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Foto: anna-nekrashevich
Mercado Financeiro

Bolsa fecha em alta de 0,81% com recuperação de Vale e bancos

A Bolsa encerrou o pregão desta quarta-feira, 26, em alta de 0,81%, aos 123.989,17 pontos. O mercado respondeu positivamente às recuperações da Vale, que avançou 2,80%,…

Data de publicação:26/05/2021 às 10:59 -
Atualizado 2 anos atrás
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A Bolsa encerrou o pregão desta quarta-feira, 26, em alta de 0,81%, aos 123.989,17 pontos. O mercado respondeu positivamente às recuperações da Vale, que avançou 2,80%, e dos Bancos, ativos com participação elevada na carteira teórica do Ibovespa.

A mineradora operou em linha com os contratos futuros do minério de ferro, que se valorizaram, apesar do imbróglio associado às recentes intervenções do governo chinês em seu mercado para frear o aumento de preços da matéria-prima. O dólar à vista caiu 0,45%, cotado a R$ 5,313.

Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

Depois de amargarem queda de 6% no começo da tarde, contratos futuros de minério de ferro negociados na bolsa de Dalian iniciaram processo de recuperação e praticamente zeraram as perdas, fato que contribuiu para o movimento de alta das ações da Vale.

Os papéis dos grandes bancos tiveram dia de ganhos e ajudaram a puxar a alta do Ibovespa. As ações do Itaú subiram 1,27%. O Bradesco registrou elevação de 2,13%. Na mesma trilha, o Banco do Brasil, avançou 1,26%.

Mais vagas

Além disso, o Ministério da Economia divulgou os números atualizados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que trouxe notícias que apontam alguma recuperação econômica do País. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2021, o saldo do cadastro é positivo em 957.889 vagas.

"Chegamos a um total 1,2 milhão de empregos destruídos na primeira onda da pandemia de covid-19 e desde então continuamos uma recuperação que prossegue", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes. "Isso totaliza a criação de 2,2 milhões de empregos desde de julho do ano passado. Criamos 1 milhão de empregos nos últimos quatro meses de 2020 e criamos quase 1 milhão nos primeiros quaro meses deste ano", complementou.

Para Guedes, o ritmo de criação de vagas continua, mas foi mais lento em abril devido ao impacto da segunda onda da pandemia.

"Em abril, foi o grande impacto, quando as mortes atingiram o pico dessa segunda onda. O distanciamento social e a prudência levaram uma retração no ritmo de criação de vagas, mas ainda assim o mercado prossegue forte. Em contraste com o choque da primeira onda, dessa vez criamos vagas graças também ao avanço das vacinas", acrescentou.

Dólar em baixa

O dólar operou em baixa nesta quarta-feira. A moeda americana acompanhou a tendência negativa ante outras divisas emergentes e ligadas a commodities, como peso mexicano, diante do apetite por risco que apoia alta dos futuros de Nova York. O dólar à vista caiu 0,45%, cotado a R$ 5,313.

Sobe e desce na B3

Seguindo a esteira da Vale, as siderúrgicas também operam em alta na tarde desta quarta-feira. A CSN obteve ganhos de 1,35%. Os papéis da Gerdau avançaram 1,08% e os da Usiminas, 0,9%.

O setor aéreo também conquiatou resultados positivos na Bolsa. Após rumores sobre a intenção de compra da operação brasileira da Latam, a Azul viu seus papéis valorizarem 11,3%.

As ações da Gol também registraram alta de 7,18%, reflexo do aumento da taxa de ocupação de suas aeronaves divulgada nesta quarta-feira.

Na contramão, após o anúncio de que a Alelo terá uma plataforma de adquirência, as ações da Cielo fecharam em queda de 1,95% nesta quarta-feira.

O assunto trouxe a tona a possibilidade de cisão entre o Bradesco e o Banco do Brasil, controladores da Cielo e também da Alelo.

Wall Street no positivo

No cenário externo, as bolsas de Nova York operam em alta nesta quarta-feira, com os investidores repercutindo os dados de indicadores econômicos abaixo das expectativas e e a fala do vice-presidente do Fed, Richard Clarida, de que a autoridade financeira pode conter o aumento da inflação sem prejudicar a economia do país.

O índice S&P 500 teve leve alta de 0,19%, com Dow Jones na mesma esteira, com valorização de 0,03%, e Nasdaq, com ganhos de 0,36%.

O humor do mercado melhorou após o vice-presidente do Fed, Richard Clarida, reforçar que a inflação é transitória nos EUA, o que acaba aliviando as apostas de aumento dos juros nos EUA ao final do ano que vem e pressionando o dólar.

No entanto, investidores continuam de olho na inflação, após dados acima do esperado nos EUA em abril, e outros gatilhos que possam estimular a retirada de estímulos antes do esperado, como dados de desemprego no país.

Analistas avaliam que os riscos inflacionários começam a ameaçar a recuperação da maior economia do planeta. De acordo com o sócio da Wisir Research, Filipe Teixeira, os sinais de aceleração da inflação estão fazendo com que os investidores repensem as perspectivas em torno de novos estímulos.

“A questão é por quanto tempo o Fed e outros bancos podem manter uma política monetária estimulante em vigor se os dados econômicos continuarem a mostrar pressões sobre os preços”, afirma Teixeira.

Além disso, os investidores aguardam avanço nas negociações sobre novo pacote de apoio ao setor de infraestrutura dos EUA.

Os senadores republicanos estão elaborando uma oferta de infraestrutura de quase US$ 1 trilhão para apresentar à Casa Branca no final desta semana.

Trata-se de um aumento substancial de seu plano original de US$ 568 bilhões, na esperança de sustentar negociações bipartidárias que enfrentaram obstáculos na semana passada.

Perspectivas econômicas otimistas

Para Thomas Giuberti, economista e sócio-fundador da Golden Investimentos, o sentimento é positivo com a perspectiva de recuperação econômica. Inclui-se a isso o andamento da reforma administrativa e o aguardo dos novos dados do Caged do mês passado, que serão divulgados nesta quarta-feira.

“Isso é reforçado pelas seguidas revisões nas previsões do PIB, o que anima os negócios na Bolsa. Cedo ou tarde, o Ibovespa deve buscar patamares mais elevados”, aponta.

A narrativa predominante entre analistas e profissionais de mercado é de aposta na melhora do PIB, um movimento de alta que deve se fortalecer à medida que as regras de isolamento e de mobilidade forem relaxadas.

Outro fator que animou o mercado financeiro foi a inflação de 0,44% calculada pelo IPCA-15 em maio. Embora seja a maior para o mês, desde 2016, a taxa veio abaixo das expectativas, entre 0,50% e 0,55%, o que, para especialistas, deve reduzir a pressão sobre o Banco Central por uma elevação mais forte da taxa básica de juros, a Selic.

Esse possível cenário, de acordo com o sócio-fundador da Golden Investimentos, já passou a atrair o interesse de investidores para ações de empresas de segmentos considerados mais promissores, porque mais sensíveis à expansão do PIB, principalmente dos setores de varejo ligadas ao consumo.

Revisão do PAF

No mercado local, a revisão do Plano Anual de Financiamento (PAF) pelo Tesouro Nacional está no radar dos investidores, que acontece às 14h30, assim como falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em live, às 17h.

Na véspera, Campos Neto disse que "o cenário atual continua indicando para um processo de normalização parcial, com manutenção de algum estímulo monetário".

A agenda traz ainda a nota do setor externo de abril (9h30) e os dados do Caged do mês passado, que serão comentados em entrevista do ministro da Economia, Paulo Guedes, às 12h30.

Guedes admitiu que pode haver prorrogação do auxílio emergencial. "Se a pandemia continuar conosco, temos que ir renovando as camadas de proteção. Se a pandemia recua, nós podemos já passar para o Bolsa Família (reformulado)", disse.

O ministro da Economia também afirmou que o governo irá reduzir o IPI sobre produtos de linha branca, outro ponto a ser monitorado em meio aos temores de que o governo caminhe cada vez mais para o populismo com a piora da popularidade do presidente Jair Bolsonaro e eleições em 2022, ameaçando o cenário fiscal.

Sobre o PAF, analistas do mercado esperam que o Tesouro Nacional aumente a parcela de títulos indexados à inflação e diminua os prefixados na revisão do programa, se alinhando ao movimento visto nas emissões dos últimos dez leilões diante das preocupações com a inflação e com ciclo de alta da Selic em curso.

Reforma tributária: ‘passaporte’

Dividindo as atenções do mercado no âmbito interno, a reforma tributária foi comentada na véspera pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante evento do BTG Pactual.

Segundo o ministro, a reforma tributária será "muito simples" e que é a que "dá para fazer". Ele voltou a falar em reduzir o IPI sobre produtos de linha branca - medida adotada em governos petistas para estimular o consumo.

O ministro disse ainda que o governo e o Congresso lançarão o "passaporte tributário", uma medida nos moldes de um Refis para renegociar dívidas tributárias com descontos significativos. "Dá desconto de 70%, o cara paga", exemplificou Guedes.

O tema foi tratado na última segunda-feira em reunião na residência oficial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco."(Com o passaporte) Os pequenininhos você alivia, deixa seguir a vida", disse Guedes.

Bolsas asiáticas fecham sem direção única

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única e com variações modestas nesta quarta-feira, após dirigentes do Federal Reserve reafirmarem uma postura de política monetária acomodatícia, ajudando a reduzir temores sobre pressões inflacionárias.

O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,31% em Tóquio hoje, aos 28.642,19 pontos, enquanto o Hang Seng avançou 0,88% em Hong Kong, aos 29.166,01 pontos, e o Taiex registrou alta de 0,29% em Taiwan, aos 16.643,69 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto se valorizou 0,34%, aos 3.593,36 pontos, renovando máxima em três meses, mas o Shenzhen Composto teve perda marginal de 0,06%, a 2.380,56 pontos.

Já o mercado sul-coreano ficou levemente no vermelho, com queda de 0,09% do Kospi, aos 3.168,43 pontos, após um pregão volátil.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou em território negativo hoje, influenciada por ações de mineradoras e petrolíferas. O S&P/ASX 200 caiu 0,32% em Sydney, aos 7.092,50 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires). / / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Julia Zillig
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