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Arezzo capta R$ 830 milhões em follow-on na Bolsa
Empresa

Arezzo capta R$ 830 milhões em follow-on na Bolsa

A ação teve o preço definido em R$ 82,35, com a demanda superando o volume da oferta em seis vezes

Data de publicação:04/02/2022 às 09:42 -
Atualizado 3 anos atrás
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Com o objetivo declarado de se tornar um ecossistema de moda, a Arezzo, ainda conhecida pela sua marca de calçados, acaba de colocar R$ 830 milhões no caixa após realizar sua oferta subsequente de ações (follow-on) na Bolsa brasileira.

A empresa de Alexandre Birman deixou claro, em encontro com investidores ao longo do processo de captação, que pretende financiar sua expansão via aquisições. A ação teve o preço definido em R$ 82,35, com a demanda superando o volume da oferta em seis vezes, conforme fontes. Investidores estrangeiros ficaram com cerca de 40% do volume.

Arezzo capta R$ 830 milhões em follow-on
Foto: Reprodução

O lote adicional foi vendido por causa da alta demanda entre investidores. Foi a primeira captação em Bolsa da companhia desde seu IPO (oferta inicial de ações), há 11 anos.

Follow-on após novas aquisições

A capitalização foi concluída dois meses depois de a empresa anunciar a aquisição da marca Carol Bassi, por R$ 180 milhões - transação que marcou sua entrada no segmento de moda feminina. A empresa já havia comprado a Reserva, de roupas masculinas, em 2020. Adquiriu também marcas menores, como Troc (brechó virtual), MyShoes e BAW.

Depois de vários meses negativos para o mercado de renda variável brasileiro, o início de 2022 tem sido melhor, com auxílio de investidores estrangeiros.

Assim, mesmo que a aversão ao risco esteja afetando empresas que desejam estrear na B3, existe espaço para as ofertas de empresas já listadas, como a Arezzo. A oferta foi coordenada por BTG Pactual, Bank of America (BofA), XP, Santander e BB UBS.

'Casa de marcas'

Relatórios de casas de análises e bancos divulgados na véspera do anúncio do follow-on apontaram que os novos recursos vão reforçar a estratégia de crescimento da Arezzo.

Para o banco Goldman Sachs, a empresa terá mais flexibilidade para perseguir sua ambição de construir uma "casa de marcas" em calçados e vestuário.

Os analistas do Citi, por sua vez, veem a empresa como uma das mais ativas no setor em termos de crescimento inorgânico - via aquisições - e apontam que a nova oferta deve acelerar a busca de oportunidades em moda esportiva, de praia e de empresas nativas digitais, que estariam no radar da companhia para futuros negócios. / com Agência Estado

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