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Mercado Financeiro

Bolsa fecha em queda de 0,98% com aversão ao risco no exterior e PEC dos combustíveis

Novos sinais de enfraquecimento econômico mundial e de inflação alta por mais tempo do que o esperado ajudou a deprimir os mercados

Data de publicação:29/06/2022 às 17:27 -
Atualizado um ano atrás
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Em um dia marcado pela aversão ao risco no exterior, a Bolsa fechou o pregão desta quarta-feira, 29, em baixa de 0,98%, aos 99.603 pontos. Já o dólar recuou 1,39%, cotado a R$ 5,193.

O mercado repercutiu os novos sinais de enfraquecimento econômico mundial e de inflação global alta por mais tempo do que o esperado, o que impactou na tentativa de recuperação das bolsas americanas e, consequentemente, na alta do Ibovespa.

Bolsa
PEC dos Combustíveis ajudou a deprimir a Bolsa, que fechou o pregão desta quarta-feira em baixa - Foto: Envato

Internamente, o temor fiscal ganhou mais um ingrediente após a apresentação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis. Ao detalhar a proposta, o senador Fernando Bezerra Coelho, relator do texto, afirmou que haverá estado de calamidade para permitir a adoção das medidas sociais. Porém, adiantou que "estado de emergência não é um cheque em branco."

No entanto, a indicação de que a PEC reconhecerá estado de emergência elevou a desconfiança do mercado em relação à gestão das contas públicas do País.

"Se tiver calamidade, o governo vai ter cheque branco para fazer tudo isso. Com sinais de um fiscal pior, o mercado pode ajustar a curva de juros, principalmente nos vértices intermediários".

Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos

Bezerra confirmou que a PEC terá aumento do Auxílio Brasil para R$ 600,00, que haverá voucher para caminhoneiro de R$ 1 mil e que vai subsidiar um botijão de gás - o custo é de R$ 1,05 bilhão.

O dia na Bolsa

Maiores altas

Empresa TickerVariação
MRVMRVE3+3,54%
Rede D'OrRDOR3+3,39%
SLC AgrícolaSLCE3+2,44%
SulAméricaSULA11+1,67%
CyrelaCYRE3+1,37%

Maiores baixas

EmpresaTickerVariação
QualicorpQUAL3-8,38%
CVCCVCB3-6,62%
PositivoPOSI3-6,02%
MarfrigMRFG3-4,87%
MinervaBEEF3-4,79%
Fonte: B3

Mercado internacional: EUA e Europa fecham em baixa

No exterior, as bolsas americanas fecharam sem direção única e as principais praças financeiras europeias terminaram o pregão desta quarta-feira em baixa, devolvendo os ganhos do dia anterior.

O cenário de baixo apetite por risco ocorre à medida que indicadores nos EUA e no Velho Continente renovaram temores acerca da desaceleração da economia global. Ao mesmo tempo, presidentes de alguns dos principais bancos centrais do mundo mantiveram retórica agressiva contra a inflação, durante o Fórum do Banco Central Europeu (BCE) realizado em Portugal.

Indicadores na Alemanha e zona do euro pesaram sobre o apetite por risco na zona do euro. No bloco monetário, o índice de sentimento econômico caiu para 104 pontos em junho, enquanto a inflação ao consumidor da Alemanha desacelerou neste mês, para alta anual 7,6%, segundo dados preliminares.

Para o Commerzbank, embora tenha ficado abaixo do esperado e tenha reduzido alta em relação ao resultado de maio, a inflação da maior economia europeia seguirá elevada por conta de problemas enfrentados com as cadeias globais.

Já a Capital Economics comenta que o índice de sentimento do consumidor na zona do euro apontou para "pressões inflacionárias que permanecem fortes, o que provavelmente pesará sobre a demanda e o sentimento mais à frente" no bloco.

Nos EUA, a revisão em baixa do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro semestre pesou sobre os negócios em Wall Street, tirando fôlego também das praças europeias, diante dos temores de que a principal economia global enfrente uma recessão.

Na seara monetária, os presidentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, reforçaram suas posturas duras quanto ao combate à escalada dos preços.

Lagarde disse que é improvável que a zona do euro volte ao cenário de inflação baixa visto antes da pandemia de covid-19.

Já Bailey não descartou aumento de meio ponto porcentual da taxa bancária no Reino Unido e disse esperar por mais avanço inflacionário no país.

Powell, por sua vez, reforçou que o BC não pode assumir que as expectativas inflacionárias seguirão ancoradas, e por isso um aperto monetário mais agressivo é necessário.

Bolsas americanas/fechamento

  • S&P 500: -0,12% (380,20 pontos)
  • Dow Jones Industrial Average: +0,27% (31.029 pontos)
  • Nasdaq 100: +0,18% (11.658 pontos)

Bolsas europeias/fechamento

  • Stoxx 600 (Europa): -0,67% (413,42 pontos)
  • DAX (Frankfurt): -1,73% (13.003 pontos)
  • FTSE 100 (Londres): -0,15% 0,15% (7.312 pontos)
  • CAC 40 (Paris): -0,90% (6.031 pontos)

Com Agência Estado

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Sobre o autor
Julia Zillig
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