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Fundos Imobiliários

Dividendos de fundos imobiliários batem recorde em março; veja as recomendações de FIIs da Guide

Entre os 6 preferidos da Guide, 3 são do segmento de recebíveis, além de FOFs e agências; confira os indicados

Data de publicação:19/04/2023 às 08:00 -
Atualizado um ano atrás
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Em março de 2023, os dividendos dos fundos imobiliários que estão no IFIX bateram recorde, com 12,5% de dividend yield. Este dado, somado à possibilidade da queda da taxa básica de juros, Selic, no 2º semestre, faz com que se abra uma janela de oportunidade para a classe de FIIs, de acordo com relatório da Guide Investimentos

O estudo demonstra, ainda, que todos os segmentos têm apresentado aumento de yields nos últimos meses, até mesmo o segmento de Shoppings (muito afetado durante a pandemia).

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O SHPH11, FII do Shopping Pátio Higienópolis em São Paulo - SP, apresentou dividend yield de 6,46% nos últimos 12 meses

A melhor marca de dividend yield do principal índice de referência para os FIIs tinha sido 12,1%, em janeiro de 2016. As semelhanças entre o momento atual e o vivido em 2016 são “os juros altos e a aversão ao risco”, explica a Guide. 

Em relação aos fundos de recebíveis, a corretora explica que o segmento tem oferecido os melhores proventos atualmente. A explicação seria que os dividendos se referem a valores passados e anteriores ao momento atual, de crise enfrentada por alguns títulos de crédito privado do setor, os CRIs. 

Na visão dos analistas Fernando Siqueira e Leonardo Veríssimo, o bom cenário pode se modificar: “Parte destes proventos elevados é “fictícia” em nossa visão, uma vez que refletem dividendos passados, não-recorrentes: as recentes notícias de inadimplência em alguns CRIs de fundos como HCTR e DEVA, mostram que os proventos deste grupo devem ser menores no futuro."

Além do segmento, o relatório ressalta também os proventos dos fundos de agências bancárias, com uma média de 13% de dividend yield. O segmento, conforme a Guide ilustra, não é o preferido dos investidores, que temem o fechamento de agências bancárias no país. 

A terceira categoria apresentada pela Guide como campeã de proventos é a dos FoFs, também impopular junto aos investidores na análise da corretora. No caso dos fundos de fundos, a rejeição viria da redução do rendimento em comparação ao ano de 2019. 

“Acompanhamos expressivos ganhos de capital realizados pelos FOFs que aproveitaram os ágios sobre o valor patrimonial que negociavam quase todos os fundos do IFIX e as consecutivas emissões de cotas em um preço inferior ao praticado no mercado secundário”, esclarece a corretora sobre o momento de 4 anos atrás. 

A categoria dos FoFs também não seria a mais indicada para realização de ganho de capital, em momentos de quedas generalizadas de cotações, segundo a corretora. 

Para aproveitar a janela de oportunidade defendida, a corretora recomenda fundos imobiliários de diferentes categorias e segmentos. 

Apostas da Guide

Entre as apostas da corretora estão as três categorias mencionadas com as melhores taxas de dividend yield. As escolhas da Guide, contudo, tem foco em fundos high grade. 

"Como já destacamos anteriormente, temos evitado fundos
“high yield” por conta dos riscos elevados. Mantemos nossa preferência por fundos “high grade”: apesar dos proventos serem marginalmente menores, os riscos são bem menores em nossa visão, justificando nossa preferência", argumenta a corretora. 

Veja as escolhas da Guide:

Recebíveis estão entre os preferidos da Guide Investimentos. Fonte: Guide 

Entre as justificativas das apostas, o BB Progressivo II (BBPO11) é escolhido por apresentar renovação de contratos, que teriam término apenas em 2027, e garante “o conforto de rendimentos estáveis”, conforme explica o relatório. 

Já para o Capitânia Securities (CPTS11), que apresentou bons ganhos de capital em 2022, as expectativas são positivas, ainda que o momento atual não permita ganhos de capital. 

“Em um momento mais favorável de mercado esperamos o retorno dos ganhos de capital nas duas estratégias e uma recuperação na cotação do fundo”, analisa a Guide.

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Sobre o autor
Camille Bocanegra
Repórter da Mais Retorno