Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
produção industrial
Economia

Produção industrial cai 1,7% no terceiro trimestre, mostra IBGE

O resultado representa a terceira queda consecutiva do setor, segundo o instituto

Data de publicação:04/11/2021 às 12:35 -
Atualizado 3 anos atrás
Compartilhe:

A produção industrial recuou 1,7% no terceiro trimestre ante os três meses anteriores deste ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 4.

O resultado representa o terceiro trimestre seguido de perdas nesse tipo de comparação: no segundo trimestre, houve queda de 3,0%; no primeiro trimestre, houve recuo de 0,7%. Na comparação com a mesma base de 2020, a produção industrial caiu 1,1%.

Foto: Envato
Produção industrial caiu 1,7% no terceiro trimestre, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira, 4 - Foto: Envato

A queda de 0,4% na produção industrial em setembro ante agosto fez o setor acumular perda de 2,6% em quatro meses de recuos consecutivos. Dos nove primeiros meses de 2021, a indústria cresceu em apenas dois deles: janeiro (0,2%) e maio (1,2%).

Com o desempenho negativo de setembro, a indústria opera atualmente em patamar 3,2% inferior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia.

Ano passado

Quando ainda crescia, em janeiro, a indústria alcançou um saldo positivo de 3,5% em relação ao pré-covid. Em setembro, a produção industrial estava 19,4% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011. O nível atual de produção é semelhante ao de janeiro de 2009, apontou André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.

"Isso nos dá a dimensão do quanto o setor industrial já perdeu em anos anteriores e o quanto vem aprofundando essa perda ao longo de 2021", frisou Macedo.

Na categoria de bens de capital, a produção está 26,4% abaixo do pico registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 43,8% abaixo do ápice de junho de 2013.

Os bens intermediários estão 16,4% aquém do auge de fevereiro de 2011, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 16,0% inferior ao pico de junho de 2013.

O recuo de 0,4% na produção industrial em setembro ante agosto foi resultado de uma redução de ritmo em 10 dos 26 ramos pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Não houve predomínio de taxas negativas entre as atividades em setembro. É uma sinalização melhor", disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

 "Mas permanece a leitura geral de um setor industrial que vem marcando quedas em cima de quedas, aprofundando um resultado negativo frente ao pré-pandemia", completou.

Influências negativas

As principais influências negativas em setembro ante agosto foram de produtos alimentícios (-1,3%) e metalurgia (-2,5%). Outros efeitos negativos relevantes vieram de couro, artigos para viagem e calçados (-5,5%), outros equipamentos de transporte (-7,6%), bebidas (-1,7%), indústrias extrativas (-0,3%), móveis (-3,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,7%).

A produção de alimentos foi prejudicada pela menor produção de açúcar, devido a prejuízos na safra de cana-de-açúcar provocados por problemas climáticos, e pelo embargo da China à carne brasileira, justificou Macedo.

Ao contrário do que ocorreu em meses anteriores, a fabricação e veículos cresceu 0,2% em setembro, apesar dos empecilhos relacionados ao acesso a componentes para a produção de automóveis.

Embora tenha registrado desempenho positivo em setembro, o segmento de veículos ainda está 22,6% abaixo do patamar de produção de dezembro de 2020, apontou Macedo. Nos nove primeiros meses de 2021, os veículos registraram alta na produção apenas em abril (1,2%) e setembro (0,2%).

Entre as 14 atividades industriais com expansão em setembro ante agosto, os destaques foram produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,5%), outros produtos químicos (2,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,0%) e máquinas e equipamentos (1,9%).

Os aumentos também foram relevantes em celulose, papel e produtos de papel (1,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,7%) e produtos do fumo (6,6%). / com Agência Estado

Sobre o autor
Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!