Juros futuros sobem e atingem as máximas, com ataques na Ucrânia e aumento de aversão ao risco
Alta do dólar e das commodities tende a exercer pressão sobre a inflação e, portanto, sobre os juros
Os juros futuros estão subindo firme nesta quinta-feira, 24, acompanhando o dólar em dia de aversão a risco global por causa da invasão da Rússia à Ucrânia. Em momentos de tensão, os investidores migram para ativos mais seguros.
A disparada de mais de 7% do petróleo também traz pressão, pois eleva o temor com o aumento da inflação no mundo e no Brasil. O aumento nos preços dos combustíveis e gás exercem peso expressivo no cálculo do IPCA. São pressões sobre os juros futuros que espelham as expectativas de altas inflacionárias.
Com isso, a alta dos juros se reflete tanto nos contratos de prazo mais curto quanto os mais longos. Na parte da manhã, as taxas atingiram suas máximas, com ligeiro recuo no início da tarde.
Onde estão os juros futuros
Às14h, a taxa do contrato futuro de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 passava de 12,37% no ajuste anterior para 12,40%; a taxa do DI janeiro de 2024 subia de 11,84% para 11,935%, perto da máxima de 11,995%; a do DI janeiro de 2025 avançava de 11,27% para 11,385%, após pico de estresse a 11,46%; e a do DI janeiro de 2027 saltava de 11,17% para 11,30%.