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produção industrial
Economia

Produção industrial cai 0,6% em outubro ante setembro, revela IBGE

Em cinco meses, a indústria acumula perda de 3,7%

Data de publicação:03/12/2021 às 11:44 -
Atualizado 2 anos atrás
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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial caiu 0,6% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pela plataforma Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,7% a alta de 1,8%, com mediana positiva de 0,7%.

Em relação a outubro de 2020, a produção industrial caiu 7,8%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um recuo de 7,1% a 2,1%, com mediana negativa de 5,0%. A indústria acumula alta de 5,7% no ano de 2021. Em 12 meses, a produção acumula alta também de 5,7%.

Foto: Arquivo produção industrial
Foto: Arquivo

A queda registrada em outubro, no entanto, fez o setor acumular uma perda de 3,7% em cinco meses de recuos consecutivos, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. A última vez que a indústria mostrou uma sequência negativa tão longa foi em 2015, de fevereiro a julho, com perda acumulada na ocasião de 6,7%, contou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

Dos dez primeiros meses de 2021, a indústria cresceu em apenas dois deles: janeiro (0,2%) e maio (1,2%). Com o desempenho negativo de outubro, a indústria opera atualmente em patamar 4,1% inferior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. Quando ainda crescia, em janeiro, a indústria alcançou um saldo positivo de 3,7% em relação ao pré-covid.

Em outubro, a produção industrial estava 20,2% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011. O nível atual de produção é semelhante ao de dezembro de 2008, apontou André Macedo. "Mês a mês o setor vem perdendo intensidade, diminuindo seu patamar de produção", frisou o gerente.

Desempenho das categorias de produção industrial

A produção da indústria de bens de capital subiu 2,0% em outubro ante setembro, informou o IBGE. Na comparação com outubro de 2020, o indicador avançou 8,4%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) divulgada nesta sexta. No acumulado em 12 meses, houve elevação de 32,1% na produção de bens de capital.

Em relação aos bens de consumo, entretanto, a produção registrou queda de 0,6% na passagem de setembro para outubro. Na comparação com outubro de 2020, houve redução de 14,0%. No acumulado em 12 meses, a produção de bens de consumo cresceu 2,0%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, a produção recuou 1,9% em outubro ante setembro. Em relação a outubro de 2020, houve queda de 27,8%. Em 12 meses, a produção subiu 7,2%.

Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve redução de 1,2% na produção em outubro ante setembro. Na comparação com outubro do ano anterior, a produção caiu 10,3%. A taxa em 12 meses ficou positiva em 0,7%.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção caiu 0,9% em outubro ante setembro. Em relação a outubro do ano passado, houve uma queda de 6,3%. No acumulado em 12 meses, os bens intermediários tiveram alta de 4,8%.

O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou queda de 0,7% em outubro.

Produtividade do trabalho na indústria também cai

Além da produção industrial, a produtividade do trabalho na indústria de transformação também registrou queda. De acordo com o estudo Produtividade na Indústria, divulgado nesta sexta-feira, 3, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a produtividade caiu 1,3% no terceiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, na série livre de efeitos sazonais.

Medida como o volume produzido dividido pelas horas trabalhadas na produção, a produtividade retorna assim ao patamar mais baixo da série desde o início da pandemia da covid-19. Na mesma comparação entre os trimestres, o volume produzido caiu 1,9%, enquanto as horas trabalhadas tiveram recuo menor, de 0,6%.

De acordo com a CNI, o indicador está em queda desde o último trimestre de 2020. Se comparado com o terceiro trimestre de 2020, quando foi registrada a última alta do indicador, a perda acumulada chega a 7,6%. "Com isso, a produtividade retorna ao patamar do segundo trimestre de 2020, momento grave da crise causada pela pandemia, logo após seu início no Brasil", diz a entidade.

Essas quedas consecutivas refletem, segundo a gerente de política industrial da CNI, Samantha Cunha, o "ambiente de elevadas incertezas, prejudicial ao investimento e, consequentemente, à recuperação da produtividade". "No curto prazo, pesam dificuldades como a falta de insumos e a pressão sobre os custos de produção."

Em contrapartida, a indústria, no longo prazo, espera por uma melhora no indicador. "A expectativa é de retomada do crescimento da produtividade, puxada por oportunidades de investimentos nas novas tecnologias digitais, na implementação das redes 5G, considerada base para a digitalização, e em tecnologias verdes, que ganham importância diante da crise climática", afirma Samantha. / com Agência Estado

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