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Bolsa
Mercado Financeiro

Dólar cai pelo quarto dia e vai a R$ 4,90; Bolsa retoma patamar dos 129 mil pontos

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira, 24, pelo quarto dia consecutivo, influenciado pelas perspectivas da entrada de capital estrangeiro no Brasil. A moeda americana teve…

Data de publicação:24/06/2021 às 10:36 -
Atualizado 3 anos atrás
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O dólar fechou em queda nesta quinta-feira, 24, pelo quarto dia consecutivo, influenciado pelas perspectivas da entrada de capital estrangeiro no Brasil. A moeda americana teve uma desvalorização de 1,25%, sendo cotada a R$ 4,904. Essa é a menor cotação desde 9 de junho de 2020.

A Bolsa teve um dia de alta. O Ibovespa voltou a subir após dois dias seguidos de queda e recupera as perdas da semana aos 129.513,23 pontos, com avanço de 0,85%, puxado pelo setor de siderúrgica, sobretudo, e também do varejo.

Foto: B3/Divulgação
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

O otimismo do exterior com dados da economia americana divulgados hoje também animou as bolsas de Nova York que, por sua vez, influenciaram a B3.

As siderúrgicas viveram um dia de valorização na bolsa com o anúncio de acordo nos Estados Unidos entre senadores americanos para um novo plano de infraestrutura do presidente Joe Biden. Os papéis da Usiminas, CSN e Gerdau saltaram 2,47%, 3,50% e 3,09%, respectivamente. Em sentido contrário, a Vale registrou uma leve baixa de 0,16%.

O cenário político brasileiro também favoreceu o desempenho positivo da bolsa. Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que é possível que a Casa aprove a reforma administrativa até setembro.

Sobe e desce da B3

Nesta quinta-feira, o varejo contabiliza ganhos em seus papéis, otimista com a retomada econômica. As ações da Magalu, Lojas Americanas e Lojas Renner registraram avanço de 5,20%, 4,48% e 1,65% , respectivamente. Já a Via (antiga Via Varejo), teve leve queda de 0,19%.

Também no bloco das altas, destaque para a JHSF, que anunciou ao mercado que seu aeroporto executivo recebeu autorização para operar voos internacionais. Como reflexo da notícia, os papéis da companhia fecharam em alta de 6,23%.

Por outro lado, a principal baixa do dia foi nos papéis do Banco Inter, que registram queda de 3,45%, após um último pregão de valorização.

Dólar abaixo de R$ 5

A animação com a possível chegada de capital estrangeiro, atraído pela alta dos juros referenciados na Selic de 4,25% ao ano, mantém o dólar abaixo de R$ 5 há três dias.

Nesta quinta-feira, a moeda americana fechou em baixa também como reflexo do relatório de inflação do BC.

Especialistas dizem que investidores estrangeiros ainda permanecem fora, como mostram dados cambiais que indicam fluxo financeiro negativo, de acordo com Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest.

As condições de atração de capital, para ela, vão além de taxas de juro atraentes, já que os fatores de risco interno, políticos e econômicos, continuam muito grandes.

Os investidores sabem também que, se o fator de atração for o juro externo, o capital estrangeiro que aportar no País tomará o rumo da renda fixa, principalmente os títulos da dívida pública federal.

Além de taxas de juros mais elevadas que a Selic em títulos de vencimentos mais longos, a preocupação com o risco desses papeis ficou menor depois da definição do Orçamento para este ano e do aumento de receitas com arrecadação de impostos.

Relatório Trimestral de Inflação

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, o BC voltou a indicar um novo aumento de 0,75 ponto percentual na Selic, taxa básica de juros do País, em agosto, chegando a 5,25%. Porém, deixa a porta aberta para um aperto maior se necessário. E manteve a expectativa de 5,80% para o IPCA em 2021.

A autoridade enfatizou que uma "deterioração de expectativa de inflação pode exigir redução mais tempestiva de estímulos", abrindo espaço para um aperto monetário mais agressivo, como já tinha feito a ata do Copom na última terça-feira, 22.

O BC também repetiu que uma reversão, ainda que parcial, da alta recente nos preços das commodities internacionais em moeda local "produziria inflação abaixo do cenário básico".

Mercado americano em alta

No cenário externo, as bolsas de Nova York fecharam em alta, com o mercado fazendo a leitura de alguns indicadores, como os pedidos semanais de auxílio desemprego e o PIB do 1º trimestre, além das falas de dirigentes do Fed.

Os índices S&P 500 e Dow Jones registraram elevação de 0,58% e 0,95%, enquanto o Nasdaq 100, avançou 0,64%.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu 7 mil na semana encerrada em 19 de junho, a 411 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados pelo Departamento do Trabalho americano.

O resultado frustrou analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda mais acentuada, de 380 mil. O total de pedidos da semana anterior foi revisado para cima em 6 mil, a 418 mil.

Já o número de pedidos continuados teve queda de 144 mil na semana encerrada em 12 de junho, a 3,390 milhões. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso.

Já o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada de 6,4% no primeiro trimestre de 2021, de acordo com a terceira e última estimativa do indicador comunicada pelo Departamento do Comércio do país. O resultado confirmou as duas leituras preliminares anteriores e veio em linha com a expectativa dos analistas.

O Departamento do Comércio informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu à taxa anualizada de 3,7% entre janeiro e março. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, avançou 2,5% no mesmo intervalo. Ambas as leituras confirmaram estimativas publicadas um mês atrás.

Além disso, informou que as encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos avançaram 2,3% em maio ante abril, para US$ 253,3 bilhões, a. O resultado veio pouco abaixo das expectativas dos analistas, que previam avanço de 2,6%. Excluindo-se o setor de transportes, as encomendas de bens duráveis subiram 0,3% no período.

Três representantes da autoridade monetária americana, que votam nas reuniões de política monetária deste ano, devem trazer seus comentários. Thomas Barkin, de Richmond; Raphael Bostic, de Atlanta; e John Williams, de Nova York.

Além disso, ficam no radar as discussões sobre o pacote de infraestrutura dos EUA. Na véspera, um grupo bipartidário uniu-se à Casa Branca e chegaram a acordo por oferta de pacote de infraestrutura, que deve ser discutido hoje, de acordo com o senador da oposição, Mitch Romney.

Para o sócio fundador do Projeto Os 10% escola de traders, André Machado, a postura “bipolar” do Fed tem causado um efeito de sobe e desce nas bolsas.

“Enquanto Biden sinaliza que a inflação é temporária e que não haverá retirada de estímulos tão cedo, outros dirigentes do Fed se colocam em favor de aumento de juros já no próximo ano e da realização de tapering a qualquer momento”, aponta.

Segundo Machado, isso mostra que o Fed está em uma sinuca de bico. “Sabemos que é necessário combater a inflação e a retirada de estímulos porque está provocando uma tomada de riscos como se não houvesse amanhã”.

O cenário antagônico é vivenciado na própria bolsa de Nova York, com uma disparidade entre os recordes históricos de indicadores importantes como o S&P 500 e o volume de dividendos pagos.

“Nós estamos vivendo uma temporada de recordes históricos em termos de valorização, como é o caso do S&P 500. Porém, quando se olha a distribuição de dividendos, estão nas mínimas histórias”, analisa.

CPI da Covid:  Werneck e Hallal

Os investidores acompanham os desenrolar dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado que a cada dia avança novos passos.

Nesta quinta-feira, a comissão ouve a diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, que também é representante do Movimento Alerta, e o epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal.

Críticos das posições adotadas pelo governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia, a dupla deve abordar dados sobre as mortes por covid-19 no País e falar sobre a relevância das medidas não farmacológicas no enfrentamento à crise sanitária.

Inicialmente, os depoimentos de Werneck e Hallal estavam previstos para a próxima sexta-feira, 25, mas foram antecipados pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz. Com a decisão, a oitiva do assessor especial para assuntos internacionais da presidência, prevista para hoje, será remarcada.

Uma das convocações aprovadas foi a do tenente-coronel Alex Lial Marinho, ex-coordenador-geral de logística de insumos estratégicos do Ministério da Saúde, assim como a quebra de sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático. Documentos recebidos pela CPI apontam que o ex-coordenador teria “atuado fortemente” pela entrada da vacina indiana Covaxin no Brasil.

O Executivo adquiriu o imunizante por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante.

Com o mesmo objetivo de apurar as circunstâncias da negociação, a CPI aprovou o convite para que o deputado Luis Miranda, e seu irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, prestem depoimento à comissão. Luis Ricardo é servidor do Ministério da Saúde. A oitiva acontece na próxima sexta-feira, 25.

Bolsas asiáticas fecham mistas

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta quinta-feira, após operarem dentro de uma faixa estreita, seguindo comportamento semelhante ao de Wall Street e adotando tom cauteloso antes de novos dados de inflação dos EUA.

O índice japonês Nikkei ficou estável em Tóquio hoje, em 28.875,23 pontos, e o chinês Xangai Composto também praticamente não se alterou, com alta marginal de 0,01%, aos 3.566,65 pontos.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 0,23% em Hong Kong, aos 28.882,46 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,30% em Seul, ao nível recorde de 3.286,10 pontos.

O Taiex avançou 0,41% em Taiwan, aos 17.407,96 pontos, mas o Shenzhen Composto - índice chinês de menor abrangência - recuou 0,50%, aos 2.415,36 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana foi para o vermelho na última hora do pregão, embora o governo local tenha decidido contra a imposição de um lockdown para conter a covid-19 em Sydney, cidade mais populosa do país. O S&P/ASX 200 caiu 0,32%, aos 7.275,30 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

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