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Ações do BTG Pactual caem quase 3% após anúncio sobre a compra do Banco Econômico
Empresa

Itaú BBA: varejo, utilities e bancos se destacam no 2º tri; confira as empresas que brilharam

Companhias seguradoras e operadoras de saúde foram fortemente prejudicadas pela pandemia

Data de publicação:27/08/2021 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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A temporada de balanços corporativos do segundo trimestre terminou. Além de uma overdose de números, mostrou para onde caminham as empresas.

De acordo com os analistas Pedro Leduc e Victor Natal, do Itaú BBA, no geral o tom foi positivo, com destaque para os setores de varejo alimentar, utilities e bancário.

Foto: Assaí/Divulgação
No varejo de alimentos, no atacarejo, o Assaí foi um dos destaques em resultados do segundo trimestre - Foto: Reprodução

Após um período muito difícil, que levou os resultados de grande parte das empresas para o chão – portas fechadas, demanda totalmente desaquecida, entre outros fatores – os dados apresentados no período, de acordo com os especialistas, corroboram um processo de recuperação relativamente acelerado para boa parte das empresas, com algumas já retomando níveis operacionais pré-pandemia.

As empresas que foram surpresas positivas

Segundo o Itaú BBA, a mudança de hábitos imposta pela pandemia da covid-19 aos consumidores beneficiou o segmento do varejo de alimentos. “O isolamento tem feito com que os brasileiros optem por ficar mais em casa, preferindo recorrer aos supermercados em substituição à alimentação fora do domicílio”, destaca.

O setor de utilities – indústria de serviços essenciais como água, gás e energia - surpreendeu positivamente os analistas da casa de análise.

“Foram destaque, particularmente, as distribuidoras e geradoras que tinham energia disponível para venda, além daquelas com uma matriz ligada a fontes térmicas e renováveis, beneficiadas pelo contexto de um cenário hidrológico desafiador”, apontam os analistas.

Já o setor bancário trouxe resultados robustos, incluindo não somente os grandes bancos, mas também os médios e instituições financeiras de investimento, de acordo com o Itaú BBA.

“O crescimento da carteira de crédito foi, em média, 10% superior na comparação com o segundo trimestre do ano passado, puxado por linhas ligadas à pessoa física, como os cartões de crédito”, enfatizam os analistas em relatório. A inadimplência controlada também é destacada porque "ilustra a qualidade dessas carteiras”.

Apesar do lockdown implementado entre março e abril por conta da pandemia, o setor de shoppings também apresentou bons números, avalia o Itaú BBA. Porém, o efeito da redução das restrições de funcionamento e do processo gradual de reabertura econômica ajudaram a reverter as perdas.

A indústria de proteína animal, com exposição ao mercado americano, foi beneficiada no período, de acordo com o relatório, pelos preços mais altos da carne e do “super ciclo” do gado americano, “que garantiu um preço mais vantajoso”.

Empresas que frustraram o mercado

Por outro lado, a temporada de balanços também revelou alguns resultados que frustraram os analistas, como no mercado de distribuição de combustíveis e das companhias de alimentos e bebidas mais expostas ao mercado doméstico.

Em relação ao setor de alimentos, os analistas do Itaú BBA destacam que essas companhias sofreram no período com os preços altos das commodities, principalmente gado e grãos.

As seguradoras e operadoras de planos de saúde também seguiram na esteira de números abaixo do esperado. Segundo os especialistas do banco, essas empresas foram penalizadas pelo aumento de sinistros e dos custos com internações em decorrência da covid-19.

Retomada econômica

Com o arrefecimento da segunda onda da covid-19 e a intensificação da vacinação no País, os analistas da casa observaram que, nos últimos meses, os investidores posicionaram seus investimentos em ações mais ligadas a teses de crescimento, apostando na retomada da economia. Na opinião de Leduc e Natal, essa alocação se mostrou acertada.

Porém, o cenário macroeconômico doméstico tem trazido outros desafios para o mercado de renda variável, por conta do aumento expressivo da inflação - já existem casas de análise apostando em um IPCA bem próximo de dois dígitos para o final deste ano - intensificação do ciclo da alta de juros e redução das projeções de crescimento do PIB.

“Adiciona-se a isso o risco de uma terceira onda da covid-19, além do ambiente internacional menos favorável, com a retirada de estímulos nos Estados Unidos”, complementam.

Por conta desse contexto, os analistas do Itaú BBA acreditam que os investidores voltarão a olhar também para os papéis de empresas consolidadas, que tem maior valor de mercado, buscando ativos que proporcionem menor risco em um ambiente volátil.

“Se antes eles acreditavam numa carteira mais concentrada em ações de crescimento, hoje defendem um balanceamento entre companhias de valor e de crescimento”, reforça o BBA.

As escolhidas

Entre todas as análises dos balanços corporativos da última temporada, Pedro Leduc e Victor Natal, do Itaú BBA, destacaram cinco empresas que tiveram uma performance que chamou a atenção deles.

No setor financeiro, na visão deles, o BTG Pactual ganhou relevância pois gera resultados por “conta própria”, estando menos dependente do cenário macroeconômico. “O banco consegue crescer ganhando participação de mercado em novos produtos e serviços. É ainda uma ação que proporciona exposição indireta ao Banco Pan, outra tese que agrada nosso time de análise”, avaliam os especialistas.

Em energia, a Equatorial Energia, segundo o Itaú BBA, trouxe resultados muito fortes e tem capacidade comprovada de recuperar operações após adquiri-las, como é o caso da Celpa. “A empresa tem mostrado interesse em diversificar suas atividades. O mercado deve ficar atento à possível entrada no segmento de saneamento, por meio de leilões”.

Seguindo a tese mencionada acima sobre a exposição ao mercado americano de proteína animal, a JBS, de acordo com o banco, apresentou a melhor alocação de capital do setor e grande exposição aos Estados Unidos, “o que é muito benéfico no atual ciclo de preço do gado americano”.

No varejo de alimentos, no segmento de atacarejo, o Assaí foi um dos que chamou a atenção dos analistas da casa, por ter entregue “ótimos resultados, mesmo com uma base de comparação anual desafiadora – os números do segundo trimestre do ano passado foram muito fortes”.

Segundo Leduc e Natal, a ação da companhia hoje tem o melhor múltiplo ajustado em crescimento do setor.

Ainda no varejo, mesmo não integrando nenhum dos segmentos destacados, a Vivara apresentou bons números, que refletiram a mudança de comportamento na pandemia: o redirecionamento de gastos com lazer e viagens para outros itens, como as joias. “A Vivara mostrou uma atuação surpreendente no canal de vendas-online”, ressaltaram.

Sobre o autor
Julia Zillig
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