Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta terça-feira, 12 de abril
Investidores repercutem a inflação americana de março, em linha com o esperado, mas que pode levar o Fed a intensificar o aperto monetário
A Bolsa opera em alta firme nesta terça-feira, 12, com os investidores às voltas com a repercussão dos dados da inflação americana de março, divulgadas pelo Departamento do Trabalho dos EUA durante a manhã.
Contribuem para o clima positivo o avanço de mais de 1% das ações da Petrobras e da Vale, em dia de alta no preço do petróleo e minério de ferro. Às 14h21, o Ibovespa subia 0,50%, aos 117.542 pontos, e o dólar recuava 0,26%, cotado a R$ 4.678.
A inflação americana, medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), avançou 1,2% em março ante fevereiro (0,8%), em linha com as estimativas dos analistas, que esperavam alta de 1,1%. Em 12 meses, o indicador atingiu 8,5%, o maior valor desde dezembro de 1981.
O resultado mais acentuado, apesar de ter vindo dentro das estimativas do mercado, joga lenha na fogueira do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que, na ata da última reunião do Fomc (Copom americano), adotou um tom mais duro na condução da política monetária com o intuito de frear a inflação.
Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, os juros nos EUA vão subir “mais rápido do que a gente esperava e vamos ter efeito secundário no Brasil, já que temos inflação alta e o BC talvez não consiga parar de subir juros na próxima reunião.
Já o BTG Pactual acredita que a inflação persistente “deve contribuir para o speech de alta de 50 bps em maio, bem como manter o cenário de CPI no final do ano mais próximo de 5% do que 4%”.
Brasil: queda no volume de serviços
No ambiente doméstico, o mercado digere os dados sobre o setor de serviços, cujo volume prestado caiu 0,2% em fevereiro ante janeiro, segundo dados do IBGE também publicados durante a manhã.
O resultado de fevereiro ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas o, que previam uma alta entre 0,3% a 1,8%, com mediana positiva de 0,7%, o que aponta um desaquecimento da economia.
A taxa acumulada no ano - que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior - foi de alta de 8,4%. Em 12 meses, os serviços acumulam avanço de 13%.
Juros futuros
Os juros futuros seguem mistos nesta terça-feira. Por volta das 14h10, a taxa do contrato de depósito na abertura do dia. O DI para janeiro de 2025 caía para 11,92%, de 11,97%, e o para janeiro de 2023 caía para 13,07%, de 13,09% no ajuste anterior.
Sobe e desce da Bolsa
Maiores altas
Cogna (COGN3) | +4,87% |
Americanas S.A (AMER3) | +4,23% |
Cielo (CIEL3) | +5,19% |
Ultrapar (UGPA3) | +3,80% |
Grupo Soma (SOMA3) | +3,13% |
Maiores baixas
Banco Inter (BIDI11) | -7,01% |
Méliuz (CASH3) | -3,18% |
Marfrig (MRFG3) | -3,63% |
Minerva (BEEF3) | -3,24% |
B3 (B3SA3) | -2,76% |
Mercado internacional
Bolsas americanas/principais índices
- S&P 500: -0,07%
- Dow Jones: -0,02%
- Nasdaq 100: +0,07% (dados atualizados às 14h55)
Bolsas europeias/fechamento
- Stoxx 600 (Europa): -0,35% (456,64 pontos)
- DAX (Frankfurt): -0,48% (14.124 pontos)
- FTSE 100 (Londres): -0,55% (7.576 pontos)
- CAC 40 (Paris): -0,28% (6.537 pontos)
Bolsas asiáticas/fechamento
- Xangai Composto (China continental): +1,46% (3.213 pontos)
- Shenzhen Composto (China continental): +1.81% (2.047 pontos)
- Hang Seng (Hong Kong): +0,52% (21.319 pontos)
- Nikkei (Tóquio): -1,81% (26.334 pontos)
- Kospi (Seul): -0,98% (2.666 pontos)
- Taiex (Taiwan): -0,34% (16.990 pontos)
- S&P/ASX 200 (Sydney): -0,42% (7.454 pontos)
Com Agência Estado