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Big techs
Fundos de Investimentos

Por que o ETF ARKK, da gestora Cathie Wood, desabou na bolsa americana

Perspectiva de aumento dos juros penaliza empresas de tecnologia

Data de publicação:07/12/2021 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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O principal ETF (Exchange Traded Fund ou fundo de índice) da fundadora e diretora presidente da Ark Invest, Cathie Wood, – o conhecido ARK Innovation (ARKK), um dos preferidos dos brasileiros lá fora, segundo a Stake - sofreu uma derrocada na bolsa americana na última sexta-feira, 3: caiu mais de 7%, o menor nível do ano, e acumulou baixa de 25% no acumulado do período. Em 2020, no entanto, a realidade foi diferente: fechou o ano com alta de 149%.

A queda refletiu o movimento de venda das ações de empresas em crescimento do setor de tecnologia. Os investidores se anteciparam ao movimento do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de elevar as taxas de juros em 2022, o que pesaria sobre o desempenho dessas companhias.

ARKK
Foto: Reprodução

Na semana passada, o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell disse que o Fed está disposto a acelerar o ritmo de retirada de estímulos da economia em relação ao que era previsto anteriormente.

Segundo analistas, a queda nesses papéis pode ter sido reforçada pelos dados do payroll, divulgados no dia da forte queda do ARKK, que trouxe um volume de geração de empregos bem menor do que o esperado, porém, apresentou uma taxa de desemprego mais baixa.

“A taxa de desemprego mais baixa pode ajudar a aumentar a confiança de que o crescimento econômico do país terá continuidade, independentemente da nova variante ômicron do coronavírus. Isso estimulou os investidores a desfazer-se de suas posições nas small-caps do setor de tecnologia em crescimento”

Jim Paulsen, estrategista-chefe de investimentos do Leuthold Group.

Muito provavelmente pela dedução de que se a economia americana vai seguir crescendo já é possível acelerar a retirada de estímulos para em seguida aumentar os juros, o que penaliza as empresas de tecnologia.

ARKK tem empresas disruptivas

O ARKK de Wood, que tem US$ 21 bilhões em ativos, está atrelado a ações de empresas ligadas à inovação disruptiva, como genoma, automação, robótica e inteligência artificial.

A estrela do stock picker se tornou célebre entre os investidores individuais por ter dado tiro certo ao investir em diversas empresas que surfaram o boom da internet dos setores listados acima, incluindo ainda o mercado de blockchain.

A queda nas empresas atreladas ao ARKK foi generalizada, com nove de suas 10 principais participações registrando recuo, à medida que a movimentação dos investidores na venda dos ativos fez com que o benchmark do índice S&P 500 desvalorizasse 1,3%.

Lista das 10 empresas com mais peso na composição do ARKK

  • Tesla, com 10,52% de participação
  • Coinbase Global, com 5,95% de participação
  • Teladoc Health, com 5,66% de participação
  • Roku, com 5,34% de participação
  • Zoom, com 5,24% de participação
  • Unity Software, com 4,87% de participação
  • Shopify, com 4,32% de participação
  • Spotify, com 3,98% de participação
  • Exact Sciences, com 3,81% de participação
  • Twilio, com 3,60% de participação

Outros ETFs subiram com a queda do ARKK

Alguns ETFs tiraram proveito da queda do ETF de Wood. Um deles é o Tuttle Capital Short Innovation (SARK), lançado neste mês para ganhar exposição inversa ao ARKK, de acordo com Matthew Tuttle, diretor presidente da Tuttle Capital, Management. Na última sexta-feira, o SARK subiu 6%.

De acordo com o site etf.com, que reúne informações sobre fundos de índice do mundo todo, "o SARK é um fundo de gestão ativa que busca atingir sempre o retorno inverso, por um único dia, do ARKK por meio de acordos de swap com importantes instituições financeiras globais".

O site explica ainda que, como um produto inverso que é redefinido diariamente, a fim de acompanhar o ARKK, " o SARK não é um investimento de compra e manutenção e não deve fornecer retorno de alavancagem de índice superior a um período de um dia".

Sobre o autor
Julia Zillig
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