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AIE: liberação de reservas de petróleo vai ajudar a compensar oferta russa menor
Economia

Guerra na Ucrânia leva à escalada mundial de petróleo e dólar; impacto na inflação preocupa

Alta dos preços tende a gerar mais inflação no mundo

Data de publicação:25/02/2022 às 00:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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As preocupações com a inflação global se agravaram e ganharam nova dimensão com a ação militar da Rússia na Ucrânia. Petróleo e dólar subiram.

O conflito põe frente a frente dois países que se destacam em produção mundial de commodities e de alimentos. A Rússia fornece 40% do gás natural e 32% do petróleo consumidos na Europa. E a Ucrânia é uma das maiores produtoras de alimentos, principalmente trigo.

petróleo e dólar
Tendência de curto prazo é de desvalorização do real frente ao dólar - Foto: Envato

O petróleo disparou com o início do conflito. A cotação do tipo Brent, referência no mercado, passou de US$ 100, pela primeira vez desde 2014 – esteve valendo US$ 105,79 no início da tarde desta quinta-feira, 24.

E os preços dos alimentos, pelas dificuldades na cadeia de suprimentos pela crise na Ucrânia, tendem também à alta, avaliam especialistas.

A esses vetores de pressão soma-se ainda a escalada do dólar. Principalmente no Brasil, em que o valor dos combustíveis é formado pela soma dessas duas referências: a cotação internacional do petróleo e do dólar.

A moeda americana avançou quase 3% em seu momento mais difícil do dia - esteve cotada a R$ 5,16 no início da tarde, para logo voltar ao patamar de R$ 5,10.

A expectativa é que, nesse cenário, analistas passem a revisar para cima as estimativas de inflação para o ano.

Por enquanto, ela está projetada em 5,56%, de acordo com os dados do último boletim Focus.

André Moura, sócio da Nau Capital, diz que, além do risco militar, a guerra no Leste Europeu embute preocupações do ponto de vista econômico.


“As consequências da crise vão depender das sanções que os países vão impor a partir de agora e como a Rússia vai reagir a elas”, acredita.

André Moura - Nau Capital

É a conjugação desses dois fatores que pode redundar no principal temor dos mercados, “o impacto econômico, principalmente inflacionário”, sobre o mundo. Um cenário em que qualquer previsão apressada pode ser prematura, avalia Moura.

“É preciso esperar um pouco, os desdobramentos da crise, ver como os bancos centrais do mundo vão agir, para ter um entendimento melhor do cenário.”

O sócio da Nau Capital diz que a dimensão da ação militar da Rússia, “algo totalmente inesperado, surpreendeu e assustou os mercados”.

Segundo ele, investidores e gestores esperavam “uma saída diplomática para a crise ou uma invasão e ocupação de áreas restritas à região Leste da Ucrânia que fazem fronteira com a Rússia”.

Valorização do dólar

A economista-chefe do TC (Traders Club), Fernanda Mansano, vê no aumento da volatilidade do câmbio o risco de maior desvalorização do real perante o dólar.

“A tendência de curtíssimo prazo é de desvalorização”, mas o que vem depois vai depender da evolução da tensão geopolítica, acredita.

O dólar é procurado nos momentos de agravamento de incertezas, como agora, porque é uma moeda forte, que dispensa lastro metálico e, por isso, é usado até como reserva de valor, ao lado do próprio ouro.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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