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Volatilidade nos investimentos
Finanças Pessoais

Volatilidade nos mercados com o conflito no Leste Europeu; como e onde proteger o dinheiro?

Momento é de cautela e de permanência nos ativos em que investidor está ancorado

Data de publicação:25/02/2022 às 00:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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Qual a estratégia mais indicada para o investidor atravessar com menos risco possível o período de alta volatilidade no mercado financeiro e proteger o dinheiro? Momento é de cautela e de não abandonar posições atuais, dizem especialistas.

A invasão da Ucrânia pela Rússia trouxe elevada volatilidade nos mercados mundiais e doméstico. Forte queda das ações, escalada do dólar e alta dos juros foram algumas das respostas do mercado ao agravamento da crise.

volatidade proteger o dinheiro
Imagem: Reprodução

É um cenário em que, segundo especialistas, o investidor toma decisões precipitadas que acentuam o risco de perda. A primeira reação de quem está em bolsa de valores, por exemplo, é vender as ações ao ver o mercado em baixa, destacam. A volatilidade assusta, mas não é uma atitude indicada, orienta André Moura, sócio da Nau Capital, que dá dicas sobre a estratégia ou comportamento mais adequado nesses momentos. 

Investidor precisa ser conservador agora

É hora de redobrada cautela. Não é momento de tomar decisões apressadas para aproveitar a onda trazida pela crise ou tentar escapar dela.

Quem está em renda fixa fica mais confortável, já que tem a remuneração atrelada ao juro DI ou CDI, em nível muito perto da Selic. A taxa básica está em 10,75% ao ano, em ciclo ainda de alta, que tende a levá-la para patamares mais elevados. “É melhor pecar por excesso de conservadorismo que pela falta de”, pontua Moura.

Sugestão que se alinha à da Genial Investimentos, que destaca também a atratividade das taxas de juro. A análise indica que a expectativa da casa é que os juros fiquem acima de 12% ao ano no decorrer de 2022.

O momento não é indicado, portanto, para tomar risco ou sair dele. Nem de grandes tacadas em ativos de maior risco. Quem está abraçado a ações ou a ativos ligados à bolsa de valores deve permanecer onde está, porque a volatilidade no mercado está muito elevada e deve continuar.

Quem faz resgate em um fundo de ações pode levar de 30 a 60 dias para receber o dinheiro. “Um tempo em que o mercado poderá estar com outro humor ou outra tendência, mais positiva”, lembra. “É hora de pensar, esperar, para ver o que vem pela frente.”

Até porque, há especialistas que apostam que o Brasil continue sendo atraente ao capital estrangeiro. Carla Argenta, da CM Capital, acredita que a bolsa brasileira continue sendo boa opção de proteção (hedge) aos investidores estrangeiros contra a alta de preços das commodities no mercado internacional.

Ao mesmo tempo, o Banco Central sinalizou alta dos juros no combate à inflação e o País mostra capacidade de arcar com o aumento de dívida, gerado pelo aumento dos juros, pelas arrecadações recordes apresentadas. Os fundamentos mais positivos da economia e os juros altos também tendem a reforçar o fluxo de capital externo por aqui.

Onde proteger o dinheiro novo

A cautela faz parte do momento de incertezas e pressupõe, do ponto de vista de estratégia, a permanência do investidor nos ativos onde está ancorado. Não significa que ela não permita alguma flexibilidade. Mas desde que seja para a alocação de recursos disponíveis para investimento que não estejam amarrados ainda a nenhum ativo. Sem o desmonte de posições já amarradas em ativos conservadores e de risco.

Quem prefere ativos defensivos, para proteção do patrimônio, tem como opção a compra de moeda forte, como o dólar. “O dólar estava cotado a R$ 5,50, em meados de janeiro, e agora está perto de R$ 5,00”, aponta Moura. “Valeria ter de 10% a 15% dos recursos em moeda forte, para quem tem ideia de proteção”, principalmente se a tendência for de volta do dólar para patamares mais elevados do início do ano.

Outro ativo de proteção, que vale como defesa contra o risco inflacionário, são os títulos indexados ao IPCA. Tesouro IPCA, na plataforma do Tesouro Direto, por exemplo.

A inflação deve ser impactada também pela alta de preços importada do exterior, com o encarecimento de produtos de consumo, agrícolas, petróleo, dólar, na esteira da guerra no Leste Europeu. “O conflito de modo geral é inflacionário para o mundo”, avalia Pedro Serra, head de Research da Ativa Investimentos.

A equipe de análise da Genial Investimentos sugere ainda uma estratégia diversificada de proteção com a compra de ações de exportadoras que podem beneficiar-se do movimento de commodities. Com destaque para as empresas exploradoras de petróleo.

A Genial entende também que eventos como a guerra no Leste Europeu, embora tragam volatilidade, podem gerar oportunidades de compra de ações de qualidade. Sobretudo se for levado em consideração o histórico do mercado que teve recuperação após conflitos geopolíticos. Empresas de varejo, algumas small caps e do setor elétrico, aponta, podem oferecer boas opções ao investidor com visão de mais longo prazo.

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Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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