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Para economistas, guerra deve aumentar inflação e desacelerar PIB no Brasil
Economia

Para economistas, guerra deve aumentar inflação e desacelerar PIB no Brasil

Segundo eles, a invasão da Ucrânia pela Rússia deve reforçar o quadro de estagflação no País

Data de publicação:25/02/2022 às 10:16 -
Atualizado 2 anos atrás
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A invasão da Ucrânia pela Rússia deve reforçar o quadro de estagflação no Brasil - ou seja, aumento da inflação com queda na atividade. E o efeito deve ser imediato, segundo economistas.

Armando Castelar, pesquisador associado da FGV/Ibre, diz que haverá reflexos nos preços de petróleo, combustíveis, trigo, pão e alimentos, que devem subir ainda mais. Nas suas contas, a projeção para inflação deste ano deve passar dos atuais 6% para um intervalo entre 6,2% e 6,3%. A previsão de crescimento do PIB, por sua vez, que era de 0,6%, deve recuar para algo entre 0,3% e 0,4%.

Para economistas, guerra deve aumentar inflação e desacelerar PIB no Brasil
Para o economista e consultor Alexandre Schwartsman, o conflito entre Rússia e Ucrânia afeta produtos importados pelo Brasil, como petróleo, gás e trigo - Foto: Reprodução

Castelar lembra que o resultado acima do esperado da prévia da inflação deste mês indica que talvez o Banco Central tenha de ir além do patamar de 12,25% para a taxa básica de juros, a Selic. Com o conflito na Ucrânia, acrescenta, essa tendência ganha força. "Possivelmente, além da reunião (do Copom) de março e de maio, vai ter de subir juros em junho."

Na avaliação do economista e consultor Alexandre Schwartsman, o conflito entre Rússia e Ucrânia afeta produtos importados pelo Brasil, como petróleo, gás e trigo. Além disso, destaca ele, a pressão de alta do dólar também tem um efeito inflacionário. Na véspera, a moeda americana subiu 2,02% ante o real. O dólar vinha experimentando nos últimos dias um movimento de baixa e chegou a cair abaixo de R$ 5,00.

Para Castelar, a primeira reação a choques deste tipo, tanto por parte de investidores do mercado financeiro como da economia real, é segurar os planos e aguardar. Esse tipo de choque também amplia a aversão ao risco e fortalece as aplicações em títulos americanos, considerados mais seguros.

Castelar frisa que o padrão histórico observado em choques provocados por conflitos internacionais mostra que eles são críticos num primeiro momento e, gradativamente, há uma acomodação. A tendência é de que fundamentos econômicos prevaleçam.

Diplomacia

Como o Brasil irá se posicionar na diplomacia com os EUA, China e Europa por causa da mudança na geopolítica mundial é o ponto crucial a ser acompanhado, na opinião do economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Dependendo da nova configuração, ela pode ter impacto nos investimentos no País.

Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores, alerta que o conflito pode piorar também o fluxo das cadeias globais, que estava afetado por causa da pandemia. Já a economista Zeina Latif, consultora econômica, diz que os impactos do ponto de vista financeiro ainda são incertos. Para ela, desde que o conflito não atinja maiores proporções, não será fator de volatilidade de curto prazo para o Brasil, exceto a pressão inflacionária.

A economista da Tendências, Alessandra Ribeiro, lembra ainda de uma questão setorial que pode afetar a economia nacional, que é a importação de fertilizantes da Rússia. Outro ponto, diz ela, é avaliar o impacto das sanções à Rússia na economia mundial, o que, sem dúvida, tem reflexo na atividade interna. / com Agência Estado

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