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Temporada de Balanços
Fundos de Investimentos

Fundos monoação com taxa de 3% ao ano perdem feio para o ativo de sua carteira; o prejuízo é do cotista

Analistas consideram que taxa é alta para uma gestão passiva da carteira e com apenas um ativo

Data de publicação:13/07/2022 às 05:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Os fundos monoação estão em evidência porque sua performance tem sido superior à dos demais fundos que contam com uma mescla de várias ações em sua carteira. Nos últimos 12 meses, apenas quatro fundos de ações estão positivos e todos eles são monoação. A valorização deles também supera à do Ibovespa.

Sobre isso não há o que se questionar, mas o assunto não se encerra aí, porque esses fundos monoação podem perder do próprio ativo que está em seu portfólio por causa da cobrança da taxa de administração. Quanto mais alta é a taxa, maior a perda. Os três fundos aqui analisados, por exemplo, cobram uma taxa de 3% ao ano e por isso comem poeira em relação ao desempenho da ação que está em sua carteira.

bolsa
Vale puxa Ibovespa para baixo no pregão desta quarta-feira, 20 | Foto: Reprodução

Compare os ativos

Dados comparativos da base da Mais Retorno apontam que no longo prazo os ativos que dão lastro solitário à carteira têm performado bem melhor que os fundos que os acolhem. O vilão é a taxa de administração, em geral alta, cobrada pelos gestores.

Na avaliação de profissionais do setor, os fundos monoação, sem taxa de administração, poderiam até empatar em rentabilidade ou superar o desempenho do próprio ativo ancorado na carteira.

Sem a cobrança de taxas, as ações se destacam na maioria dos períodos e são disparadamente as que entregam o melhor resultado em prazos mais longos, quando comparadas ao retorno do fundo e do Ibovespa.

O retorno dos fundos monoação

No período entre setembro de 2007 e julho, a ação do Itaú Unibanco (ITUB4) acumulou uma valorização de 253%. Um desempenho que equivale a mais que o dobro da performance do Itaú Unibanco Ações FIC FI, que é um fundo monoação com as ações do próprio banco, cobra uma taxa de administração de 3% ao ano e entregou um rendimento de 97% no mesmo período de 15 anos.

fundos monoação
Fonte: Mais Retorno

O Itaú Unibanco Ações é um fundo que aloca no mínimo 95% dos recursos da carteira em ações do Itaú Unibanco. O valor mínimo de aplicação inicial é R$ 5 mil e o de permanência, R$ 100.

As ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) também suplantaram por ampla margem a rentabilidade de outros dois fundos monoação do Itaú com a carteira formada por papeis da mineradora e da petroleira.

Monoação da Vale

O papel da Vale acumulou uma valorização de 3.560% entre fevereiro de 2002 e junho de 2022. No mesmo período, o Itaú Ações Vale FIC FI, com uma taxa de administração de 3% ao ano, entregou uma rentabilidade de 2.233% aos cotistas. A aplicação mínima é R$ 1, o mesmo valor para aplicação adicional e de permanência.

ações

Monoação da Petrobras

As ações de Petrobras (PETR4), que recheiam a carteira de outro fundo monoação do banco, o Itaú Ações Petrobras I FI, também superaram a performance do fundo.

No período de abril de 2018 e julho deste ano, o papel da petroleira acumulou valorização de 118%. O fundo monoação com o papel da estatal de petróleo, com taxa de administração de 3,0% ao ano, proporcionou um rendimento de 83% no período.  O valor mínimo de aplicação é R$ 1, válido também para aplicação adicional e permanência.

mono petro
Mais Retorno

Prejuízo para o cotista

Esses três fundos do Itaú são emblemáticos de como a taxa de administração leva boa parte da rentabilidade do cotista. E também de como o investidor deixa de ganhar uma rentabilidade maior ao bancar uma taxa de que estaria livre em um investimento direto em ações.

Ao aplicar em uma ação por meio de uma compra direta, por meio de home broker, após abrir uma conta em corretora, o investidor tem como despesa apenas uma taxa de custódia. Para a guarda de ação na B3 a taxa máxima é de 0,05% ao ano.

Custo bastante inferior às taxas cobradas pelos fundos. A taxa de administração de fundos mono listados na Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) varia de 0,2% a 3,0% ao ano. Custo que os especialistas consideram elevado para o trabalho de uma gestão passiva da carteira e com apenas um ativo.

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Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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