aumento nas expectativas de inflação de curto prazo, passando de 5,7% em outubro para 6%, e queda na de médio prazo (4% ante 4,2%), sendo este o primeiro declínio desde junho deste ano.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que o país registrou a primeira morte por causa da variante ômicron. Com isso, as aéreas tiveram quedas importantes, com American Airlines (-4,94%), Delta Air Lines (-3,43%) e United Airlines (-5,24%) caíram. Booking (-3,88%) e Airbnb (-5,20%) também recuaram.

Outro destaque foi a Tesla, que recuou 4,98%, em um movimento que analistas interpretam como uma potencial correção depois da forte valorização da empresa nos últimos meses. Em paralelo, Elon Musk está acelerando sua alienação de ações da montadora de carros elétricos após postagem do Twitter no mês passado.

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em queda nesta terça-feira, com cautela generalizada nos mercados após a confirmação dos primeiros casos da variante Ômicron do coronavírus no território continental da China. Também no radar, o cerco do governo chinês contra o setor de tecnologia local penalizou ações na região.

Autoridades de saúde da cidade de Tianjin, no norte do país, relataram que um viajante que chegou do exterior na semana passada testou positivo para a Ômicron. No sul da nação asiática, um segundo diagnóstico foi detectado em Guangzhou. Antes, a variante havia sido identificada apenas na ilha de Hong Kong.

Em Hong Kong, o papel da Weibo despencou 9,62%, após a Administração de Espaço Cibernético da China multar a operadora da rede social em 3 milhões de yuans por considerar que a plataforma permitiu a publicação de conteúdos que violaram a lei.

A decisão marca mais um desdobramento da crescente supervisão de Pequim sobre o setor tecnológico.

Ainda em Hong Kong, companhias do mercado imobiliário estiveram entre as maiores perdas da sessão, em meio à crise de liquidez do setor. Evergrande recuou 6,98%, enquanto China Resources Land caiu 4,69% e Hang Lung Group se desvalorizou 1,40%. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Fechamento/bolsas asiáticas

  • Xangai (China): -0,53% (3.661 pontos)
  • Shenzen (China): - 0,14% (2.538 pontos)
  • Hang Seng (Hong Kong): - 1,33% (23.635 pontos)
  • Nikkei (Japão): - 0,73% (28.432 pontos)
  • Kospi (Coreia do Sul): - 0,46% (2.987 pontos)
  • S&P/ASX 200 (Austrália): - 0,01% (7.378 pontos)
Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados