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B3 lança plataforma para negociação de ativos digitais

Sistema utiliza tecnologia blockchain e vai ampliar a eficiência e a segurança na negociação de ativos digitais

Data de publicação:28/06/2023 às 08:00 -
Atualizado 10 meses atrás
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A bolsa do Brasil, a B3, lançou esta semana uma plataforma que permite a emissão, o registro e a negociação de ativos tokenizados. O sistema utiliza tecnologia blockchain, o que aumenta a segurança e a eficiência na transferência de ativos digitais.

A iniciativa, que vem para atender a uma demanda crescente do mercado na busca de exposição segura ao setor, já nasce com a primeira tokenização de ativo regulado. Tokens representativos de debêntures foram emitidos por uma instituição financeira no novo ambiente da B3 e transferidas para carteiras digitais de outras instituições financeiras.

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Sistema foi iniciado com emissão e tranferência de debêntures para a carteira de outras instituições - Foto: Divulgação

Segundo a Bolsa, a plataforma para ativos digitais reforça a estratégia da B3 de evolução contínua em seu negócio principal, trazendo inovações que beneficiem seus clientes e contribuam para o desenvolvimento do mercado.

“A B3 oferece uma plataforma completa, com tecnologia de ponta e segurança, para facilitar a negociação de ativos tokenizados de forma ágil e transparente, permitindo que todos os tipos de investidores possam ampliar as possibilidades de diversificação de suas carteiras”, afirma Humberto Costa, superintendente de Novos Negócios da B3.

Sobre o primeiro ativo regulado que foi tokenizado, o executivo explica que as debêntures foram digitalizadas e disponibilizadas em uma rede blockchain. Para garantir a solidez à operação, o ativo foi mantido na depositária de renda fixa, seguindo o arcabouço regulatório vigente, e replicado para a nova tecnologia.

O superintendente da B3 ressalta que a companhia já tem outros projetos semelhantes em andamento, que devem ser oferecidos aos clientes em breve. “Outros ativos negociados que passam pela depositária da B3, local onde estão armazenadas as informações de um papel, como titularidade e o histórico, poderão ser tokenizados”, afirma

Entenda mais sobre o blockchain

Blockchain é um sistema de tecnologia que, baseado na distribuição de blocos de informação entre milhares de usuários da internet, armazena transações realizadas online.

Se em Português o blockchain poderia ser traduzido como uma “cadeia de blocos”, na prática o que ele faz é se valer do que conhecemos como registro distribuído.

O registro distribuído é uma espécie de banco de dados formado por vários nós (participantes), interligados em rede de forma independente. O que isso significa é que não há uma autoridade central responsável pela informação direcionada aos nós - eles mesmos o fazem de maneira descentralizada.

Assim, toda vez que uma transação é inserida no sistema, cada nó a processa, avalia e aprova ou rejeita a sua inclusão. Havendo um consenso pela incorporação, o registro é feito e o Livro de Registros é atualizado, sendo distribuído de modo que cada nó mantenha uma cópia idêntica dele.

No caso do blockchain, essa inserção é feita em blocos de transações (e é daí, da cadeia de blocos que se forma na rede, que vem o seu nome).

Como funciona

A lógica por trás do blockchain é muito simples: como um sistema distribuído, ele transforma usuários em servidores e distribui os dados a respeito de cada transação para esses servidores.

É como se houvesse, a todo instante, vários “olhos” voltados para a rede, processando as informações e verificando a sua autenticidade, para então aprová-las. Cada um desses “olhos” registra as atualizações e mantém uma cópia do histórico.

Para visualizar o processo, vamos exemplificar como as operações envolvendo criptomoedas acontecem. Como veremos mais adiante, essa não é a única aplicação possível do blockchain, mas é sim a mais conhecida atualmente.

Se você se dirigir a uma loja que aceite o pagamento por um produto ou serviço via criptomoedas, o que acontecerá é uma transação digital de compra e venda. Você vende uma quantia em criptomoedas para o estabelecimento e recebe em troca o item de consumo.

Na rede, os mineradores (que são esses servidores responsáveis por monitorar as transações) realizam todo o processo de verificação. Essa atividade não é gratuita: a remuneração pela mineração é feita também em criptomoedas.

O trabalho do minerador é, entre outras coisas, checar se você realmente possui na carteira a quantia que está vendendo e se a assinatura (espécie de “impressão digital” de cada bloco) é verídica.

Tudo certo? Ótimo, é hora de votar. Em caso de reprovação da maioria, o bloco ao qual aquela transação pertence é invalidado. Do contrário, é adicionado à cadeia. Assim, o montante transacionado é adicionado à carteira da loja.

O tempo para que todo esse processo seja finalizado varia de criptomoeda para criptomoeda, assim como os critérios para a validação de cada bloco. No caso do bitcoin, por exemplo, ele dura um total de 10 minutos atualmente.

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