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Fundos de Investimentos

Fundos de ações: confira os mais rentáveis e estratégias para superar o Ibovespa

A diferença de desempenho é abissal, entre o Ibovespa e os fundos de ações mais rentáveis, no período mais recente. Qualquer que seja o tempo considerado….

Data de publicação:15/04/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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A diferença de desempenho é abissal, entre o Ibovespa e os fundos de ações mais rentáveis, no período mais recente. Qualquer que seja o tempo considerado. No primeiro trimestre, o Ibovespa recuou 2%, mas o fundo de ações com melhor desempenho, o Trígono DeLPhos Income FIA, rendeu 26,81%.

fundos de ações
No primeiro trimestre do ano, Ibovespa caiu 2% e teve fundo de ações que rendeu 26,8% no mesmo período.

A disparidade se repete em 12 meses. De abril de 2020 a março de 2021, o Ibovespa acumulou variação positiva de 59,73%. No mesmo período, o fundo de ações CSN Invest FIA rendeu 291,62%. Os dados são do site Comdinheiro.

Os fundos de ações mais bem colocados bateram com folga o Ibovespa, colocando em evidência um produto que é visto como porta de entrada para o mercado de ações. Um desempenho que surpreende sobretudo pelo momento de crise que afeta negativamente a bolsa de valores.

“É um meio bastante simples de entrar na bolsa de valores”, afirma Thiago Godoy, líder da área de Educação da XP Investimentos. “Como o investidor compra cotas do fundo gerido por profissionais, sem precisar operar no mercado de ações, é indicado para quem é iniciante ou não tem tempo nem conhecimento para acompanhar o mercado.”

Gestão profissional, ganho de escala e custo menor

Há uma série de vantagens em se associar com outras pessoas para investir em bolsa de valores por meio de um fundo de ações, explica Pedro Lang, head de Renda Variável da Valor Investimentos. Uma delas é a gestão por um profissional qualificado. Outra é o acesso ao mercado de ações com baixo valor, afirma Hanna Müller, responsável por relacionamentos com investidores e distribuição de produtos da Infinity Asset. “É uma forma de diversificação mais barata da carteira de investimentos na renda variável.”

Ter um gestor profissional à frente, porém, não é suficiente para assegurar  o sucesso de um fundo. Depende de muito mais, dizem especialistas, notadamente da estratégia de gestão. Como explica o CIO Werner Roger, da Trígono Capital, que emplacou sete fundos de ações na lista dos 20 mais rentáveis no trimestre, de acordo com os dados da Comdinheiro.

A Trígono usa uma metodologia que analisa o valor das empresas através de uma ferramenta chamada EVA, que mede o valor econômico adicionado. “Quanto custa o valor dos acionistas e dos bancos que adicionam recursos aos ativos econômicos que vão sustentar o desempenho das empresas”, explica Roger. Fora outras estratégias que fogem ao padrão das disseminadas no mercado de fundos.

Outra vantagem, para especialistas, é o ganho de escala que o fundo proporciona. “O bolo de dinheiro, formado com os aportes dos participantes do fundo, possibilita acesso a ofertas de ações que o investidor individualmente não consegue. Lang diz que, em geral, existe também redução dos custos operacionais, com bancos e corretoras.

FUNDOS DE AÇÕES
Estratégias de investimento variam, desde a composição da carteira até a definição de índice de referência para seguir

Estratégias dos fundos de ações

O fundo de ações mais tradicional, considerado o café com leite do mercado, é o long only, o que tira proveito da valorização das ações. Nele, o gestor pode ter de 67% a 100% dos recursos dos investidores comprado em ações que escolhe para a carteira. O porcentual de 67% é o mínimo exigido por lei de posição comprada nesse tipo de fundo.

O segundo mais comum é o long biased, um fundo que dá maior autonomia e flexibilidade ao gestor para ficar comprado em ações. Incluída a operação de alavancagem, que consiste no uso de recursos além dos captados com os investidores para a compra de ações.

O long biased, explica Lang, investe em ações, mas nada impede que, se quiser, o gestor zere a posição em ações e fique com até 90% dos recursos da carteira em renda fixa. Só que, nesse caso, a tributação segue as regras da renda fixa, com a cobrança por alíquotas escalonadas de imposto.

Outro fundo de ações em alta na popularidade é o de ETF (Exchange Traded Fund). O fundo tem como proposta replicar o desempenho de uma carteira teórica de ações, em geral representado por um índice. Na B3, o ETF do Ibovespa, o BOVA11 – um fundo de ações passivo que tem o principal índice da bolsa, o Ibovespa, como benchmark.

O head de Renda Variável da Valor Investimentos explica que o ETF é um fundo com número finito de cotas, limitadas às que foram emitidas. “É um fundo fechado que não possibilita, atingido o teto de cotas, o entra e sai de um fundo de ações”. A menos que um venda para que outro possa comprar a cota.

Fundo de ações ativo ou passivo?

Em um fundo passivo, como o de ETF, o investidor compra a cota e ponto final. Um fundo de gestão ativa exige mais. “Nele, em geral, a gestão é mais agressiva para superar o Ibovespa”, explica Godoy, da XP. Daí por que convém conhecer a instituição que administra, seu gestor, como tem sido o desempenho do fundo em vários momentos da bolsa, explica Lang. “Quanto maior o histórico do fundo, melhor ideia se terá do desempenho da gestão ativa.”

E quanto cobram de taxa de administração?

O gestor que cuida do fundo cobra uma taxa, em média de 0,50%, como remuneração do trabalho que executa para o cliente. É a taxa de administração, que inclui ainda, no valor total, a gestão, corretagem e custódia (guarda das ações).

A taxa de administração na gestão ativa é maior que a da gestão passiva.  Fica ao redor de 1,5% a 3,0%. Um custo adicional que os fundos costumam cobrar é a taxa de performance, calculado sobre o desempenho acima do benchmark. Essa taxa varia de fundo para fundo, mas pode chegar a 20%.

FUNDOS DE AÇÕES
A diversificação está na pauta dos gestores, compondo as carteiras com ações que pagam bons dividendos ou samll caps

A diversificação no cardápio dos fundos de ações

Existem diversas modalidades de fundo de ações de acordo com os objetivos. Há, dentre vários, os fundos de dividendos, em que o gestor compra ações de empresas com histórico de boas pagadoras de dividendos; os de small caps, com carteira formada por papeis de empresas de baixa capitalização, portanto de maior volatilidade das cotações e baixa liquidez; fundos setoriais, como as que miram ações de empresas industriais, de varejo, infraestrutura; fundos de investimento no exterior (com mais de 40% dos recursos em ativos estrangeiros).

O interesse pelo investimento no exterior está em alta, dada a falta de opções mais atraentes internamente, “e também por causa da valorização do dólar”, afirma o líder da Área de Educação da XP. A desvalorização do real turbina o rendimento obtido com aplicações no exterior.

Tributação diferente da compra direta de ações

O investidor em fundo de ações recolhe imposto de renda no resgate. O valor que vai para a conta é o líquido, já tributado pela alíquota de 15%, que a própria gestora desconta do rendimento.

Com essa forma de tributação, feita pelo gestor, o investidor em fundo de ações fica livre da burocracia e das contas que a compra direta de ações exige quando ocorrem vendas, para apuração do ganho de capital.

Prazo para resgate: 30 dias, ou mais, nos fundos de ações

Quem investe em fundo de ações não deve contar com recebimento rápido do dinheiro ao fazer o resgate. Em geral, a liquidez desses fundos é de 30 dias (D+30). Hanna Müller, da Infinity Asset, pondera que o gestor de fundo de ações trabalha com estratégias de longo prazo.

“O prazo médio para maturar uma estratégia é de um ano e o investidor precisa levar em conta essa demora para aplicar”, explica. Mais do que qualquer opção, é um investimento de longo prazo. “Por isso, não dá para ficar comprando e vendendo a toda hora em um fundo de ações.”

Fundos Trígono, os mais rentáveis do trimestre

O CIO da Trígono Capital, Werner Roger, atribui o sucesso dos fundos de ações que comanda a uma estratégia que difere de tudo que os demais gestores de fundo adotam.

Um dos princípios que orientam a gestão do fundo, segundo Roger, é a atenção ao retorno sobre o capital investido comparado com o resultado da empresa. “Quanto maior a diferença entre eles, melhor é o resultado.” Outra perna ou vértice do trígono (triângulo equilátero, representativo do fundo) são os dividendos, que dependem do desempenho das empresas no mercado. Mas o princípio mais importante, destaca, é o do ESG, “porque determina as melhores práticas de governança”.

fundos de ações
Há gestores que não seguem índices, mas sim o desempenho de setores e de empresas

Roger ressalta também que os fundos da Trígono andam descolados de todos os índices do mercado. “Não vemos índices, como faz o mercado. Em vez disso, vemos todas as empresas para selecionar os setores que vão bem e se o resultado remunera o capital investido.”

Para deixar claro o acerto da estratégia adotada, Roger afirma que 96% das ações da carteira dos fundos de small caps, um dos destaques dos fundos de ações da Trígono Capital, estão fora do índice Small Cap (SMLL).

Outra pedra de toque que dá suporte ao desempenho dos fundos é a visão de que toda empresa com faturamento ligado ao dólar tende a colher bons resultados. E isso faz a diferença, segundo ele. “O câmbio é como a válvula de escape da panela de pressão”, explica Roger. “O dólar é o hedge (proteção) de todos os hedges, todos os ativos estão vinculados a ele.” Ele acredita que, enquanto não houver solução de todas as incertezas, o capital estrangeiro não terá apetite pelo País. Uma condição que deve manter o dólar pressionado, acredita

Roger afirma que tampouco escolhe ações por setor, mas se uma empresa está sendo beneficiada pela alta das commodities, do dólar, e por aí vai. “Em todas as crises, as small caps caíram menos e se recuperaram mais rapidamente.” E refuta a ideia corrente de que essas ações têm mais volatilidade de preços e menos liquidez, o que considera “uma lenda”.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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