IPC – Índice de Preços ao Consumidor
O que é o IPC - Índice de Preços ao Consumidor?
Índice de Preços ao Consumidor, mais conhecido pela sigla IPC, é o nome dado a um tipo específico de índice de preços elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (o IBRE. Além dele, existem ainda outros importantes índices levantados pela mesma organização, como é o caso do IPA, do IGP e do INCC.
Antes de debatermos mais a fundo a respeito do IPC, é importante que você tenha clareza sobre o que são os índices de preço, quais são os seus objetos de estudos (isto é, o que eles avaliam) e as consequências que trazem para a sua vida e para a sociedade, de modo geral. Por isso, apresentamos esse conhecimento já neste tópico.
Por definição, um índice de preço se dedica a mensurar o comportamento dos preços em determinado setor ou categoria. Como as cotações são tidas como o espelho mais preciso da balança da oferta e da demanda, expressando em sua evolução quando há queda ou aumento em um dos lados e como isso se relaciona com todas as outras atividades econômicas, os indicadores baseados nos preços são ferramentas fundamentais quando se trata de entender a circulação da riqueza em uma localidade.
Não à toa, além dos relatórios distribuídos gratuitamente pelo IBRE como bens públicos, empresas públicas e privadas contratam a organização para produzir outros índices financeiros mais específicos.
No caso desses índices contratados, os objetos de estudo podem ser os mais variados - depende muito da necessidade daquela companhia. Já no caso do IPC, o objeto é claro: os bens de consumo. A única exceção aqui, é para os produtos finais que ainda são comercializados entre as empresas a título de revenda - nesses casos, a variação de preços se enquadra em outro índice: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (o IPA).
Caso você não esteja familiarizado com essa definição de bens, o bem de consumo é aquele que se destina ao consumidor final - como você, seus familiares, seus amigos e até os colegas de trabalho. Qualquer pessoa tem necessidades que só são satisfeita a partir da compra de determinados produtos.
Se ela tem fome, compra um alimento - desde aquele lanche enorme da lanchonete da esquina, até a carne do açougue ou o pacote de arroz vendido no mercado. Se tem sede, uma garrafa d'água ou um copo de refrigerante é buscado. Se tem frio, compra um casaco; se tem calor, um short. Não há limites para essa lista.
E justamente para mensurar como os preços progridem quando se trata dos produtos oferecidos ao consumidor final, assim como do comportamento de consumo como atividade econômica, que o IPC existe.
Como funciona o IPC - Índice de Preços ao Consumidor?
Como você já sabe, o IPA mede essencialmente a variação dos preços dos bens de consumo. O que você não sabe (ainda) é que essa mensuração é feita baseada em 8 grupos de produtos diferentes: Alimentação, Comunicação, Educação, Habitação, Leitura e Recreação, Saúde e Cuidados Pessoais, Transportes, Vestuário e outras Despesas Diversas.
Além disso, existem várias formas diferentes de se realizar essa mensuração, o que acaba resultando em 5 tipos de IPC: o IPC-DI, o IPC-M, o IPC-10, o IPC-3i, o IPC-S e o IPC-C1.
O IPC-DI (sigla para Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna) é medido com base na variação de preços entre o primeiro e o último dia do mês de referência, enquanto o IPC-10 foca no período entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês de referência.
Já o IPC-M (sigla para Índice de Preços ao Consumidor - Mercado) calcula a evolução entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês de referência, enquanto o IPC-S é medido semanalmente, nos dias 07, 15, 22 e 31.
Por fim, existem duas categorias que se destinam a objetos de estudo diferenciados. O IPC-3i mensura a variação de preços para os bens consumidos por pessoas da terceira ideia. O IPC-C, por sua vez, foca nas famílias com renda entre 1 (um) e 2,5 (dois e meio) salários mínimos mensais.