Mercado ao vivo: acompanhe as movimentações da Bolsa e do dólar nesta quarta-feira, 13 de julho
Mercados globais operam majoritariamente em baixa após dados do CPI americano
Em dia de divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, os mercados globais operam em queda, refletindo os números da inflação piores do que as projeções do mercado. Em junho, o CPI americano avançou 1,3%, contra as expectativas de alta de 1,1%. No acumulado em 12 meses, o avanço da inflação já é de 9,1%, a maior desde 1981.
Com uma pressão inflacionária persistente, os investidores se mostram mais avessos aos ativos de risco, incluindo a Bolsa de Valores, tendo em vista que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) já sinalizou que elevará novamente as taxas de juros do país para conter a escalada dos preços. Mas a B3 conseguiu descolar desse contexto, e vem operando entre ganhos e perdas. O Ibovespa apresenta queda residual de 0,03%, aos 98.243, às 16j08 desta quarta-feira, 13, enquanto o dólar recuava 0,89%, cotado a R$ 5,39.
Inflação nos Estados Unidos
Para Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, os dados do CPI de junho reforçam uma postura mais dura para a próxima reunião do Fed, que ocorre entre 26 e 27 de julho. Ela afirma que, para este encontro, o mercado já precifica uma alta de 0,75 ponto percentual para as taxas de juros americanos, encaminhando-as para o patamar entre 2,25% e 2,5% ao ano.
"Isso coloca 'lenha na fogueira' para a elevação no ritmo dos juros em setembro, para um ponto percentual. Aí que mora o risco monitorado pelo mercado, se eventualmente os juros nos Estados Unidos encerrarem 2022 muito acima dos 4% já precificados."
Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos
Em um cenário de juros altos nos Estados Unidos, os rendimentos das Treasuries (os títulos públicos americanos) também sobem. Neste sentido, por serem considerados os títulos mais seguros do mundo, as Treasuries ganham a preferência dos investidores frente outros ativos de risco, como a renda variável, principalmente as de divisas emergentes.
Mercado interno
No cenário doméstico, esta quarta-feira também contou com a divulgação de indicadores importantes. Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que as vendas no varejo subiram 0,1% em maio ante abril, abaixo das projeções do mercado, que previam alta mais expressiva, de 0,9%.
Na agenda do dia, também permanece a expectativa quanto a aprovação da PEC dos Benefícios, que prevê uma série de auxílios sociais para alguns grupos às vésperas das eleições e deve custar mais de R$ 41 bilhões aos cofres públicos, elevando a percepção de risco fiscal do País. Na véspera, a proposta foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados e o governo espera que hoje ocorra a votação em segundo turno.
O dia na Bolsa
Maiores altas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Ambev | ABEV3 | +4,42% |
Lojas Renner | LREN3 | +2,32% |
Cyrela | CYRE3 | +1,84% |
Eztec | EZTC3 | +1,24% |
Vibra Energia | VBBR3 | +1,23% |
Maiores baixas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Yduqs | YDUQ3 | -3,27% |
Rede D'Or | CIEL3 | -3,05% |
Cielo | RDOR3 | -3,02% |
Suzano | SUZB3 | -2,82% |
SLC Agrícola | SLCE3 | -2,69% |
Mercados internacionais
Os principais índices acionários do mundo operam em baixa no pregão desta quarta-feira, com os investidores repercutindo os dados do CPI americano. Além de uma inflação alta elevar a aversão ao risco, as perspectivas de aumento nas taxas de juros faz crescer, também, a cautela com uma possível recessão econômica no país que se estenda para todo o mudo.
Na Europa, assim como nos Estados Unidos, o viés é negativo para as bolsas. No entanto, no continente europeu alguns dados econômicos divulgados mais cedo vieram melhor do que o mercado esperava, o que não está sendo suficiente para sustentar os índices.
A produção industrial na zona do euro subiu 0,8% em maio ante abril, segundo a Eurosat, enquanto as projeções esperavam alta menos expressiva, de 0,2%. No Reino Unido, a produção industrial avançou 0,9%, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do país teve alta de 0,5% no segundo trimestre, superando as expectativas de estagnação da economia. Na Alemanha, a taxa de inflação anual desacelerou em junho, com o CPI registrando alta de 7,6%, em linha com o esperado pelo mercado.
Em contrapartida, na Ásia as bolsa fecharam em alta, após dados de exportação da China virem acima do esperado, numa indicação de que a segunda maior economia do mundo pode estar superando os impactos da pandemia de covid-19. Em junho, as exportações chinesas tiveram expansão anual de 17,9%, maior do que o ganho de 16,9% de maio e bem acima da projeção de analistas, de 12%.
Desempenho das bolsas americanas
- Dow Jones: baixa de 1,12%
- S&P 500: baixa de 1,17%
- Nasdaq 100: baixa de 1,11%
Dados atualizados às 11h
Desempenho das bolsas europeias
- Stoxx 600 (Europa): baixa de 1,07%
- FTSE 100 (Inglaterra): baixa de 0,95%
- DAX (Alemanha): baixa de 1,32%
- CAC 40 (França): baixa de 1,06%
Dados atualizados às 11h05
Fechamento das bolsas asiáticas
- Xangai Composto (China): alta de 0,09%
- Shenzhen Composto (China): alta de 0,93%
- Hang Seng (Hong Kong): baixa de 0,22%
- Nikkei (Japão): alta de 0,54%
- Kospi (Coréia do Sul): alta de 0,47%
- Taiex (Taiwan): alta de 2,68%
Com Agência Estado
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