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ETFs
Renda Variável

Número de investidores em BDRs cresce 994%, e em ETFs, 109%, em 2021, segundo dados da B3

Ativos oferecem diversificação e proteção com acesso ao mercado internacional e exposição ao dólar

Data de publicação:07/02/2022 às 00:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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Foi-se o tempo que quem buscava diversificar seu portfólio na bolsa de valores comprava apenas um único tipo de ativo, a ação. O que mudou no período mais recente é que o investidor entendeu e descobriu que o balanceamento da carteira com um mix de ativos, entre BDRs e ETFs, pode ser duplamente vantajoso: serve de proteção ao capital e aumenta a possibilidade de rendimento. 

E quem vai por esse caminho encontra uma diversidade de opções, um amplo leque de produtos, que vão muito além das tradicionais ações negociadas em pregão, principalmente no mercado internacional. Dois deles tiveram um crescimento expressivo, segundo relatório da Bolsa de Valores de São Paulo, que se apresentam como siglas: ETF (Exchange Traded Fund) e BDR (Brazilian Depositary Receipt).

 BDRs e ETFs
Foto: Reprodução

Os dados apontam que, ao longo de 2021, aumentou 994% o número de CPFs que investem em BDRs (certificados que representam ações de empresas estrangeira, listadas em bolsas de outros países, negociados na B3). O número de CPFs que investem em ETF mais que dobrou nesse período, com aumento de 109%.

Especialistas afirmam que esses ativos, ETFs e BDRs, caíram no gosto de investidores locais porque é uma forma simples de alocar recursos em bolsas internacionais sem a necessidade de abrir conta no exterior. É também uma forma de diversificação em produtos que acenam com melhor rentabilidade e evitam riscos domésticos derivados do cenário político, fiscal, econômico (inflação e juros altos, baixo crescimento).

ETFs e BDRs dão acesso a bolsas internacionais e ao câmbio

“A busca por diversificação em outros refúgios tem também o apelo de ativos dolarizados, que contam com uma fatia do câmbio nos preços e ganham com a volatilidade do dólar”, avalia Felipe Leão, especialista da Valor Investimentos. O BDR ganha mais espaço na diversificação de carteira, em busca de ativos descorrelacionados, “por causa da economia mais robusta dos Estados Unidos e por permitir acesso a empresas de tecnologia ainda pouco negociadas por aqui”.

Flávio de Oliveira, head de Renda Variável da Zahl Investimentos, vê nos destaques dados pela mídia e nos resultados históricos a dupla carga de incentivos pela preferência dos investidores pela diversificação em ativos internacionais. “Estão saindo (deixando de comprar ações locais) da B3 para comprar ativos americanos, na forma de ETFs”, aponta. “Criptoativos ou ações estrangeiras na forma de índice”, pontua, afirmando que “o investidor vai atrás e compra o ativo que sobe”.

Oliveira afirma que o ativo com maior demanda na carteira dos investidores seria o IVVB11, que replica uma cesta de ações do S&P 500, e do Nasdaq, o Nasd11. Outro ETF que, para ele, está entre as preferências, devido a seu protagonismo em 2021, é o de criptomoedas HASH11. “São os ETFs que, na minha percepção, são os mais procurados na B3.”

O head de Renda Variável da Zahl alerta, contudo, que o investidor não deve ir com muita sede ao pote dos ETFs, movido sob impulso, “porque pode comprar ativos que já podem estar caros. As bolsas americanas deram uma lavada na nossa, que andou para trás, no ano passado”. O índice S&P 500, referência do IVVB11, subiu em torno de 27% e a B3 acumulou desvalorização de 11,93% em 2021.

Risco é maior no BDR

Ele considera que o risco é maior no BDR que no fundo de índices. Explica que o ETF é uma carteira mais diversificada, a maior parte dos ativos se autoajusta com o tempo, “à medida que uma ação que está subindo ganha mais espaço na carteira e a que está caindo, perde”. O BDR, de acordo com ele, oferece mais risco de queda diante de algum evento negativo que poderá levar a uma pesada e duradoura perda ao investidor.

A popularidade dos ETFs

A corrida dos investidores aos ETFs na B3 está levando a uma dança de posições desses produtos no ranking de maiores cotistas. Dados indicam uma preferência pelos produtos de criptoativos.

De acordo com o boletim Criptofácil, o HASH11, fundo de criptomoedas pioneiro no País, chegou a 130 mil cotistas em 2021 e desbancou o BOVA11, que replica as ações do Ibovespa, com 126 mil investidores, no fim de dezembro.

A quantidade de investidores em ETFs na B3 alcançou 505 mil, dos quais 499,5 são investidores pessoa física. São três ETFs com mais de 100 mil cotistas. “O líder é o IVVB11, que replica o índice S&P 500, com aproximadamente 176 mil cotistas”, aponta Leão, da ValorInvestimentos.

Além do BOVA11, HASH11 E IVVB11, outros três ETFs são populares na B3: o BOVV 11, que também é atrelado ao Índice Bovespa; SPXI11 que segue o índice S&P 500; e o SMAL11 atrelado ao Índice Small Cap (SMLL), que reflete a variação de empresas menores, menos capitalizadas da Bolsa.

ETFs mais cobliçados na B3

  • HASH11 - criptoativos
  • BOVA11 - Índice Bovespa
  • BOVV11 - Índice Bovespa
  • IVVB11 - Índice S&P 500
  • SPXI11 - Índice S&P 500
  • SMAL11 - Índice Small Cap

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Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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