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Focus: projeção para a inflação em 2022 sobe de 7,46% para 7,65% e segue longe da meta
Mercado Financeiro

Em semana, com a aprovação da PEC dos Precatórios, Bolsa sobe 2,78%; dólar sobe 0,78% por cautela com ômicron

Nesta sexta-feira, 03, o Ibovespa avançou 0,58%

Data de publicação:03/12/2021 às 18:45 -
Atualizado um ano atrás
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Em uma semana bastante agitada, a Bolsa de Valores fechou em alta de 2,78% em relação à última sexta-feira, após atingir a maior alta em 18 meses, 3,66%, na véspera. No pregão dessa sexta-feira, a divulgação de fracos dados econômicos domésticos não foi o suficiente para derrubar o Ibovespa e o índice subiu 0,58%, aos 105.070 pontos, com os investidores ainda otimistas com a aprovação da PEC dos Precatórios na última quinta-feira, 02.

A alta da Bolsa no dia chegou a ser ainda mais expressiva e o Ibovespa chegou a bater 106.814 pontos. No entanto, conforme explica o analista da Clear Corretora, Rafael Ribeiro, a maior aversão ao risco no exterior, com as bolsas americanas derretendo em decorrência de novos dados desanimadores sobre a economia americana (a criação de vagas de emprego ficou abaixo do esperado) e refletindo, também, a cautela com a ômicron, nova variante do coronavírus, levaram o principal índice da B3 a devolver boa parte da valorização do pregão.

Bolsa em queda
Bolsa fechou em alta na semana

O dólar, que na véspera caiu repercutindo a aprovação da PEC, não seguiu o mesmo movimento nesta sexta-feira, 03, e fechou em alta de 0,13%, cotado a R$ 5,65. Os temores com a quarta onda de covid-19 ao redor do mundo fizeram com que a moeda americana subisse 0,78% em relação ao real em uma semana. Por ser considerado uma moeda segura, o dólar se torna uma das principais opções dos investidores em momentos de incerteza.

O dia na Bolsa

No cenário interno, a pauta fiscal segue no radar dos investidores após a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado Federal. A proposta, que visa abrir espaço no Orçamento da União de 2022 para o financiamento das parcelas de R$ 400 do Auxílio Brasil, retorna agora para a Câmara dos Deputados, para que as alterações feitas no texto sejam votadas e aprovadas.

Embora a PEC seja considerada uma manobra fiscal do governo federal e, mesmo aprovada, ela não remove as preocupações com a fragilidade das contas públicas, especialistas explicam que a proposta joga luz para o cenário fiscal brasileiro, o que ajuda a acalmar os ânimos dos investidores.

Além disso, o dia também foi marcado pela divulgação dos números da produção industrial de outubro, que caiu 0,6% ante setembro, enquanto o mercado esperava alta de 0,8%, aponta Ribeiro.

"Ou seja, nossa economia está desacelerando muito mais rápido do que o esperado, fato, que somado ao efeito dos seguidos aumentos de juros, deve, em teoria, frear a inflação pelo lado da demanda. Resta saber se haverá a mesma contribuição pelo lado da oferta, que foi a grande vilã dos preços neste ano", pontua o analista.

Sob tais perspectivas, os investidores passaram a esperar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) mantenha a palavra de que vai elevar a Selic, taxa básica de juros, em 1,5 ponto percentual na reunião da próxima semana, o que levou os contratos de juros futuros a fecharem majoritariamente em baixa nesta sexta-feira.

Com a curva de juros em baixa, Ribeiro explica que cresce o apetito à risco por parte dos investidores brasileiros, sobretudo no que diz respeito às ações de shoppings e construção civil, setores beneficiados pela queda nos juros. As construtora Cyrela e MRV saltaram 7,55% e 5,28%, enquanto as redes de shoppings Iguatemi e Multiplan avançaram 5,52% e 3,29%, na sequência.

O maior destaque do dia, no entanto, ficou por conta da Méliuz, que disparou 32,95% no pregão da Bolsa. A forte valorização veio depois da notícia de que a empresa bateu recorde histórico de vendas em novembro, com GMV de R$ 923 milhões, impulsionado sobretudo pela Black Friday da companhia, que é uma plataforma de marketplace com foco em cashback (dinheiro de volta).

Em contrapartida, JBS e Marfrig lideraram as quedas do dia, depois do Bradesco BBI rebaixar a classificação dos papéis das companhias de outperform para neutro.

"As margens da carne bovina dos EUA estão se deteriorando mais rapidamente do que esperávamos, caindo 44% no ano", comenta o analista do banco, Leandro Fontanesi, em relatório. "Embora a volatilidade continue no futuro, uma nova redução na oferta de gado pode levar os custos dos frigoríficos ainda mais para cima". As ações da Marfrig derreteram 8,31%, enquanto a JBS recuou 4,84%.

Cenário externo: Estados Unidos

No cenário externo, a sexta-feira foi mais um dia de baixa para as bolsas americanas, com os investidores repercutindo os dados de emprego (payroll) do país. Em novembro, o indicador veio bem abaixo do esperado pelo mercado: de acordo com dados do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, a economia local criou 210 mil empregos em novembro, enquanto as expectativas giravam em torno de 550 mil novos postos de trabalho.

Por um lado, os dados mostram que o país não está com uma retomada vigorosa da sua atividade. No entanto, por outro, sinaliza ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que não é necessário ter pressa para fazer a retirada de estímulos da economia. Além disso, o mercado segue cauteloso com a ômicron, esperando notícias mais concretas sobre os perigos da nova variante de covid-19 à saúde e à economia.

Neste contexto, os índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq 100 reportaram queda expressiva de 1,52%, 0,17% e 1,74%, respectivamente. Rafael Ribeiro considera que este é um "processo de correção natural após a forte alta acumulada em 2021".

Sobre o autor
Bruna Miato
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