IPA – Índice de Preços ao Produtor Amplo

O que é o IPA - Índice de Preços ao Produtor Amplo?

Índice de Preços ao Produtor Amplo, mais conhecido pela sigla IPA, é o nome dado a um tipo específico de índice de preços elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (o IBRE). Além dele, existem ainda outros importantes índices levantados pela mesma organização, como é o caso do IPC, do IGP e do INCC.

Antes de debatermos mais a fundo a respeito do IPA, é importante que você tenha clareza sobre o que são os índices de preço, quais são os seus objetos de estudos (isto é, o que eles avaliam) e as consequências que trazem para a sua vida e para a sociedade, de modo geral. Por isso, apresentamos esse conhecimento já no seguinte tópico.

O que é um índice de preços? Qual é o objeto de estudo do IPA?

Por definição, um índice de preço se dedica a mensurar o comportamento dos preços em determinado setor ou categoria. Como as cotações são tidas como o espelho mais preciso da balança da oferta e da demanda, expressando em sua evolução quando há queda ou aumento em um dos lados e como isso se relaciona com todas as outras atividades econômicas, os indicadores baseados nos preços são ferramentas fundamentais quando se trata de entender a circulação da riqueza em uma localidade. 

Não a toa, além dos relatórios distribuídos gratuitamente pelo IBRE como bens públicos, empresas públicas e privadas contratam a organização para produzir outros índices financeiros mais específicos. 

No caso desses índices contratados, os objetos de estudo podem ser os mais variados - depende muito da necessidade daquela companhia. Já no caso do IPA, o objeto é claro: os bens de produção e os bens de capital. Para deixar claro, os bens de consumo só entram para a conta quando ainda estão sendo comercializados a título de revenda, visto que o IPA tem como objetivo mensurar as transações comerciais realizadas entre as empresas, e não das empresas para os consumidores finais. 

Caso você não esteja familiarizado com essas definições de bens, saiba que é fácil entender:

• Os bens de produção são aqueles usados pelas empresas para produzir outros produtos. É o caso do leite que se transforma em queijo e do parafuso que, juntamente com outros componentes, se transforma no carro;
• Os bens de capital não são transformados nem inseridos, mas auxiliam na produção desses novos produtos. É o caso, por exemplo, da máquina usada na fábrica e do trator arrozeiro que colhe o arroz nas plantações;
• Os bens de consumo são aqueles destinados já ao consumidor final. É o queijo que você come, o carro que você compra e no qual você se locomove, o arroz servido no seu jantar, a roupa que está vestindo etc.

Como funciona o IPA - Índice de Preços ao Produtor Amplo?

Como você já sabe, o IPA mede essencialmente a variação dos preços dos produtos agropecuários e industriais. O que você não sabe (ainda) é que essa mensuração é feita de 3 formas diferentes, resultando assim em 3 tipos de IPA: IPA-10, IPA-M e IPA-DI.

O IPA-10 é medido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês de referência. Isso quer dizer que o IPA-10 referente ao mês de fevereiro expõe a variações de preços entre 11 de janeiro e 10 de fevereiro.

Já o IPA-M (sigla para Índice de Preços ao Produtor Amplo - Mercado) calcula a evolução entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês de referência. Novamente, se estamos tratando do IPA-M referente ao mês de fevereiro, a variação de preços exposta será do período entre 21 de janeiro e 20 de fevereiro.

Por fim, há o IPA-DI (sigla para Índice de Preços ao Produtor Amplo - Disponibilidade Interna). De forma bem simples, o IPA-DI é medido com base no período entre o primeiro e o último dia do mês de referência - seguindo o nosso exemplo, de 1 a 28 (ou 29) de fevereiro.