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Renda Variável

A Bolsa desapontou em outubro, mas 13 small caps subiram mais que a inflação; confira

No ano, de janeiro a outubro, duas small caps dobraram de valor

Data de publicação:10/11/2021 às 07:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Um grupo seleto de small caps passou sem abalos ao largo da forte onda baixista que varreu o mercado de ações em outubro, mês que o Índice Bovespa (Ibovespa, principal índice de referência da B3), recuou 6,74%, maior queda mensal do ano. Small caps são empresas na bolsa de valores com baixo valor de mercado e ações com menor volume de negociação.

Dados de levantamento da Economatica apontam que 15 das 130 ações desse grupo de empresas de menor porte tiveram valorização em outubro e, destas, 13 superaram a inflação de 1,20%, calculada pelo IPCA-15.

Fonte: Economatica

A campeã em outubro foi Alliar (AALR3), com valorização de 28,14%, seguida pela Syn Prop Tec (Syne3), com 23,52%. Registrada na B3 como Centro de Imagem Diagnóstico S/A, a Alliar é uma rede de empresas de medicina diagnóstica que atua em mais de 40 cidades de 10 Estados.

A Syn Prop Tec (Syne3) é o nome do pregão que substituiu, desde 13 de setembro, o de Cyrella Commercial Properties. A empresa atua como incorporadora de empreendimentos e administração de shopping centers.

A Alliar e Syn Prop Tec brilharam com alta acima da linha de 20%, mas outras também performaram bem em um mês que a maioria das principais blue chips, líderes do segmento em que atuam, levou tombo.

A terceira small cap com melhor desempenho no mês foi Lojas Americanas (LAME3), com valorização de 11,79%; São Martinho (SMTO3), com 9,49%; Cesp (CESP6), com 8,01%, e Energias BR (ENBR3), com 6,75%.

Small caps reagem mais à boa gestão

A performance dos papeis dessas empresas com baixo valor contrasta com a das companhias de maior porte, as blue chips. Dentre as chamadas gigantes do mercado, a Vale recuou 6,07% em outubro; o Bradesco, 4,35%; Itaú, 2,23%, Banco do Brasil, 1,37%, e Usiminas, 17,80%.

No balanço de dez meses, das 13 ações listadas na coluna das que mais valorizaram em outubro apenas quatro acumularam queda no ano. A campeã é a Marfrig, com valorização de 96,67%, seguida pela São Martinho, com alta de 43,87%, e Alliar, com 33,33%. Cinco renderam mais que a inflação de 8,30% acumulada pela variação do IPCA-15 no período.

Fora da lista das 13 mais rentáveis em outubro, há empresas que tiveram o valor mais que dobrado em 2021: Ferbasa subiu 151%, e Technos, 126%. Positivo Tec e Metal Leve também estão na lista campeã do ano, com alta de 70% e 68%, respectivamente.

As principais blue chips acumulam quedas praticamente generalizadas no ano, até agora. A Vale, que liderou a baixa em outubro, é também a que mais perde no ano, com desvalorização de 5,85%, seguida por Usiminas, com 2,00%; Bradesco, 1,44%; Itaú, 1,12%; Banco do Brasil, 1,10%, e Petrobrás, queda de 1,07%.

Na comparação de desempenhos de nanicos e gigantes, os dados de levantamento da Economatica confirmam que tamanho não é documento e ações de empresas de menor porte carregam também enorme potencial de rentabilidade. Depende do investidor um trabalho de garimpagem em busca de oportunidades em tesouros que ficam ocultos ou passam despercebidos no pregão.

Embora negociadas na mesma bolsa de valores, as small caps costumam permanecer longe dos holofotes, ofuscadas pelos papeis de gigantes cujos negócios movimentam os pregões e ditam a direção do Ibovespa, pelo peso que têm na composição da carteira desse índice.

Especialistas explicam que, ao contrário das blue chips, que ficam mais expostas e costumam reagir ao cenário macroeconômico, as pequenas e médias empresas respondem mais à boa gestão, ao fluxo de caixa, ao potencial de crescimento no segmento em que atuam. Enfim, são empresas de menor porte que ainda podem chegar lá.

As small caps são vistas também como ações de menor volatilidade, menos sujeitas a fortes vaivéns, ao contrário do que ocorre com as principais blue chips, cujo desempenho negativo no mês e no ano tem, de acordo com os especialistas, correlação direta com a trajetória negativa do Ibovespa, que acumula desvalorização de 13,04% no ano.

Outra forma de pegar uma lasca da remuneração das small caps é a compra de cotas de fundos formados por ações dessas empresas.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.